O maior artilheiro brasileiro entre as cinco principais ligas nacionais da Europa nesta temporada não participou da estreia da seleção nas eliminatórias da Copa do Mundo-2018, contra o Chile, na noite de quinta-feira.

Mas isso não significa que Éder Citadin Martins, 28, não irá a campo nesta Data Fifa.

Goleador máximo do Campeonato Italiano, com seis gols nas primeiras sete rodadas pela Sampdoria, o atacante é desde março de 2015 jogador da Azzurra, que joga neste sábado contra o Azerbaijão, fora de casa, para assegurar presença na Eurocopa-2016.

Natural de Lauro Müller, cidade de 15 mil habitantes localizada no sul de Santa Catarina, Éder teve apenas uma rápida passagem pelo Criciúma antes de se mudar para a Itália, nove anos atrás.

No Calcio, oscilou entre times pequenos da primeira divisão e passagens pela Série B até estourar na temporada passada pela Sampdoria. Os nove gols que marcou no campeonato convenceram o técnico Antonio Conte a levar mais um estrangeiro para a seleção e convocá-lo.

Entre seus familiares ouvidos pelo blog, o sentimento é de que o Brasil cometeu um grave erro ao deixar escapá-lo e se tornar italiano. E, pelo menos nesta temporada, a argumentação deles faz todo o sentido.

Éder marcou em quatro dos sete jogos da Samp na atual edição do Italiano. Fez dois contra o Carpi, repetiu a dose contra o Napoli e também balançou as redes ante Bologna e Roma.

Se considerarmos apenas os campeonatos Inglês, Espanhol, Alemão, Italiano e Francês, os principais nacionais da Europa, nenhum brasileiro chega nem perto deste desempenho. Nem mesmo Neymar, autor de apenas quatro gols até agora pelo Barcelona nesta temporada.

Mesmo na Itália, Éder ainda não é titular absoluto. O brasileiro começou jogando em dois dos quatro jogos que disputou pela seleção (amistoso contra a Inglaterra e partida das eliminatórias contra Malta) e marcou uma vez, em sua estreia, no empate por 2 a 2 com a Bulgária.