Sentado em uma das cadeiras do estádio, o torcedor coloca um óculos de realidade virtual e imediatamente começa a receber imagens e sons do vestiário da equipe de coração. Assim, consegue acompanhar de perto seu treinador passando orientações e também dando bronca nos jogadores.

O assento onde o fã irá ver a partida também não precisa ser escolhida antecipadamente. Ao chegar na arena, ele pode informar via telefone que pretende se sentar próximo de outras pessoas da sua nacionalidade ou faixa etária. Graças a um sistema de inteligência artificial a partir da coleta de dados do torcedor, o lugar no estádio mais apropriado dentro da sua escolha lhe será informado.

São essas algumas das inovações que o San Francisco Delta pretende implantar para provocar uma revolução tecnológica do futebol nos Estados Unidos. E, por que não, também no mundo todo.

Afinal, o time, fundado neste ano e que irá estrear em 2017 na NASL, a segunda liga mais importante da modalidade nos EUA, tem DNA totalmente tecnológico.

Para começar, a sede da equipe fica no Vale do Silício, na Califórnia, o epicentro da atual revolução tecnológica e casa das maiores empresas do segmento.

O fundador e CEO dos Deltas, o colombiano Brian Andrés Helmick, também é oriundo desse mercado, assim como vários dos investidores do time, gente com passagem por empresas como Google, Apple, Facebook, Yahoo, Twitter e Dropbox.

"Temos a mentalidade de uma startup, de sempre arriscar, correr riscos. Não estamos fazendo isso tudo por marketing. Queremos usar a tecnologia para torna-la a ferramenta para que os fãs participem e se sintam como é ser um jogador. Não vamos usar nada só para usar e aparecer", afirma o diretor.

O que já está definido é que os torcedores terão poder de decidir o cardápio que será servido a cada partida do Delta como mandante através da escolha dos food trucks que estarão estacionados no estádio. O uniforme do time também será resultado de uma enquete com os torcedores.

"Também teremos delivery de comida nos assentos. O torcedor fará o pedido do que deseja comer pelo celular e nós entregamos no lugar dele. Vamos até sugerir seu pedido a partir do que você comeu na partida anterior", explica Helmick.

Apesar de ser uma equipe dos Estados Unidos, mais precisamente do Vale do Silício, os Deltas também têm um pezinho no Brasil.

O responsável pelo futebol da franquia é José Carlos Brunoro, ex-Palmeiras e Audax. O técnico, o canadense Marc dos Santos, também trabalhou por aqui e esteve na base palmeirense e à frente do Desportivo Brasil.

E Ricardo Geromel, irmão do zagueiro do Grêmio e da seleção brasileira e ex-sócio de Ronaldo no Fort Lauderdale Strikers, está à frente do relacionamento dos Deltas com a comunidade.

"Meu papel é estar com as pessoas o dia todo. A paixão dos americanos pelo futebol é maior do que imaginamos. É tão grande que eles se encontram às 5h30 da manhã nos pubs para ver futebol europeu", completa Geromel.

Mais de Clubes

– 5 novelas para acompanhar na última semana da janela de transferência
– Após 16 anos, Real perde recorde de contratação mais cara da história
– Em busca de futuro astro, City torra R$ 300 mi e monta seleção sub-20
– Betty, a Feia e refrigerante de maçã financiam finalista da Libertadores
– Quem serão os campeões de 2016/17? Participe do "Bolão do Futebol Europeu"