seleção brasileira – Blog do Rafael Reis http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br Esse espaço conta as história dos jogadores fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público. Thu, 12 Mar 2020 12:29:00 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Sem clube, ex-seleção admite erros no passado e quer time para criar raízes http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2020/01/07/sem-clube-ex-selecao-admite-erros-no-passado-e-quer-time-para-criar-raizes/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2020/01/07/sem-clube-ex-selecao-admite-erros-no-passado-e-quer-time-para-criar-raizes/#respond Tue, 07 Jan 2020 07:00:31 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=15624 Sandro foi campeão da Copa Libertadores de 2010 pelo Internacional, medalhista de prata com o Brasil nos Jogos Olímpicos de 2012, disputou 18 partidas pela seleção principal e passou seis temporadas no Campeonato Inglês, a liga nacional mais badalada do planeta.

Mesmo com um currículo desses, o volante não joga futebol profissionalmente há quase oito meses, passou o último semestre treinando separado dos seus companheiros de Genoa, ficou desempregado e agora procura um novo clube para tentar dar a volta por cima.

Crédito: Reprodução

Definitivamente, os últimos tempos da carreira do jogador de 30 anos não correram como ele esperava. Só que Sandro já encontrou o responsável por essa queda: ele mesmo.

“Quando você é novo, joga em um time grande e está na seleção acha que é indestrutível, que pode tudo e que nada de ruim vai acontecer com você. Cometi um erro, e aí tudo começou a dar errado”, disse ao blog, por telefone.

A falha da qual o volante se arrepende até hoje foi ter deixado o Tottenham para defender o Queens Park Rangers, em 2014. Na época, a transferência lhe valeu um salário mais alto. Mas esse dinheiro extra não valeu a pena.

“Eu não deveria ter saído naquele momento. Tinha acabado de renovar o contrato, e o Pochettino [técnico argentino que foi vice europeu na temporada passada e dirigiu o time até novembro] estava chegando. Mas pensei mais no dinheiro. Tive uma proposta muito alta e forcei a barra para sair. Só que essa transferência não se concretizou, e eu fiquei queimado por lá. Aí, surgiu a chance de ir para o QPR, e eu achei que deveria aproveitá-la”, contou.

Não demorou muito para Sandro perceber que havia feito a escolha errada. Logo na primeira temporada no novo clube, acabou rebaixado para a segundona inglesa. “O dono do QPR disse que não iria mais gastar com o futebol e que não se importava se o time ficasse nas divisões debaixo. Na hora, percebi a fria em que havia me metido”.

Teve início, então, uma espécie de via crucis para o volante. O brasileiro começou a rodar de clube em clube, permanecendo durante seis meses ou um ano em cada um deles. Assim, passou sem criar vínculos por West Bromwich (Inglaterra), Antalyaspor (Turquia), Benevento, Genoa e Udinese (Itália).

No começo desta temporada, retornou ao Genoa depois de empréstimo à Udinese e foi avisado que seria negociado. Mas Sandro não gostou de nenhuma das propostas que lhe foram apresentadas e decidiu ficar. Só que acabou afastado do time.

“Não teve nada a ver com técnico. Foi uma decisão da diretoria. Eles montaram o elenco achando que eu seria negociado. Mas nada que surgiu valia a pena para mim. Então, quiseram me punir. Foi difícil ficar sem jogar e ficar treinando separado dos outros jogadores. Quando você não fica nem no banco, todo mundo acha que é porque você está machucado. Mas estou muito bem fisicamente”, afirmou.

Sandro só se acertou com a equipe italiana no fim da semana passada, quando rescindiu o contrato que ia até o meio do próximo ano. Agora desempregado, o volante busca um clube para atuar em 2020.

Seu nome já alvo de especulações envolvendo Flamengo e Inter, time em que iniciou a carreira. Mas o volante tem uma exigência da qual não pretende abrir mão: deseja um contrato longo, mesmo que para isso tenha que abrir mão de um salário mais alto.

“Cansei desse negócio de ficar trocando de time a cada seis meses. Quero encontrar uma cidade legal para meus filhos crescerem e criar raízes em algum clube para quem sabe até me aposentar nele”, completa.


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Próximo adversário da seleção teve a chance de ser Jorge Jesus, mas falhou http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/11/16/proximo-adversario-da-selecao-teve-a-chance-de-ser-jorge-jesus-mas-falhou/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/11/16/proximo-adversario-da-selecao-teve-a-chance-de-ser-jorge-jesus-mas-falhou/#respond Sat, 16 Nov 2019 07:00:46 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=14989 “Agradeço, mas não o irei fazer.”

