river plate – Blog do Rafael Reis http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br Esse espaço conta as história dos jogadores fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público. Thu, 12 Mar 2020 12:29:00 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 De Fillol a Conca: os 11 jogadores que defenderam Flamengo e River Plate http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/11/23/de-fillol-a-conca-os-11-jogadores-que-defenderam-flamengo-e-river-plate/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/11/23/de-fillol-a-conca-os-11-jogadores-que-defenderam-flamengo-e-river-plate/#respond Sat, 23 Nov 2019 07:00:46 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=15046 Flamengo e River Plate decidem hoje, em Lima (Peru), o título da Libertadores-2019 e o posto da América do Sul no Mundial de Clubes da Fifa, que será disputado no próximo mês, no Qatar.

Os dois clubes têm histórias bem diferentes. Enquanto a equipe brasileira só se sagrou campeã continental uma única vez, em 1981, o time argentino busca ser penta da competição interclubes mais importante do continente –ganhou em 1986, 1996, 2015 e 2018.

Mas 11 jogadores unem as trajetórias dos adversários desta tarde: cinco argentinos, quatro brasileiros e um paraguaio.

O “Blog do Rafael Reis” apresenta abaixo quem são os atletas que, ao longo da história, vestiram a camisa de ambos os finalista da Libertadores.

Crédito: Divulgação

 Julio Castillo: Atacante argentino formado no River Plate, fez parte do elenco do clube de Buenos Aires em meados da década de 1930. Morreu enquanto era jogador do Flamengo, em virtude de um quadro de diabetes que escondeu da diretoria rubro-negra para conseguir concretizar a transferência.

Paulinho: Artilheiro do Estadual do Rio de 1955 pelo Flamengo e jogador com passagem pela seleção brasileira, o atacante ainda defendeu o Palmeiras antes de se mudar para a Argentina. Por lá, defendeu as cores de River e Estudiantes. Pelo clube do Monumental de Núñez, marcou só quatro gols.

Moacir: Campeão do mundo em 1958, era uma das maiores estrelas do Fla entre o fim da década de 1950 e o começo dos anos 1960. Em 1961, aceitou a ideia de se mandar para a Argentina e jogar no River. Depois, não voltou mais ao futebol brasileiro, atuou no Uruguai e encerrou a carreira no Equador.

Décio Crespo: Contratado pelo River junto com Moacir, disputou apenas uma partida pela equipe argentina, um amistoso contra a Juventus, da Itália. No Flamengo, teve uma trajetória bem mais relevante. Com exceção dos poucos meses que passou em Buenos Aires, vestiu a camisa rubro-negra entre 1957 e 1964.

Rogelio Domínguez: Vencedor das três primeiras edições da Liga dos Campeões da Europa pelo Real Madrid, o goleiro voltou à Argentina em 1962 para defender o River, mas ficou só duas temporadas por lá. Domínguez se aposentou no Fla, time que defendeu entre 1968 e 1969.

Francisco Reyes: Único jogador a passar pelos dois finalistas da Libertadores-2019 que não era brasileiro nem argentino, o paraguaio foi jogador do River em 1964, mas nunca chegou a disputar um jogo oficial pelo clube. Reyes chegou ao Flamengo três anos mais tarde, depois de passagem pelo Atlético de Madri, e foi um zagueiro importante da equipe carioca no começo da década de 1970.

Ubaldo Fillol: Um dos maiores goleiros argentinos de todos os tempos, vestia a camisa 1 do River em 1978, quando se sagrou campeão da Copa do Mundo. Jogou durante nove anos na equipe millonaria e conquistou quatro títulos nacionais. Em 1984, aos 34 anos, aceitou convite do Fla para jogar no Brasil. Foi embora após um ano, depois de adicionar uma Taça Guanabara e uma Taça Rio ao seu currículo

Júlio César: Conhecido como “Uri Geller” pela capacidade de entortar os adversários com dribles, o ponta esquerda foi campeão brasileiro pelo Flamengo em 1980 e só não participou do elenco campeão da Libertadores-1981 porque acabou negociado com o Talleres, da Argentina. Dois anos depois, foi cedido ao River para disputar um torneio de pré-temporada, mas acabou não ficando por lá.

Claudio Borghi: O meia campeão do mundo com a Argentina em 1986 teve passagens discretas pelos dois clubes. Entre 1988 e 1989, ele jogou 11 vezes pelo River. De lá, acabou negociado com o Flamengo, onde chegou cercado de expectativas. Só que Borghi praticamente não foi a campo no Brasil e acabou indo embora no ano seguinte.

Rubens Sambueza: Cria das categorias de base do River, foi campeão argentino pelo clube em 2004 e despontou como grande promessa. Sem conseguir se consolidar, começou a ser emprestado. O Flamengo foi um desses times a quem Sambueza foi cedido. O meia ficou no Rio entre 2008 e 2009 e se sagrou campeão estadual no segundo ano.

Darío Conca: O meia foi o último jogador compartilhado entre River e Flamengo. Conca foi revelado na base da equipe de Buenos Aires, mas acabou emprestado a vários clubes e pouco jogou na Argentina. A passagem pelo Fla também não teve brilho. O jogador passou pela Gávea em 2017, mas, com problemas físicos, não chegou nem a completar uma partida inteira em campo.


