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10 nomes provam que não é preciso ser craque para jogar no Real ou Atlético

Rafael Reis

27/05/2016 07h20

Quem vê Cristiano Ronaldo, Bale e Toni Kroos de um lado, e Griezmann, Koke e Godín do outro, pode até chegar a pensar: "nossa, mas o Atlético de Madri e o Real Madrid só têm craques".

Mas, apesar dos times fortíssimos que exibem na temporada 2015/16, os finalistas da Liga dos Campeões da Europa também já tiveram dedo podre na hora de escolher jogadores para reforçar seus elencos.

Por isso, listamos abaixo dez caras que estão longe do rótulo de craque, mas que já vestiram a camisa dos maiores clubes da capital espanhola: cinco do Real e mais cinco do Atlético.

CARLOS DIOGO
Lateral direito
Uruguaio
Jogou no Real entre 2005 e 2006

Chegou ao Real por indicação do técnico Vanderlei Luxemburgo, que então dirigia o clube espanhol. De recursos técnicos limitados, disputou míseras 19 partidas pelo time merengue e recebeu quatro cartões amarelos. Ficou mais conhecido quando, atuando pelo Zaragoza, saiu no braço dentro de campo com Luís Fabiano. Aos 32 anos, ainda não está oficialmente aposentado, mas não arranja emprego desde janeiro de 2015.

CATA DÍAZ
Zagueiro
Argentino
Jogou no Atlético entre 2012 e 2013

Certamente não foi pensando no primor técnico que Diego Simeone pediu a contratação do compatriota, então um jogador do Getafe, em 2012. O zagueiro argentino sempre foi bastante tosco com a bola nos pés e um perigo para as canelas e tornozelos dos adversários. Ele passou só uma temporada no Atleti e ficou a maior parte do tempo no banco de Miranda e Godín, esses sim defensores de primeiro escalão. Díaz continua dando seus carrinhos e pontapés no Boca Juniors.

JULIEN FAUBERT
Lateral direito
Martinicano
Jogou no Real em 2009

Ninguém entendeu nada quando o Real Madrid acertou o empréstimo por seis meses do lateral do West Ham. Jogador de pouco brilho mesmo em times menores, ele ficou marcado na Espanha por dois episódios pitorescos: faltou a um treino por achar que se tratava de um dia de folga e foi flagrado tirando um cochilo no banco de reservas durante uma partida contra o Villarreal. Na última temporada, defendeu por três meses o Kilmarnock, penúltimo colocado do Campeonato Escocês.

CLÉBER SANTANA
Meia
Brasileiro
Jogou no Atlético entre 2007 e 2010
Muita gente não lembra, mas o capitão da Chapecoense já vestiu a camisa colchonera. Cléber Santana foi para a Espanha depois de se destacar no Santos em um negócio caro para os padrões da época (6 milhões de euros), mas não conseguiu se firmar no Atlético e acabou emprestado ao Mallorca, onde jogou bem. Em 2010, retornou ao Brasil para defender o São Paulo.

PABLO GARCÍA
Volante
Uruguaio
Jogou no Real entre 2005 e 2006

Outra indicação mal sucedida de Vanderlei Luxemburgo no Real, o volante foi bancado como titular pelo brasileiro no início da temporada 2005/06. De qualidade duvidosa, perdeu espaço no clube depois da demissão de Luxa e começou a ser emprestado para equipes menores. Jogou até 2014 e se aposentou defendendo o Skoda Xanthi, da Grécia.

FLORENT SINAMA-PONGOLLE
Atacante
Francês
Jogou no Atlético entre 2008 e 2010

Artilheiro e eleito o melhor jogador do Mundial sub-17 de 2001, parecia que seria um dos grandes atacantes do início do século 21. Mas só parecia. Chegou ao Atlético depois de decepcionar no Liverpool e se recuperar no Recreativo Huelva. Mas as duas temporadas na capital espanhola provaram que o francês não era mesmo tudo isso. Acabou de ser rebaixado para a segunda divisão escocesa com o Dundee United.

ROYSTON DRENTHE
Meia
Holandês
Jogou no Real entre 2007 e 2010

Chegou ao Real Madrid credenciado por ter sido o melhor jogador da Eurocopa sub-21 de 2007 e apontado como um fenômeno do Feyenoord. Mas ninguém na Espanha conseguiu ver esse talento todo que Drenthe parecia ter. O resto do mundo também não, já que, desde que deixou o clube merengue, sua carreira só decai. Atualmente, joga no Baniyas, dos Emirados Árabes.

FRAN MÉRIDA
Meia
Espanhol
Jogou no Atlético entre 2010 e 2012

Camisa 10 da Espanha em todas as seleções de base, era visto como um dos futuros astros do futebol mundial. Mas, sua carreira, simplesmente não vingou. Chegou ao Atlético depois de ser liberado pelo Arsenal, clube onde se profissionalizou, e não convenceu Diego Simeone. Há três anos, tentou a sorte no futebol brasileiro e assinou com o Atlético-PR. Também não deixou saudades em Curitiba.

THOMAS GRAVESEN
Volante
Dinamarquês
Jogou no Real entre 2005 e 2006

Mais um dos "craques" que Luxemburgo teve o prazer de dirigir no Real Madrid. Não era necessariamente ruim de bola, mas o físico digno de lutador de MMA assustava, assim como a falta de noção em muitos lances. Sua passagem pela Espanha ficou eternizada pela não muito justa briga que teve com Robinho durante um treino. Sim, os dois saíram no braço. A carreira do dinamarquês terminou pouco depois, em 2008, quando ele atuava no escocês Celtic.

GERMÁN BURGOS
Goleiro
Argentino
Jogou no Atlético entre 2001 e 2006

O atual auxiliar e braço direito de Diego Simeone era goleiro… e dos ruins. Apesar de ter ficado no Atlético por cinco temporadas, dos 38 jogos pela seleção argentina e das duas Copas do Mundo que disputou (1998 e 2002), Burgos nunca foi dos arqueiros mais confiáveis. Uma de suas deficiências mais conhecidas era a dificuldade em agarrar a bola. Quando conseguia fazer a defesa, o ex-goleiro normalmente dava rebote. Um mão de pau legítimo, como diz a gíria do futebol.


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Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.


Rafael Reis