Essa foi a única resposta dada por Paulo Bento às oito mensagens enviadas nas últimas semanas pelo “Blog do Rafael Reis” ao treinador português da Coreia do Sul solicitando uma entrevista.

A recusa ao pedido e até mesmo à manutenção de um diálogo tem uma explicação. O comandante do próximo adversário da seleção brasileira ainda tem uma mágoa danada do país pentacampeão mundial de futebol.

Crédito: AFP

Bento, que já dirigiu Sporting, Olympiacos, Chongqing Lifan e comandou Cristiano Ronaldo em duas competições importantes (Euro-2012 e Copa do Mundo-2014), ainda não engoliu sua passagem desastrosa pelo comando do Cruzeiro.

Três anos atrás, o ex-volante era uma espécie de Jorge Jesus. Assim como o atual comandante do Flamengo, ele possuía uma carreira consolidada em Portugal e estava sendo contratado por um clube brasileiro para trazer a modernidade do jogo europeu para os gramados daqui.

Mas ao contrário do compatriota, Bento não passou nem perto de liderar o Campeonato Brasileiro, alcançar a decisão da Libertadores e impressionar jornalistas e torcedores.

Sua trajetória no Cruzeiro durou exatos 75 dias. Entre 11 de maio e 25 de julho de 2016, o treinador português trabalhou em 17 partidas. Foram seis vitórias, três empates e oito derrotas.

O aproveitamento de 41,2% e o risco de rebaixamento na Série A, já que a equipe ocupava na época a vice-lanterna da competição, abreviaram sua passagem pelo Brasil. Mas a demissão com apenas 15% do tempo de contrato combinado (seu acordo iria até o final de 2017) irritou bastante o treinador.

De acordo com fontes ouvidas pela reportagem, essa mágoa ainda não acabou. Até hoje, Bento considera que foi enganado pela diretoria cruzeirense, que não lhe deu o tempo necessário para se adaptar a um novo país e fazer o time jogar como ele queria.

O português dirige a seleção sul-coreana há pouco mais de um ano. Ele foi contratado como substituto depois do Mundial da Rússia e trabalha em um projeto para fazer a equipe do astro Heung-min Son (Tottenham) surpreender no Qatar-2022.

Os resultados, por enquanto, têm sido apenas razoáveis. O time do ex-técnico do Cruzeiro caiu nas quartas de final da Copa da Ásia, mas está invicto desde a eliminação contra o Qatar, em janeiro. Desde então, foram cinco vitórias e quatro empates.

Brasil e Coreia do Sul se enfrentam na próxima terça-feira, em Abu Dhabi (Emirados Árabes), no último amistoso da seleção em 2019.

A equipe canarinho vive seu pior momento desde o início da era Tite. Já são cinco jogos consecutivos sem vitória: empates contra Colômbia, Senegal e Nigéria e derrotas para Peru e Argentina.


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Sucesso de Jorge Jesus prepara terreno para técnico estrangeiro na seleção http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/10/18/sucesso-de-jorge-jesus-prepara-terreno-para-tecnico-estrangeiro-na-selecao/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/10/18/sucesso-de-jorge-jesus-prepara-terreno-para-tecnico-estrangeiro-na-selecao/#respond Fri, 18 Oct 2019 07:20:38 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=14719 Dezesseis vitórias, seis empates e duas derrotas. Quarenta e oito gols marcados e 19 sofridos. Liderança folgada do Campeonato Brasileiro e vaga nas semifinais da Copa Libertadores da América.

Os resultados de Jorge Jesus em seus primeiros três meses no comando do Flamengo são inquestionáveis. O futebol praticado dentro de campo também.

Crédito: Gabriel Machado/Agif

Há tempos, o Brasil não via um time jogando de uma forma tão alinhada com o que vem sendo praticado pelos clubes mais poderosos do planeta na atualidade e exercendo completos domínios territorial, técnico e tático sobre a maior parte dos seus adversários.

O torcedor brasileiro, mesmo aquele não nutre de carinho pelo Fla, está apaixonado pelo técnico português… ou melhor, pela ideia de ver treinadores estrangeiros trabalhando por aqui.

Palmeiras, São Paulo, Cruzeiro, Internacional e todos os clubes nacionais importantes que trocaram de comando nos últimos meses viram suas redes sociais ficarem infestadas de pedidos para que eles não contratassem “mais do menos” e arriscassem com gringos.