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Jesus e Gallardo não inventaram a roda, mas copiaram tudo direitinho http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/11/22/jesus-e-gallardo-nao-inventaram-a-roda-so-souberam-copiar-tudo-direitinho/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/11/22/jesus-e-gallardo-nao-inventaram-a-roda-so-souberam-copiar-tudo-direitinho/#respond Fri, 22 Nov 2019 07:20:54 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=15040 Jorge Jesus e Marcelo Gallardo são treinadores revolucionários que fazem Flamengo e River Plate, respectivamente, praticarem um futebol jamais visto antes nos gramados da América do Sul.

Nos últimos meses (ou anos, no caso do argentino), têm sido comum encontrar nas redes sociais esses comentários inflamados de torcedores sobre os técnicos finalistas da Libertadores-2019.

Crédito: Montagem

Mas será que eles estão realmente corretos ou são apenas frutos da excitação de quem tem visto seu clube jogar bem, atropelar adversários históricos e brigar pelos títulos mais importantes da temporada?

Não, Jesus e Gallardo não estão reinventando a roda. E isso não é demérito algum. O sucesso por trás de Fla e River é a capacidade dos seus treinadores de copiar e adaptar para o cenário sul-americano as ideias que estão dando certo no primeiro escalão do futebol da Europa.

Conceitos como marcação alta, alternância entre posse e transição rápida, movimentações ofensivas devidamente ensaiadas e recuperação rápida da bola depois de ser desarmado já estão no vocabulário dos Barcelona, Real Madrid e Manchester City da vida há um bom tempo.

Eles são frutos de uma inventiva geração de treinadores que despontou no cenário internacional a partir de meados dos anos 2000 e que até hoje continua ditando as regras do jogo.

Os ofensivos Pep Guardiola (Manchester City) e Jürgen Klopp (Liverpool) e os defensivos José Mourinho (Tottenham) e Diego Simeone (Atlético de Madrid) são os responsáveis diretos pelo futebol que a elite da bola pratica atualmente.

Um futebol que, por inúmeros motivos, como falta de atualização dos treinadores, imediatismo na busca pelos resultados e material humano de menor capacidade técnica, ainda é raro de se ver nos times sul-americanos. Mas que enche o tanque de combustível de Flamengo e River Plate.

Jesus possui ainda dois méritos extras. Adaptou-se instantaneamente ao Brasil e, assim, conseguiu derrubar o preconceito contra técnicos estrangeiros que assola o país. Além disso, está acabando com a obsessão nacional de poupar excessivamente os jogadores para as partidas mais importantes.

O treinador do River também tem algo que é só seu. Para sobreviver cinco anos consecutivos no comando do mesmo time, ainda mais em uma equipe sul-americana, é preciso saber administrar egos, controlar perfeitamente o vestiário e fazer política com os dirigentes.

E por isso, não por serem revolucionários que estão desenvolvendo uma evolução na forma de se jogar futebol, Jorge Jesus e Marcelo Gallardo precisam ser louvados.

Flamengo e River Plate decidem amanhã, em Lima (Peru), qual é o melhor time da América do Sul neste ano. Os brasileiros, campeões em 1981, buscam o segundo título de Libertadores de sua história. A equipe argentina, vencedora em 1986, 1996, 2015 e 2018, quer ser penta.


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Por onde andam os jogadores do Flamengo campeão da Libertadores-1981? http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/11/22/por-onde-andam-os-jogadores-do-flamengo-campeao-da-libertadores-1981/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/11/22/por-onde-andam-os-jogadores-do-flamengo-campeao-da-libertadores-1981/#respond Fri, 22 Nov 2019 07:00:53 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=15036 Trinta e oito anos depois de conquistar seu primeiro (e até agora único) título da Libertadores, o Flamengo volta amanhã a disputar a final do torneio interclubes mais importante do futebol da América do Sul.

Mas, se desta vez a decisão contra o River Plate será disputada em jogo único, em Lima (Peru), a briga pela taça de 1981 durou 270 minutos.

Foram necessários três jogos para a equipe brasileira despachasse o Cobreloa e se sagrasse campeã sul-americana daquele ano.

Na primeira partida, no Rio, o Fla venceu por 2 a 1. Uma semana depois, os chilenos jogaram em casa e deram o troco: 1 a 0. Por isso, houve a necessidade de um jogo desempate. No dia 23 de novembro, os dois finalistas se encontraram em Montevidéu (Uruguai), e os rubro-negros venceram por 2 a 0.

Mas, na véspera de uma nova decisão da Libertadores para o Flamengo, o que estão fazendo da vida os heróis de 1981? O “Blog do Rafael Reis” mostra os paradeiros de cada um deles logo abaixo.

Crédito: Divulgação

POR ONDE ANDA – FLAMENGO DE 1981?

