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Camisa 10 do histórico Paraguai de 98 não larga osso e quer time para 2016

Rafael Reis

03/11/2015 06h00

Cada vez que encontra Arce, Gamarra ou qualquer amigo dos tempos de seleção paraguaia, Roberto Acuña ouve a mesma provocação.

"É sempre alguma coisa do tipo você está velho, está na hora de se aposentar. Por que não vira técnico?"

Mas o camisa 10 do Paraguai em três Copas do Mundo não dá ouvidos a seus antigos companheiros.

Aos 43 anos, acabou de ajudar o Deportivo Recoleta a subir para a terceira divisão nacional, joga futebol de areia e já está à procura de um novo clube para defender na próxima temporada.

"Não sei até que idade vou continuar, depende de como eu me sentir. Sigo em atividade porque me cuidei desde jovem e nunca tive uma lesão grave", afirma o jogador.

O único reflexo da idade é que Acuña já não é jogador profissional de futebol o ano todo.

Logo depois do acesso, ele aceitou convite para ser diretor esportivo do Rubio Ñú, da primeira divisão. A aposentadoria, no entanto, é momentânea, faz questão de ressaltar.

"Já me fizeram uma proposta para continuar no Recoleta e estou conversando com outros clubes também."

Nascido na Argentina e naturalizado paraguaio, Acuña fez parte da geração mais marcante da história dos "guaranis".

Ao lado de Chilavert, Arce, Gamarra e Cardozo levou o Paraguai até as oitavas de final da Copa do Mundo-1998. A eliminação se deu em um confronto épico com a França, que seria a campeã, decidido apenas na prorrogação.

O meia ainda disputou dois outros Mundiais (2002 e 2006), mas sem repetir o brilho daquele time que era comandado pelo brasileiro Paulo César Carpegiani.

"É um grande técnico e um cara muito gente boa. Aprendemos demais com o Carpegiani. Foi um dos melhores treinadores do Paraguai", opina.

Veteranos de 1998

Acuña é um dos últimos, mas não o único veterano da Copa-1998 que continua jogando futebol profissionalmente.

Dois dos jogadores da seleção brasileira vice-campeã na França, por exemplo, seguem em atividade: o goleiro Dida, 42, reserva no Internacional, e o lateral e meia Zé Roberto, 41, finalista da Copa do Brasil com o Palmeiras.

A lista tem ainda algumas estrelas internacionais, como goleiro italiano Gianluigi Buffon, 37, vice europeu com a Juventus na temporada passada, e o atacante camaronês Samuel Eto'o, 34, ex-Barcelona, Inter de Milão e Chelsea, que defende atualmente o Antalyaspor, da Turquia.

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Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.


Rafael Reis