Não será nenhuma surpresa se, no Brasileirão do próximo ano, 40% ou 50% dos times da primeira divisão estiverem nas mãos de técnicos nascidos em outros países.

Só que essa euforia em torno do trabalho de Jorge Jesus não atinge apenas o cenário do futebol de clubes. Ela vai além e coloca em risco um grande dogma: a ideia de que a seleção brasileira precisa ser necessariamente dirigida por alguém nascido no país.

Qualquer um que tenha acompanhado os recentes amistosos contra Senegal e Nigéria (dois empates por 1 a 1) com um olho nas redes sociais deve ter visto muita gente detonar Tite pelas exibições bem desinteressantes da equipe canarinho e dar como solução para esse problema a contratação de um treinador estrangeiro.

O movimento não é propriamente novo. Há alguns anos, houve um lobby para que a CBF investisse pesado para ter Pep Guardiola no banco de reservas da seleção. Mas naquela época essa ideia era exclusiva de jornalistas e de alguns poucos torcedores mais focados no futebol europeu.

Agora, com um português brilhando à frente do clube de maior torcida do Brasil, a campanha para ver um gringo no comando da seleção ganhou proporção muito maior. Ela deixou de ser algo que apenas alguns abraçavam para virar algo extremamente popular.

E aí, nem vem ao caso se os técnicos estrangeiros realmente são melhores que os brasileiros (pelo menos na média, eles realmente parecem mais bem preparados). Mas os torcedores têm certeza que os gringos estão passos à frente dos nacionais e vão cobrar as diretorias dos seus clubes e da CBF para atenderem esse desejo.

Então, Tite, é bom você tratar de abrir os olhos, atualizar alguns dos seus conceitos e resgatar rapidamente o bom futebol da seleção. Afinal, agora já é possível dizer que o mundo inteiro pode roubar o seu cargo.


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Seleção brasileira já teve um jogador argentino: verdade ou lenda? http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/10/13/selecao-brasileira-ja-teve-um-jogador-argentino-verdade-ou-lenda/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/10/13/selecao-brasileira-ja-teve-um-jogador-argentino-verdade-ou-lenda/#respond Sun, 13 Oct 2019 07:00:43 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=14659 Em 1942, quando o mundo do futebol andava meio parado devido à Segunda Guerra Mundial, um atacante argentino chamado Adolpho Milman e conhecido por aqui como Russo, que fez história no Fluminense, defendeu a seleção brasileira.

A participação foi pequena, durou apenas um jogo do Campeonato Sul-Americano daquele ano: a vitória por 2 a 1 sobre o Peru. Mas foi o tempo suficiente para uma discussão que persiste até hoje.

Crédito: Reprodução

Será que a seleção realmente já teve um jogador oriundo da Argentina vestindo sua camisa? Ou essa história de que Russo nasceu no país vizinho (e arquirrival na bola) é apenas uma das inúmeras lendas do futebol, como o autismo de Lionel Messi e a transexualidade de Marco Verratti.

O xis da questão é descobrir exatamente onde o ex-atacante nasceu. Sabe-se que sua família era natural da região onde hoje fica o Afeganistão, então dominada pelo Império Russo, migrou para a província de Entre Ríos, na Argentina, e depois se estabeleceu no Rio Grande do Sul.

Ao longo da história, esses três lugares já foram apontados como berço do ex-jogador.

Enquanto ele atuava profissionalmente, a história que circulava entre os torcedores era de que Russo havia nascido na Rússia/Afeganistão e vindo para o Brasil ainda quando bebê. Os jornais da época, no entanto, diziam que ele era de Pelotas (RS).

No entanto, a família de Russo tem essa outra versão para a nacionalidade o antigo centroavante. De acordo com seu filho, Fernando Milman, ele era mesmo um imigrante argentino.

Caso essa realmente seja a versão verdadeira da história, o ex-atacante do Fluminense é um dos cinco jogadores de toda história nascidos no exterior que defenderam em algum momento a seleção brasileira.

Além dele, apenas o britânico Sidney Pullen, o português Casemiro do Amaral e o italiano Fracisco Police, todos no começo do século passado, além do meia belga Andreas Pereira, ainda em atividade e hoje no Manchester United, alcançaram esse feito.

A história de Adolpho Milman é muito semelhante à do seu oposto perfeito, Aarón Wergifker, o único brasileiro que jogou pela Argentina. O ex-zagueiro do River Plate também era de família russa e nasceu no Brasil em uma parada da viagem dos seus pais rumo ao país vizinho.