Raul Plassmann (75 anos) – O goleiro que não sofreu gol na decisão do dia 23 de novembro já chegou ao Flamengo como um veterano de 33 anos. Mesmo assim, teve tempo suficiente para escrever seu nome na história do clube. Raul atuou pelo clube do Rio até 1983, quando, aos 39 anos, decidiu encerrar a carreira. Desde então, já fez de tudo um pouco: foi comentarista de rádio e TV (chegou a trabalhar na Globo), tentou a sorte como técnico, foi dirigente e até se lançou na carreira política –foi candidato a deputado federal por Minas Gerais em 2014.

Nei Dias (66 anos) – O menos conhecido dos jogadores que iniciaram a partida decisiva contra o Cobreloa só foi escalado como titular porque Lico estava machucado. Nei Dias jogou no Flamengo durante apenas um ano, 1981, quando faturou o título sul-americano. Ele também defendeu clubes como Botafogo, Atlético-MG e Fluminense. Depois de aposentado, Nei Dias largou o futebol e passou a trabalhar em diferentes áreas.

Marinho (64 anos) – Ex-eletricista, começou a carreira no futebol paranaense e foi campeão brasileiro pelo São Paulo em 1977 antes de ser contratado pelo Flamengo. Marinho fez parte do elenco rubro-negro de 1980 a 1984 e chegou até a defender a seleção no período. Aposentado há quase 30 anos, ele hoje vive em Londrina (PR) e tem negócios na construção civil.

Mozer (59 anos) – Caçula do time campeão da Libertadores, o zagueiro estava apenas em sua segunda temporada como profissional em 1981. Após a passagem pelo Flamengo, Mozer construiu uma carreira de sucesso no exterior e jogou em Portugal (Benfica), França (Olympique de Marselha) e Japão (Kashima Antlers). Além disso, disputou a Copa-1990 pela seleção. Depois de pendurar as chuteiras, trabalhou como técnico em Portugal, Angola e Marrocos. De 2016 até o primeiro semestre do ano passado, foi gerente de futebol do Flamengo.

Júnior (65 anos) – Um dos principais laterais esquerdos da história do Brasil, estendeu a carreira até os 39 anos e pendurou as chuteiras jogando como homem de meio-campo. Depois, ainda passou mais sete anos defendendo a seleção brasileira de beach soccer, modalidade na qual foi hexacampeão mundial. Júnior chegou a trabalhar como técnico de Flamengo e Corinthians, mas se encontrou na função de comentarista esportivo. Atualmente, faz parte do elenco da TV Globo.

Andrade (62 anos) – Apesar de ter sido expulso na final contra o Cobreloa, ainda é lembrado hoje como um dos principais jogadores da equipe que se sagrou campeã da Libertadores. Volante de elevada técnica, Andrade rodou bastante pelo mundo do futebol, chegou a jogar na Roma e arrastou a carreira até 1999, quando já tinha 42 anos. Depois de aposentado, continuou bastante ligado ao Fla. Durante muito tempo, foi auxiliar-técnico do clube. Em 2009, assumiu o comando da equipe interinamente, foi ficando e acabou ganhando o título brasileiro. Mesmo com a conquista, sua carreira não decolou, e Andrade jamais voltou a dirigir um time de primeira divisão.

Leandro (60 anos) – Apesar de ter sido um dos laterais direitos mais talentosos da história, o camisa 2 do Flamengo encarou a decisão da Libertadores improvisado no meio-campo. Além da camisa rubro-negra, Leandro só vestiu mais um uniforme ao longo da carreira, o da seleção brasileira, pela qual disputou a Copa-1982. Aposentado com apenas 31 anos devido a problemas no joelho, o ex-jogador administra uma pousada em Cabo Frio (RJ).

Zico (66 anos) – Capitão, craque e autor dos dois gols do Flamengo na final contra o Cobreloa, o ex-camisa 10 até hoje é sinônimo do clube carioca. Zico passou nada menos que 16 anos da sua carreira como profissional vestindo a camisa rubro-negra. Curiosamente, apesar de trabalhar como treinador há mais de duas décadas, jamais dirigiu o Fla. No banco de reservas, o hoje diretor técnico do Kashima Antlers trabalhou na Copa do Mundo-2006 com a seleção japonesa e foi campeão nacional de Turquia (Fenerbahce, em 2007) e Uzbequistão (Bunyodkor, em 2008).

Tita (61 anos) – Revelado nas categorias de base do Flamengo, o meia-atacante teve uma carreira das mais ricas. Além de ter defendido o clube rubro-negro, também jogou no Vasco, no Grêmio, no Internacional, teve passagens por Alemanha, Itália e México e disputou a Copa-1990. Desde 2000, trabalha como treinador. Tita dirigiu vários times pequenos do Rio, comandou o Vasco em duas oportunidades, chegou a trabalhar em equipes mexicanas e até foi auxiliar da seleção japonesa.

Adílio (63 anos) – Polivalente, o ex-volante também era capaz de atuar como meia de criação e até quebrar o galho no ataque. Foi assim que ele conquistou a torcida do Flamengo, clube que defendeu entre 1975 e 1987 e onde viveu seus melhores dias. Depois de deixar a equipe carioca, Adílio arriscou-se no futsal e fez parte da seleção campeã mundial de 1989. Mas sua despedida dos gramados só aconteceu oito anos depois. Adílio foi treinador na Arábia Saudita, trabalhou com Zico no CFZ e ficou na base do Fla de 2003 a 2008. Em julho, foi homenageado pelo clube carioca com um busto na Gávea.

