Para o meia André Martins, 26, os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro serão uma ótima oportunidade para mostrar serviço e despertar o interesse de alguns clubes por seu futebol.

Mas o jogador português não está de olho em uma transferência milionária e nem tenta achar um time disposto a pagar sua multa rescisória para mudar de ares. Ele só quer um time para jogar.

Às vésperas do início da temporada 2016/17 do futebol europeu, André Martins ainda está desempregado.

O meia, formado no Sporting e que só saiu de lá por breves períodos de empréstimo, ficou sem contrato com o clube de Lisboa no fim de junho. Desde então, está "aberto a novas oportunidades".

Curiosamente, foi justamente o desemprego que o colocou na equipe olímpica de Portugal.

Com as dificuldades encontradas para conseguir a liberação de jogadores e inúmeros pedidos de convocação vetados pelos clubes, o técnico Rui Jorge preferiu simplificar na hora de ocupar uma das vagas abertas para atletas acima de 23 anos.

Como André Martins não possui vínculo com nenhum clube no momento, não há time para impedir sua convocação.

O meia até já passou pela seleção principal. Em 2013, quando a equipe era dirigida por Paulo Bento, recém-demitido do Cruzeiro, ele ficou 20 minutos em campo em amistosos contra Croácia e Holanda.

Mas sua carreira entrou em declínio na última temporada. André Martins disputou apenas oito partidas e chegou a ser rebaixado para o time B.

Na Rio-2016, usará o número mais importante do futebol português na atualidade, a camisa 7, a mesma que é utilizada por Cristiano Ronaldo na seleção principal.

É que, apesar de estar desempregado, ele é um dos nomes mais importantes que Portugal levará ao Rio.

Como Raphäel Guerreiro, João Mário, André Gomes, Rafa Silva e Renato Sanches, todos com idade olímpica, estiveram no time que deu a Portugal o inédito título da Eurocopa no início do mês, e outros bons jovens valores não foram liberados, sobrou para André Martins, o herdeiro de CR7 que é gente como a gente e sofre com o desemprego.

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