Russo dedicou praticamente toda sua carreira ao Fluminense. Ele chegou ao clube quando tinha 18 anos, em 1933, e se aposentou 11 anos depois. Com exceção de uma passagem de alguns meses pela França (Cercle Paris), só vestiu a camisa tricolor.

Depois da aposentadoria, trabalhou como técnico do América-RJ e também nos bastidores do Flu. Amigo de João Saldanha, foi supervisor da seleção brasileira antes da Copa do Mundo-1970. Ele morreu em 1980, aos 65 anos, no Rio de Janeiro.


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O Liverpool, atual campeão europeu e time sensação deste início de temporada, até colocou Mohamed Salah (2018) e Virgil van Dijk (2019) no pódio da eleição da Fifa. Mas até hoje ninguém consegue precisar qual dos dois é o protagonista da equipe… ou mesmo se esse posto não pertence a Sadio Mané ou Roberto Firmino.

Crédito: Roslan Rahman/AFP

Os dois casos acima deveriam ser acompanhados com mais atenção por Neymar. Talvez assim, ele parasse dizer baboseiras como a ideia de que sempre carregou a seleção brasileira nas costas.

No futebol contemporâneo, dominado pelo jogo coletivo e normalmente vencido por quem melhor desempenha os papéis táticos determinados pelos treinadores, a dependência explícita de uma única individualidade já não existe…. pelo menos, não em equipes vitoriosas.

Um outro grande exemplo vem de um projeto do qual Neymar, inclusive, já fez parte.

Lionel Messi só conseguiu conquistar quatro títulos da Liga dos Campeões da Europa pelo Barcelona quando tinha ao seu lado outros astros de primeira grandeza, como o próprio brasileiro, Ronaldinho Gaúcho, Xavi e Andrés Iniesta, além de uma estrutura tática que beirava a perfeição.

Conforme as estrelas foram deixando o Camp Nou e o jogo coletivo culé foi se deteriorando, o sonho de vencer novamente a Champions foi dando lugar às decepções anuais provocadas pelas eliminações no torneio.

Títulos agora, só mesmo no Campeonato Espanhol, onde o nível coletivo que o Barça consegue atingir semanalmente (graças também a Messi, claro) é suficiente para derrotar adversários que, em média, possuem nível técnico inferior.

Se o maior jogador de sua geração e o único homem eleito seis vezes como melhor do mundo é incapaz de ganhar uma Champions ou uma Copa do Mundo carregando seu time/seleção nas costas, imagine os outros…

Esse é aquele momento em que alguém pode falar que Cristiano Ronaldo “ganhou a sozinho” a Eurocopa de 2016 e talvez até o tri da Liga dos Campeões entre 2016 e 2018. Por favor, não forcem a barra.

A seleção portuguesa foi campeã europeia porque construiu um sistema defensivo para lá de sólido e tinha no ataque um grande jogador que não precisava de muitas oportunidades para balançar as redes.

Já o Real Madrid construiu uma hegemonia continental por ter uma camisa pesadíssima, investimento de peso, vários jogadores de mentalidade vencedora e um meio-campo que, durante esse período, beirava a perfeição. Tudo isso a serviço de CR7.

Se a equipe espanhola desandou depois da saída do seu astro foi porque aquela estrutura que deu liga durante tanto tempo foi se desgastando e já não funciona mais. No Real de hoje, Ronaldo também não faria milagre. Pelo menos, não frequentemente.

Neymar pode até acreditar que ganhar algumas partidas seja carregar um time nas costas. Isso ele até fez pela seleção brasileira, assim como vários dos seus companheiros que vestem a camisa amarela e até alguns pernas de pau ao longo da história.

Mas o sucesso de uma equipe é um feito necessariamente coletivo. E, enquanto não aprender isso, o brasileiro continuará sendo um talento gigantesco desperdiçado por palavras e ações que só despertam a antipatia dos torcedores.


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Marquinhos se consolida como volante no PSG e vira problema para seleção http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/10/08/marquinhos-se-consolida-como-volante-no-psg-e-vira-dor-de-cabeca-para-tite/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/10/08/marquinhos-se-consolida-como-volante-no-psg-e-vira-dor-de-cabeca-para-tite/#respond Tue, 08 Oct 2019 07:00:53 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=14583 Na cabeça de Tite, Marquinhos é titular inquestionável do miolo de zaga da seleção brasileira e o único integrante do atual quarteto defensivo da equipe nacional que dificilmente não estará na próxima Copa do Mundo, em 2022, no Qatar.