Nunes (65 anos) – Único atacante de verdade na escalação do técnico Paulo César Carpegiani, Nunes passou em branco nos três jogos da decisão, mas é um ídolo dos grandes para o torcedor flamenguista. O camisa 9 teve três passagens pelo clube e também jogou no México, em Portugal e até em El Salvador. Depois de aposentado, foi subsecretário de esportes de Nova Iguaçu (RJ) e tentou, sem sucesso, ser eleito deputado estadual no Rio de Janeiro.

Anselmo (60 anos) – Única substituição feita por Carpegiani na final, o ex-atacante entrou a campo já nos minutos finais da partida contra o Cobreloa, deu um soco no zagueiro Mario Soto e foi expulso. O cartão vermelho transformou Anselmo em um ídolo da torcida do Flamengo, que estava com o adversário preso na garganta pelo excesso de violência praticado nas partidas anteriores da decisão. O ex-jogador mudou-se para Portugal já na reta final da carreira e, depois de aposentado, trabalhou em uma escola.

Paulo César Carpegiani (70 anos) – Em 1981, quando ganhou a Libertadores e também o Mundial de Clubes, Carpegiani era um ex-jogador de apenas 32 anos que havia acabado de se aposentar e estava tendo sua primeira experiência como treinador. Quase quatro décadas mais tarde, comandar times de futebol ainda é sua profissão. Ao longo de todo esse tempo, o ex-meia passou por boa parte dos maiores clubes do Brasil, teve experiências no exterior e chegou a comandar o Paraguai na Copa-1998. No entanto, nunca voltou a conquistar títulos tão expressivos quanto os levantados no primeiro ano de sua carreira.


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Fla com R$ 314 mi e River, R$ 223 mi; Libertadores terá o campeão mais caro http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/11/21/libertadores-2019-tera-o-campeao-mais-caro-de-todos-os-tempos/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/11/21/libertadores-2019-tera-o-campeao-mais-caro-de-todos-os-tempos/#respond Thu, 21 Nov 2019 07:00:58 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=15028 Não importa se vai dar Flamengo ou River Plate na decisão deste sábado. A Copa Libertadores da América já sabe que consagrará neste ano seu campeão mais caro de todos os tempos.

Tanto o time brasileiro quanto a equipe argentina investiram pesado na construção dos seus elencos atuais, mais do que qualquer outro clube que já conquistou o principal torneio interclubes do futebol sul-americano.

Crédito: Pilar Olivares/Reuters

Segundo dados do “Transfermarkt”, site especializado na cobertura do mercado global do futebol, o Flamengo gastou 67,5 milhões de euros (R$ 314,6 milhões) só com compra e empréstimo dos direitos econômicos dos jogadores que hoje estão à disposição do técnico Jorge Jesus.

O curso da montagem do elenco do River foi um pouco mais baixo, 47,8 milhões de euros (R$ 222,8 milhões), ainda assim mais alto do que a de todos os campeões anteriores da história da Libertadores.

O recorde de time mais caro a conquistar o posto de campeão sul-americano pertence ao clube argentino. No ano passado, a equipe dirigida por Marcelo Gallardo havia custado 46,6 milhões de euros (R$ 217,2 milhões, na cotação atual).

Os dois finalistas deste ano deste ano têm atualmente em seus elencos os jogadores mais caros já contratados por eles (e também dos seus respectivos países).

No caso do Fla, o reforço mais caro da história é o meia uruguaio Giorgian de Arrascaeta, tirado do Cruzeiro no começo de 2019 por 15 milhões de euros (quase R$ 70 milhões). Os outros dois integrantes desse pódio (Vitinho e Gerson) também estão na equipe que decide a Libertadores.

Já o River tem com recordista o centroavante Lucas Pratto, ex-Atlético-MG, que foi contratado do São Paulo em janeiro do ano passado por 11,5 milhões de euros (R$ 53,6 milhões). Mas, apesar do investimento grandioso, hoje ele é reserva dos “Millonarios”.

Curiosamente, alguns dos jogadores mais importantes do time brasileiro e da equipe argentina foram contratações “gratuitas” ou que não custaram tanto assim.

O Fla não precisou pagar nada a Bayern de Munique e Atlético de Madri para contar com os laterais Rafinha e Filipe Luís. Como estavam com seus contratos encerrados, os dois jogadores custaram “apenas” o valor dos seus salários e o bônus que receberam pela assinatura do vínculo.

O River também não pagou nenhum clube para ter o volante Leonardo Ponzio, seu capitão. Já o zagueiro Javier Pinola, o meia Enzo Pérez e o atacante Rafael Santos Borré, três pilares da estratégia de Gallardo, custaram só 1,4 milhão de euros (R$ 6,5 milhões), 2,5 milhões de euros (R$ 11,6 milhões) e 3 milhões de euros (R$ 14 milhões), respectivamente.

