Filho de banqueiro, capitão francês nasceu rico e sonhava com Roland Garros
Rafael Reis
15/06/2016 07h00
O capitão da França na Eurocopa-2016 teve uma infância bem diferente da maior parte dos seus companheiros de seleção.
Enquanto muitos deles conviviam com os problemas financeiros comuns a famílias de imigrantes africanos que aportam na Europa em busca de uma vida melhor e tinham nas peladas da periferia sua única opção de lazer, Hugo Lloris, já aproveitava aquilo que o dinheiro pode comprar e passava suas tardes em clubes esportivos da elite francesa.
O goleiro do Tottenham e camisa 1 dos Bleus não precisou do futebol para fazer fortuna. Ele já nasceu rico.
Natural de Nice, cidade litorânea banhada pelo Mar de Mediterrâneo que é o segundo maior destino turístico da França, Lloris é filho de uma advogada com um banqueiro de Monte Carlo (Mônaco).
Durante a infância, ele nem tinha o futebol como esporte preferido. Seu sonho não era disputar a Euro, mas sim Roland Garros.
O abastado garoto que se tornaria no futuro o capitão dos Bleus chegou a ser top 10 no ranking francês infantil de tênis.
Lloris só foi desistir da modalidade aos 13 anos, quando já se dividia entre os treinos com a raquete e as categorias de base do Nice, clube onde se profissionalizaria e jogaria até 2008.
Mas foi no Lyon que sua carreira decolou. Durante as quatro temporadas que atuou por lá, ele chegou à seleção principal e foi eleito por três vezes o melhor goleiro do Campeonato Francês.
Desde 2012, Lloris é o dono da meta do Tottenham e um dos arqueiros mais admirados e cobiçados da Premier League inglesa.
A titularidade da seleção veio três anos antes, ainda durante as eliminatórias da Copa do Mundo-2010, e a braçadeira de capitão foi herdada do lateral esquerdo Patrice Evra depois daquele Mundial.
Aos 29 anos, com a experiência de duas Copas nas costas e vivendo a melhor fase de sua carreira, Lloris tem hoje a responsabilidade de liderar um grupo de jogadores com história e formação completamente diferentes da sua rumo a um objetivo comum: dar à anfitriã França o título europeu.
A seleção da casa, que estreou vencendo a Romênia por 2 a 1, joga nesta quarta-feira contra a Albânia, em Marselha, pela segunda rodada do Grupo A.
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Sobre o Autor
Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.
Sobre o Blog
Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.