Mas o ex-comandante do Corinthians não contava que o treinador do Paris Saint-Germain, Thomas Tuchel, fosse colocar em risco esse seu planejamento para o futuro.

Crédito: Divulgação

Com dificuldades para armar o meio-campo da equipe francesa e com opções de sobra para sua retaguarda, o treinador alemão tem usado cada vez mais Marquinhos fora de sua posição de origem, escalando-o como volante.

A experiência de colocar o brasileiro mais adiantado em campo, jogando à frente dos zagueiros, já vinha sendo testada desde a temporada passada. Mas, neste início de 2019/2020, alcançou uma nova proporção.

Dos dez jogos que disputou pelo PSG nesta temporada, Marquinhos atuou como volante em sete, incluindo aí as duas partidas mais importantes (contra Real Madrid e Galatasaray, pela fase de grupos da Liga dos Campeões).

Ele só jogou como zagueiro em dois jogos válidos pelo Campeonato Francês (contra Toulouse e Metz) e durante 24 minutos do encontro com o Reims, também pela Ligue 1.

O problema dessa mudança de posição de Marquinhos no PSG para Tite é que a seleção já conta com um volante que é titular absoluto (Casemiro) e está sofrendo com uma grande dificuldade de renovação justamente no miolo de zaga.

Aos 25 anos, Marquinhos é o único dos quatro zagueiros do Brasil na Copa do Mundo de 2018 que ainda não virou “trintão”. Thiago Silva e Miranda já completaram o 34º aniversário e Geromel está com 33.

Além do camisa 5 do PSG, o país pentacampeão mundial de futebol não tem no momento nenhum outro beque jovem consolidado como titular de um clube do primeiro escalão da Europa – Éder Militão, 21, é reserva no Real Madrid.

A dificuldade de encontrar novos nomes para zaga tem feito Tite buscar opções em times menores do Velho Continente e dentro do futebol nacional. Na convocação de setembro, ele chamou Samir, que joga na Udinese. Na lista deste mês, consta o nome de Rodrigo Caio, do Flamengo.

Por tudo isso, é pouco provável que Marquinhos seja sequer testado como volante com a camisa amarelinha. Se continuar jogando “improvisado” no PSG, ele deve traçar um caminho oposto ao do argentino Javier Mascherano, que era zagueiro no Barcelona e atuava na linha de meio-campistas na seleção.

O Brasil inicia nesta quinta-feira (10) uma rodada dupla de amistosos contra times africanos. O primeiro adversário é o Senegal, do astro Sadio Mané, atacante do Liverpool. No domingo, é a vez da Nigéria. As duas partidas serão disputadas em Singapura.


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Agora, Neymar depende mais da seleção do que a seleção depende dele http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/09/06/agora-neymar-depende-mais-da-selecao-do-que-a-selecao-dele/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/09/06/agora-neymar-depende-mais-da-selecao-do-que-a-selecao-dele/#respond Fri, 06 Sep 2019 07:20:50 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=14182 Desde 2010, a seleção brasileira sofre de uma espécie de “Neymardependência”. Todos os sucessos e fracassos vividos pela equipe nacional nesta década foram, de alguma forma, creditados na conta do seu principal astro.

Mas, a partir desta sexta-feira, quando a equipe de Tite enfrenta a Colômbia, em Miami (Estados Unidos), no primeiro amistoso depois da conquista da Copa América, a situação é outra.

Crédito: Lucas Figueiredo/CBF

Agora, Neymar depende bem mais da seleção do que a equipe pentacampeã mundial é refém do futebol do seu camisa 10.

Não que o atacante tenha deixado de ser o jogador brasileiro mais talentoso da atualidade e um nome relevante para a equipe canarinho.

Mas a solidez mostrada pela seleção durante a Copa América, ainda que o torneio estivesse bastante enfraquecido do ponto de vista técnico, mostrou que, ao contrário do que acontecia até pouco tempo atrás, há vida sem Neymar.

Se a seleção agora pode se dar ao luxo de eventualmente abdicar do seu craque, o mesmo não pode se dizer do atacante em relação ao time da CBF.

Para Neymar, o Brasil virou uma espécie de tábua de salvação. Esses amistosos de setembro são sua oportunidade de mostrar ao mundo que ele não é só o cara que tantos problemas causou na janela de transferências.

Ao forçar a barra para tentar se transferir para o Barcelona e perder a queda de braço com a diretoria do Paris Saint-Germain, o camisa 10 queimou seu filme com a única torcida que ainda o tolerava na Europa.