Flamengo e River Plate decidem depois de amanhã, em Lima (Peru), qual é o melhor time da América do Sul neste ano. Os brasileiros, campeões em 1981, buscam o segundo título de Libertadores de sua história. A equipe argentina, vencedora em 1986, 1996, 2015 e 2018, quer o penta.


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O jogo que definirá o melhor time da América do Sul em 2019 também atrairá os olhares de vários observadores e dirigentes de clubes da Europa. Em busca de reforços, eles certamente estarão ligados na vitrine que é o torneio continental.

O “Blog do Rafael Reis” apresenta abaixo cinco finalistas desta edição da Libertadores que estão na mira de clubes do Velho Continente e que podem, já no próximo ano, trocar a competição sul-americana pela Liga dos Campeões europeia.

GABIGOL
Atacante
23 anos
Brasileiro
Flamengo (BRA)

Crédito: Thiago Ribeiro/AGIF

Artilheiro do Campeonato Brasileiro e da Libertadores, o atacante vive o melhor momento da carreira, mas só tem contrato com o Flamengo até dezembro. No próximo ano, com o fim do seu empréstimo, ele terá de retornar à Inter de Milão para tentar uma segunda oportunidade no clube italiano ou ser negociado com outra equipe. O Fla quer manter o jogador no seu elenco e já separou um valor entre 15 e 20 milhões de euros (até R$ 93 milhões) do seu orçamento de 2020 para tentar efetivar a contratação. Mas, o futuro de Gabigol ainda está indefinido.

EXEQUIEL PALACIOS
Meia
21 anos
Argentino
River Plate (ARG)

Crédito: Reprodução

Jogador mais talentoso do meio-campo da equipe dirigida por Marcelo Gallardo, Palacios só continua no River porque se machucou no começo do ano, pouco atuou no primeiro semestre e, assim, esfriou o interesse dos clubes europeus na última janela de transferências. Mas o clube argentino sabe que perder seu camisa 15 é apenas uma questão de tempo. Palacios já quase foi negociado com o Real Madrid no passado e continua tendo seu desenvolvimento acompanhado de perto pelo time espanhol.

RODRIGO CAIO
Zagueiro
26 anos
Brasileiro
Flamengo (BRA)

Crédito: Thiago Ribeiro/AGIF

O zagueiro está na mira de clubes europeus há tempos. Rodrigo Caio já esteve perto de assinar com o Valencia e teve um namorico com o Atlético de Madri quando era jogador do São Paulo. Os rumores mais recentes sobre o seu futuro surgiram no começo do mês. O jornal espanhol “Marca” publicou no último dia 1º que o defensor vem sendo observado há tempos pelo Barcelona e que virou um possível reforço para o clube catalão “a curto prazo”. Para ter o zagueiro, a equipe de Lionel Messi, Luis Suárez e Antoine Griezmann estaria disposta a investir até 30 milhões de euros (R$ 140 milhões).

JULIAN ÁLVAREZ
Atacante
19 anos
Argentino
River Plate (ARG)

Crédito: Reprodução

Apesar de ainda ser reserva do River e de ter marcado apenas um gol nesta edição da Libertadores, o centroavante já é um dos jogadores mais valorizados do futebol argentino. Tratado como fenômeno desde o começo da adolescência, Álvarez passou pelas categorias de base do Real Madrid e também chegou a negociar com o Barcelona. Agora mais experimentado, vem sendo seguido por clubes importantes do futebol inglês, como o Manchester City.

REINIER
Meia-atacante
17 anos
Brasileiro
Flamengo (BRA)

Crédito: Divulgação

Principal revelação do Flamengo na temporada, Reinier atende a todos os requisitos que os maiores clubes da Europa querem neste momento: é bastante jovem, talentoso e ainda não tem a experiência necessária para ter pego os “vícios” do futebol brasileiro. Por isso, o nome de Reinier tem circulado bastante na seção de “Mercado da Bola” da imprensa do Velho Continente. Na segunda-feira, foi a vez do “Sun” publicar que o Arsenal tem interesse em tirar o garoto do Flamengo. Barcelona, Chelsea e Real Madrid também já foram apontados como futuros destinos do meia-atacante.


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Nada menos que nove dos jogadores comandados pelo técnico Jorge Jesus já disputaram ao menos uma partida da fase principal da Liga dos Campeões, o principal torneio interclubes do Velho Continente e, consequentemente, do mundo todo.

Crédito: Getty Images

Juntos, eles somam 177 aparições na Champions. Isso sem contar os 46 jogos em que o treinador português comandou Benfica e Sporting no torneio continental entre as temporadas 2010/11 e 2017/18.

A experiência do elenco do Fla no mais alto escalão do futebol europeu é inúmeras vezes maior que a do seu adversário na decisão da Libertadores.

No River Plate, apenas três atletas já tiveram a honra de participar da mais badalada competição de clubes do planeta: o volante Enzo Pérez (21 partidas), o meia colombiano Juan Fernando Quintero (8) e o atacante Matías Suárez (6).

Ou seja, a equipe argentina soma 35 jogos disputados na etapa principal da Champions, mesma marca do meia flamenguista Diego sozinho e menos que outros dois jogadores do elenco brasileiro: Rafinha (66) e Filipe Luís (46).

E, ao contrário do River, o Fla conta com jogadores que não apenas jogaram a Liga dos Campeões, mas que também fizeram bonito na competição.

O lateral direito Rafinha conquistou a “orelhuda” em 2012/13, ainda que tenha sido reserva do Bayern de Munique na maior parte da campanha e que tenha acompanhado a final contra o Borussia Dortmund do banco.

Já o lateral esquerdo Filipe Luís disputou duas decisões como titular do Atlético de Madrid, mas perdeu ambas. Em 2013/14 e 2015/16, ele acabou derrotado pelo outro clube grande da capital espanhola, o Real Madrid.

O atacante Vitinho fez gols contra Benfica e Manchester United pelo CSKA Moscou na fase de grupos de 2017/18. Bruno Henrique deu uma assistência em vitória do Wolfsburg sobre o Real, nas quartas de final de 2015/16.

E até Rhodolfo, zagueiro que quase nunca joga pelo clube carioca, teve seu momento de brilho na Champions. Em 2016/17, em sua única aparição no torneio europeu, ajudou o Besiktas a segurar um empate contra o Napoli.

Flamengo e River decidem no próximo sábado, em Lima (Peru), o título da Libertadores-2019. Os brasileiros buscam o segundo título continental de sua história, enquanto a equipe argentina, vencedora em 1986, 1996, 2015 e no ano passado, quer o penta.

FLAMENGO NA CHAMPIONS
Rafinha – 66
Filipe Luís – 46
Diego – 35
Vitinho – 11
Diego Alves – 8
Gerson – 6
Bruno Henrique e Gabriel Barbosa – 2
Rhodolfo – 1

RIVER PLATE NO CHAMPIONS
Enzo Pérez – 21
Juan Fernando Quintero – 8
Matías Suárez – 6


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Como técnico do River Plate foi de “boneco reclamão” a “rei da América” http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/11/17/como-tecnico-do-river-plate-foi-de-boneco-reclamao-a-rei-da-america/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/11/17/como-tecnico-do-river-plate-foi-de-boneco-reclamao-a-rei-da-america/#respond Sun, 17 Nov 2019 07:00:33 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=14993 “Ele tem gênio forte. A vontade que tem de ganhar sempre faz com que reclame bastante. E foi assim que a gente começou a se aproximar. No intervalo de uma partida, ele veio reclamar que não passei uma bola para ele. Entramos no vestiário discutindo feio e ficou aquele clima. Uma semana depois, ele foi a um churrasco em casa e nos acertamos”.

As palavras do ex-atacante brasileiro Luciano Emílio, que atuou ao lado de Marcelo Gallardo no DC United (EUA), em 2008, mostram um pouco da personalidade do técnico do River Plate, adversário do Flamengo na decisão da Libertadores-2019.

Crédito: Marcelo Endelli/Getty Images

Antes de conquistar dois títulos do torneio continental (2015 e 2018) em seis anos no comando da equipe de Buenos Aires, virar uma espécie de “Rei da América” e virar até mesmo candidato a assumir o Barcelona, o argentino era um cara famoso por ser “reclamão”.

Gallardo foi um camisa 10 talentoso que passou a maior parte da carreira se revezando entre River e o futebol francês. Ao longo de três passagens pelos “millonarios”, conquistou seis títulos nacionais e também uma Libertadores.

Já na França, brilhou ao ajudar o Monaco a conquistar a Ligue 1 na temporada 1999/2000. O meia, que disputou as Copas do Mundo-1998 e 2002, também teve uma rápida passagem pelo Paris Saint-Germain.

Foi logo depois de deixar o PSG que Gallardo desembarcou nos Estados Unidos para defender o DC United e encontrar Luciano Emílio, atacante que havia sido artilheiro e melhor jogador da MLS (Major League Soccer) no ano anterior.

Além da habilidade e do gosto pela vitória do novo companheiro argentino, uma outra característica do “Muñeco” (boneco ou manequim, em tradução para o português) chamou a atenção do brasileiro.

“O Marcelo não se vestia como jogador de futebol. Ele chegava para os treinos usando um terninho, sapatinho, cabelo bem arrumado. Parecia mesmo um boneco. Acho que o apelido dele é por causa disso.”

Emílio, que até hoje é ídolo nos EUA e toca uma escolinha de futebol na região de Washington, ficou surpreso com o sucesso do antigo parceiro como treinador.

“Na maior parte do tempo, ele era muito caladão. Por isso, eu não tinha essa visão que ele poderia ser um grande técnico. Mas seu trabalho no River é excepcional. Ele montou um time com muita garra e que tem uma transição da defesa para o ataque incrivelmente rápida”, analisa.

Crédito: Reprodução

E o mais incrível é que o brasileiro acabou presenciando o início do momento em que Gallardo deixou os gramados para virar treinador.

“A última vez em que nos encontramos foi no aeroporto de Montevidéu, em 2011. O Marcelo estava chegando para jogar no Nacional e eu, no Danubio. Demos um abraço forte e aquele beijo tipicamente argentino. Achei que íamos nos enfrentar no Uruguai, só que depois não nos encontramos mais.”