Detonado pelos apoiadores do PSG e com ambiente não muito agradável entre jogadores, membros da comissão técnica e dirigentes do clube francês, Neymar deve sofrer bastante nesta temporada.

Ele será cobrado e criticado como nunca, terá de enfrentar a maior desconfiança de sua carreira e precisará defender dentro de campo um projeto que ele próprio deixou claro que não acredita que pode dar certo.

Isso sem falar na motivação. Será que Neymar terá paciência para encarar os incontáveis compromissos semanais do PSG contra adversários de baixíssimo nível técnico no Campeonato Francês?

Na seleção, por outro lado, o ambiente lhe é muito mais favorável. Lá, ele conta com um treinador que parece estar ao seu lado até o fim e que o poupa de críticas mesmo nos momentos mais difíceis de defendê-lo.

Também não precisa brigar com ninguém do elenco para exercer o papel de líder. Afinal, a maior parte dos jogadores são seus “parças” e não têm nenhuma restrição afetiva a ele.

Ou seja, a equipe nacional é seu porto seguro para poder pensar exclusivamente em futebol e mostrar nos gramados que ainda é um jogador da prateleira de cima dos craques do planeta.

Por isso, Neymar depende tanto da seleção… bem mais do que a seleção hoje depende dele.


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“Hulk” da zaga vira meme, conquista o Sevilla e quer chance com Tite http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/09/05/hulk-brasileiro-vira-meme-conquista-o-sevilla-e-quer-chance-com-tite/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/09/05/hulk-brasileiro-vira-meme-conquista-o-sevilla-e-quer-chance-com-tite/#respond Thu, 05 Sep 2019 07:00:19 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=14163 Logo em sua primeira partida oficial pelo Sevilla, Diego Carlos precisou usar todo seu corpanzil para proteger uma bola presa na bandeirinha de escanteio. Levou vários empurrões e pancadas por trás do adversário, mas conseguiu sair com ela dominada, como se nada tivesse acontecido.

A cena, ocorrida na vitória por 1 a 0 sobre o Espanyol, no dia 18 de agosto, viralizou nas redes sociais, deu origem a vários memes e transformou o zagueiro brasileiro de 26 anos em xodó instantâneo do clube andaluz.

Crédito: Divulgação

Para a torcida do Sevilla, o ex-jogador da base do São Paulo, que defendeu o Nantes nas últimas três temporadas e foi contratado por 15 milhões de euros (quase R$ 70 milhões), virou “Hulk” e “Tanque”.

“Realmente, foi um lance que exigiu muita força e que a torcida adorou. Fizeram memes em que substituíram a bola por uma caixa de cervejas, outro em que eu protegia um troféu. Desde as categorias de base, sempre fui um pouco mais forte que meus companheiros, mas nem gosto de academia. Prefiro fazer só funcional para não perder a velocidade”, afirmou o zagueiro de 1,86 m e 89 kg.

Além da força física demonstrada na jogada que construiu sua fama, o bom início de temporada do Sevilla ajuda a explicar por que Diego Carlos caiu rapidamente nas graças dos torcedores.

A equipe dirigida por Julen Lopetegui (ex-Real Madrid e seleção espanhola) conseguiu duas vitórias e um empate nas três primeiras rodadas do Campeonato Espanhol. Com sete pontos, divide a segunda colocação com o Athletic Bilbao e só está atrás do Atlético de Madri, único time com 100% de aproveitamento até.

Além disso, a dupla de zaga, formada pelo brasileiro e pelo português Daniel Carriço, é uma das menos vazadas do futebol espanhol até o momento e só sofreu um gol em 270 minutos de futebol – como comparação, o Real Madrid já levou quatro, e o Barcelona sofreu cinco.

Crédito: Reprodução

Diego Carlos sabe que um bom desempenho com a camisa do Sevilla, clube de destaque no cenário nacional e que vira e mexe apronta em competições europeias, pode ser a chave para que ele realize o maior dos seus sonhos: receber uma oportunidade na seleção brasileira.

“Para mim, é uma oportunidade única. Fui subindo degrau por degrau. Estou muito feliz, mas esse ainda não é o fim. Tenho objetivos mais altos para alcançar. Quero vestia a camisa da seleção”, disse o defensor, que está na Europa desde 2014 e também passou por Estoril Praia e pelo time B do Porto.

O zagueiro acredita que, se mantiver um bom desempenho pelo Sevilla, sua convocação virá naturalmente. Afinal, tem a seu lado a idade e a necessidade de renovação do miolo de zaga da seleção.