“O Marcelo logo se machucou e, pouco depois que voltou, virou treinador do Nacional [único clube que dirigiu além do River]. Eu também tive problemas físicos e pedi para deixar o Danubio porque não estava justificando meu salário”, completa.

Flamengo e River decidem no próximo sábado, em Lima (Peru), qual é o melhor time da América do Sul neste ano. Os brasileiros, campeões em 1981, buscam o segundo título de Libertadores de sua história. A equipe argentina, vencedora em 1986, 1996, 2015 e 2018, quer o penta.


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O sobrenome deixa claro que um dos 100 maiores ídolos do atual campeão da Libertadores, de acordo com eleição realizada em 2010 pela tradicional revista “El Gráfico”, não tem origem argentina.

Crédito: Reprodução

O que surpreende é o local de nascimento do ex-lateral esquerdo: São Paulo. Sim, é isso mesmo: um dos grandes da história do River é brasileiro e, apesar de toda a rivalidade entre seus países, defendeu a seleção albiceleste.

Tudo bem que a brasilidade de Wergifker não ia muito além da sua certidão de nascimento. O jogador era filho de judeus que moravam na Rússia e estavam fugindo rumo à Argentina de uma Europa que entrava na Primeira Guerra Mundial.

A escala no Brasil foi uma necessidade do caminho para Buenos Aires. O futuro lateral nasceu em 15 de agosto de 1914. Dias depois do parto, sua família deu sequência à viagem ao país onde se estabeleceria.

A origem, no entanto, foi responsável por um dos dois apelidos pelos quais ficou conhecido no meio do futebol: Brazuca. O outro, Pérez, foi a solução encontrada por seus companheiros de time para não precisarem pronunciar Wergifker.

Mas o sobrenome lhe trouxe muito mais problemas do que essa mera e inofensiva questão de pronúncia.

A versão mais difundida de sua saída do River, em 1941, após nove anos dedicados aos Millonarios, com direito a 203 partidas oficias e cinco títulos argentinos, é um caso explícito do racismo contra os judeus na época da Segunda Guerra Mundial.

A demissão de Wergifker teria sido provocada por laudo assinado por um médico nazista que trabalhava no clube. Para se livrar do jogador da raça que tanto odiava, o seguidor de Hitler inventou que ele sofria de uma insuficiência pulmonar.

A história jamais foi confirmada, mas também nunca foi negada. Fato é que o zagueiro nascido em São Paulo que jogou cinco vezes pela seleção argentina nunca teve problemas respiratórios, ainda jogou por mais cinco anos em equipes menores, como o Platense, e só morreu em 1994, prestes a se tornar octogenário.

O River Plate inicia amanhã a reedição da final da Libertadores do ano passado. Desta vez, o clássico contra o Boca Juniors vale vaga na decisão do torneio continental. O outro finalista sairá do cruzamento entre Flamengo e Grêmio, que fazem na quarta-feira o primeiro jogo da semifinal brasileira.


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Os quatro times que continuam na briga pelo título continental estão entre os cinco elencos mais valiosos da competição, segundo levantamento do site “Transfermarkt”, especializado na cobertura do Mercado da Bola.

Crédito: Divulgação

O ranking é liderado pelo Boca Juniors, com valor estimado em 154,6 milhões de euros (R$ 670 milhões). Seu adversário na briga por vaga na decisão, o River Plate, ocupa a segunda colocação – 120,2 milhões de euros (R$ 520,7 milhões).

Já a semifinal brasileira irá reunir o Flamengo, dono do quarto elenco mais caro da Libertadores (118,1 milhões de euros, ou R$ 511,6 milhões), e o Grêmio, quinto colocado na lista da riqueza, com 109,4 milhões de euros (R$ 473,9 milhões).

Além disso, o Palmeiras, que tem o terceiro elenco mais rico do torneio, com valor estimado em 119,5 milhões de euros (R$ 517,6 milhões), também não caiu cedo. Foi até as quartas de final e perdeu no confronto direto com os gremistas.

Vale lembrar ainda que Boca, River, Grêmio e Palmeiras foram os semifinalistas do ano passado e que três deles repetiram o feito nesta temporada. Ou seja, está claro que o futebol sul-americano agora tem uma elite muito bem definida. Não só na bola, mas também nas finanças.

Esse fenômeno já aconteceu na Europa. A partir do começo do século, ficou muito difícil para clubes de mercados menores irem longe na Liga dos Campeões. Casos como o do Ajax, semifinalista na temporada passada, são cada vez mais raros em uma competição dominada principalmente pelos gigantes da Espanha e da Inglaterra.

Mas, por que isso está acontecendo agora na América do Sul?

Não é de hoje que River e Boca são mais ricos que os outros clubes argentinos, nem que Flamengo e Grêmio fazem parte da elite econômica brasileira, muito menos ainda que Argentina e Brasil são os países mais poderosos do continente.

A diferença é que agora eles estão administrando melhor o dinheiro e conseguindo transformar essa vantagem financeira em ações concretas que levam a resultados mais expressivos dentro de campo.

É só porque está bem das finanças que o Grêmio pode se dar ao luxo de não negociar Everton por qualquer mixaria vinda dos clubes europeus e que o Flamengo conseguiu montar um time cheio de jogadores de longa trajetória no Velho Continente, como Rafinha, Filipe Luís e o goleiro Diego Alves.

O mesmo se aplica aos argentinos. Nesta janela de transferências, o Boca repatriou o meia Eduardo Salvio (ex-Benfica e Atlético de Madri) e se fortaleceu com o italiano Daniele de Rossi, ídolo da Roma. O River, por sua vez, consegue ter um elenco dos mais experientes e repleto de jogadores com altos salários.

Dinheiro vira melhores jogadores, que dão origem a resultados mais expressivos. Depois de muito tempo batendo cabeça, o futebol sul-americano parece estar aprendendo a óbvia fórmula do sucesso. Não é mágica, mas sim competência.


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De acordo com o site “Transfermarkt”, especializado na cobertura do Mercado da Bola, os dois atletas mais caros da competição sul-americana nesta temporada são argentinos e estiveram na final da edição anterior.

O meia Exequiel Palacios, campeão com o River Plate em 2018, e o atacante Cristian Pavón, vice com o Boca, lideram o ranking. Cada um deles tem valor de mercado estimado em 20 milhões de euros (R$ 86,4 milhões).

O primeiro, que se recupera de uma lesão e só deve estrear em abril, chegou a ter um namoro avançado com o Real Madrid no segundo semestre do ano passado e surpreendeu ao anunciar que permaneceria no River para disputar esta Libertadores.

Já Pavón tem no currículo a participação na Copa do Mundo-2018 e também já recebeu sondagens do futebol europeu, em especial do Arsenal. Mas, pelo menos até a próxima janela de transferências, continua no Boca.

A dupla argentina deixou para trás Luan, do Grêmio. Na avaliação do “Transfermarkt”, o atacante brasileiro havia sido o jogador mais valioso das duas edições anteriores da Libertadores. Mas, desta vez, caiu para o terceiro lugar, com avaliação de 18 milhões de euros (R$ 78 milhões).

Apesar de ter saído do topo, o futebol brasileiro ainda é maioria no top 10 dos atletas mais caros da competição. A lista tem seis jogadores que atuam por aqui e quatro que defendem clubes argentinos.

O Boca é o time com mais atletas no ranking. Além de Pavón, conta com o atacante Darío Benedetto, na quarta colocação, e com o meia uruguaio Nahitan Nández, em décimo.

Palmeiras (Dudu e Ricardo Goulart), Grêmio (Luan e Everton) e Flamengo (Gabigol e De Arrascaeta) possuem dois jogadores cada na relação. O River, de Palacios, apenas um.

A última vez em que o Brasil não teve foi o jogador mais caro do principal torneio de clubes da América do Sul foi em 2016, quando o posto foi ocupado pelo argentino Carlos Tevez, que havia acabado de retornar da Juventus para o Boca. Naquele ano, Paulo Henrique Ganso, então no São Paulo e hoje no Fluminense, ficou no segundo lugar.

A fase de grupos da Libertadores-2019 começa nesta terça-feira, com cinco jogos. Os primeiros brasileiros a estrear são o Flamengo, que visita o San José da Bolívia, e o Athletico-PR, que mede forças contra o Tolima.

Além dos dois rubro-negros, outros cinco times do país estão na briga pelo título continental: Cruzeiro, Palmeiras, Internacional, Grêmio e Atlético-MG. O São Paulo caiu ainda nas fases preliminares do torneio.

Conheça os 10 jogadores mais valiosos da Libertadores

1º – Cristian Pavón
Atacante
23 anos
Argentino
Boca Juniors (ARG)
20 milhões de euros

Crédito: David Fernández/Efe

Exequiel Palacios
Meia
20 anos
Argentino
River Plate (ARG)
20 milhões de euros

Crédito: Sergio Pérez/Reuters

3º – Luan
Meia-atacante
25 anos
Brasileiro
Grêmio (BRA)
18 milhões de euros

Crédito: Lucas Sabino/Agif

4º – Darío Benedetto
Atacante
28 anos
Argentino
Boca Juniors (ARG)
15 milhões de euros

Crédito: Natacha Pisarenko/AP

Dudu
Meia-atacante
27 anos
Brasileiro
Palmeiras (BRA)
15 milhões de euros

Crédito: Marcello Zambrana/Agif

Everton
Atacante
22 anos
Brasileiro
Grêmio (BRA)
15 milhões de euros

Crédito: Divulgação

Ricardo Goulart
Meia-atacante
27 anos
Brasileiro
Palmeiras (BRA)
15 milhões de euros

Crédito: Divulgação

8º – Gabigol
Atacante
22 anos
Brasileiro
Flamengo (BRA)
13 milhões de euros

Crédito: Divulgação

Giorgian de Arrascaeta
Meia
24 anos
Uruguaio
Flamengo (BRA)
13 milhões de euros

Crédito: Divulgação

10º – Nahitan Nández
Meia
23 anos
Uruguaio
Boca Juniors (ARG)
12,5 milhões de euros

Crédito: AFP

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