Exatamente por isso, Tite chamou Samir (Udinese), de 24 anos, para os amistosos contra Colômbia e Peru, neste mês. Quem sabe na próxima não chega a vez do “Hulk” Diego Carlos?

“Tudo é uma questão de tempo. Nunca tive pressa para alcançar o topo. Estou muito feliz com o ritmo da minha evolução. Fico feliz pela convocação do Samir. Ele é um bom jogador, que está bem na liga italiana. Mas espero a minha oportunidade”, decretou.


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Um ano depois, renovação brasileira é menor que média das seleções da Copa http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/06/05/um-ano-depois-renovacao-brasileira-e-menor-que-media-das-selecoes-da-copa/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/06/05/um-ano-depois-renovacao-brasileira-e-menor-que-media-das-selecoes-da-copa/#respond Wed, 05 Jun 2019 07:00:01 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=12917 Dos 23 jogadores que participaram da campanha brasileira na Copa do Mundo, 14 estarão novamente vestindo a camisa amarelinha na Copa América, que será disputada a partir da próxima semana.

O número faz da seleção comandada por Tite uma das menos se renovaram desde a disputa da Rússia-2018, há exatamente um ano.

Crédito: Kai Pfaffenbach/Reuters

Apenas dez dos 32 times que participaram da última edição do Mundial têm em suas convocações para os jogos válidos pela Data Fifa de junho um número de remanescentes superior ao brasileiro.

O recordista é Marrocos, que colocou em sua lista provisória para a disputa da Copa Africana de Nações nada menos que 19 jogadores que já estavam no seu elenco no ano passado. Bélgica e Irã, com 18 sobreviventes da Copa, aparecem logo na sequência.

Apesar de ter caído nas quartas de final da Copa, o Brasil possui nível de renovação similar ao França, que se sagrou bicampeã mundial na Rússia, e superior ao da Croácia, que obteve a melhor participação da sua história ao chegar até a decisão.

Assim como os brasileiros, os franceses ainda contam com 14 jogadores do Mundial em sua convocação mais recente. Já os croatas mantiveram 12 atletas do torneio de 2018 na lista atual.

No caso do Brasil, o setor que menos teve mudanças é a defesa. Os três goleiros da Copa América (Alisson, Cássio e Ederson) são os mesmos chamados no ano passado. Cinco dos oito zagueiros e laterais, também (Thiago Silva, Miranda, Marquinhos, Filipe Luís e Fágner).

A renovação brasileira está praticamente toda concentrada do meio para frente. Casemiro, Philippe Coutinho e Fernandinho são os meio-campistas que continuam na equipe. E Gabriel Jesus, Neymar e Roberto Firmino, os homens de frente sobreviventes.

Na média, cada seleção participante da Copa-2018 conta hoje com 11,6 jogadores que estiveram no Mundial. Ou seja, o Brasil tem 2,4 veteranos a mais do que essa marca.

As equipes que promoveram as renovações mais intensas são Austrália e Japão. Os “Socceroos” chamaram para os amistosos deste mês apenas dois jogadores que foram à Rússia-2018. Já os nipônicos vão disputar a Copa América como convidados com quatro atletas convocados em 2018.

O Brasil faz nesta quarta-feira seu penúltimo amistoso antes da Copa América. O adversário é o Qatar, e o jogo acontece em Brasília. No domingo, a equipe encerra a fase de preparação contra Honduras, em Porto Alegre.

REMANESCENTES DA COPA-2018*

Marrocos – 19
Bélgica e Irã – 18
Peru e Uruguai – 17
Nigéria e Suíça – 16
Costa Rica, Inglaterra, Polônia e Suécia – 15
Brasil, França, Islândia e Tunísia – 14
Colômbia e Portugal – 13
Alemanha, Croácia, Dinamarca, Panamá e Egito – 12
Sérvia – 11
Rússia e Tunísia – 10
Espanha e México – 9
Argentina e Correia do Sul – 8
Japão – 4
Austrália – 2

*na convocação para a Data Fifa de junho de 2019; a Arábia Saudita não tem compromissos neste mês


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Banco de reservas vira rotina para homens de Tite em temporada pós-Copa http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/02/15/banco-de-reservas-vira-rotina-para-homens-de-tite-em-temporada-pos-copa/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/02/15/banco-de-reservas-vira-rotina-para-homens-de-tite-em-temporada-pos-copa/#respond Fri, 15 Feb 2019 06:00:38 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=11492 Oito meses atrás, eles eram aclamados pelos torcedores brasileiros, protagonizavam comerciais na televisão e carregavam a esperança da conquista do hexacampeão mundial. Hoje, sem a taça na mão, acompanham frustrados do banco de reservas às apresentações dos clubes que defendem.

A temporada 2018/19 do futebol europeu tem se mostrado decepcionante para uma parte considerável dos jogadores que Tite escolheu para defender o país na última edição da Copa do Mundo.

Crédito: Albert Gea/Reuters

Dos 23 atletas convocados para a Rússia-2018, pelo menos sete tiveram quedas consideráveis na quantidade de partidas em que foram escalados como titular dos seus times ao longo dos últimos meses.

O caso mais surpreendente é o de Marcelo. Quatro vezes vencedor da Liga dos Campeões da Europa e praticamente uma unanimidade no posto de melhor lateral esquerdo do planeta até pouco tempo atrás, o brasileiro foi parar no banco de reservas do Real Madrid depois da promoção do técnico Santiago Solari.

O treinador argentino tem preferido escalar o jovem Sergio Reguilón, 22, formado no próprio clube, a usar o camisa 12 nas partidas mais importantes. Os motivos vão da falta de capacidade de marcação do brasileiro até o namoro do jogador com a Juventus.

Resultado: Marcelo, que foi titular em 66,1% dos jogos do Real em 2017/18, só foi escalado em 55% das partidas nesta temporada. E esse número tende a cair. Nas últimas cinco rodadas do Campeonato Espanhol, o lateral começou no banco. Na vitória por 2 a 1 sobre o Ajax, na quarta-feira, pela Champions, nem saiu de lá.

Quem sofreu uma queda ainda maior que o lateral no seu nível de presença em campo é o zagueiro Miranda. Na última temporada, ele era titular indiscutível da Inter de Milão (77,5% dos jogos). Agora, só é escalado em pouco mais de um terço das partidas (35,5%).

Aos 34 anos, o ex-jogador do São Paulo perdeu espaço no clube italiano depois da contratação do holandês Stefan de Vrij, que defendia a Lazio.

Outro que se deu mal com as movimentações de mercado feitas por seu clube é Douglas Costa. Mas, no caso do camisa 11 da Juventus, a perda de espaço ante a nova concorrência é bastante compreensível.

Depois da chegada de Cristiano Ronaldo a Turim e da subida de nível do ataque bianconero, o brasileiro só iniciou 28,1% dos jogos do seu clube. Na temporada anterior, ele havia sido titular em mais da metade dos compromissos (55,5%).

Já o caso do meia Fred é diferente. Antes da Copa, ele havia sido escalado para 80% das partidas do Shakhtar Donetsk. Mas, durante o período do Mundial, ele subiu um degrau em sua carreira e assinou com o poderoso Manchester United. O preço a pagar pela mudança de ares foi o banco – foi titular em 30,5% das apresentações da equipe vermelha.

Mesmo aqueles integrantes da seleção que já estavam no banco na temporada passada acabaram perdendo ainda mais espaço depois da Rússia-2018. Esse é o caso de Danilo e Gabriel Jesus, ambos do Manchester City.

O lateral deixou de ser um curinga de Pep Guardiola e agora raramente é escalado mesmo quando o treinador não tem outro jogador da sua posição à disposição (27,5% de titularidade). Já o atacante sofreu com um jejum de gols na primeira metade da temporada e pouco pode fazer ante a boa fase do seu titular, Sergio Agüero. Por isso, só começou jogando em 37,5% das partidas da temporada, a maior parte delas em competições menos relevantes, como as copas nacionais.

JOGOS COMO TITULARES

MARCELO – Real Madrid (ESP)
2017/18 – 66,1%
2018/19 – 55%

FILIPE LUÍS – Atlético de Madri (ESP)
2017/18 – 50,9%
2018/19 – 45,4%

GABRIEL JESUS – Manchester City (ING)
2017/18 – 49,1%
2018/19 – 37,5%

MIRANDA – Inter de Milão (ITA)
2017/18 – 77,5%
2018/19 – 35,5%

FRED – Shakhtar Donetsk (UCR)/Manchester United (ING)
2017/18 – 80%
2018/19 – 30,5%

DOUGLAS COSTA – Juventus (ITA)
2017/18 – 55,5%
2018/19 – 28,1%

DANILO – Manchester City (ING)
2017/18 – 47,4%
2018/19 – 27,5%


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