lanús – Blog do Rafael Reis http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br Esse espaço conta as história dos jogadores fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público. Thu, 12 Mar 2020 12:29:00 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Por que o Campeonato Argentino tem apenas 1 jogador brasileiro? http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/03/25/por-que-o-campeonato-argentino-tem-apenas-1-jogador-brasileiro/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/03/25/por-que-o-campeonato-argentino-tem-apenas-1-jogador-brasileiro/#respond Mon, 25 Mar 2019 07:00:48 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=11917 Carlos Tevez, Javier Mascherano, Darío Conca, Pablo Guiñazú, Andrés D’Alessandro, Lucas Pratto, Hernán Barcos, Walter Kannemann. A lista de jogadores argentinos que passaram pelo futebol brasileiro e fizeram sucesso por aqui é bastante farta.

Atualmente, nada menos que 16 compatriotas de Lionel Messi estão espalhados pelos elencos dos 20 clubes que vão disputar a partir do fim do próximo mês o título mais importante do futebol pentacampeão mundial.

Crédito: Pablo Villan/Divulgação

Mas se o mercado para atletas argentinos no Brasil é dos mais intensos, o mesmo não pode se dizer do fluxo contrário. Encontrar um “jogador verde e amarelo” vestindo a camisa de clube dos nossos hermanos é das tarefas mais difíceis.

Dos quase 800 jogadores inscritos na atual edição do Campeonato Argentino, somente um é brasileiro: o zagueiro Tiago Pagnussat, ex-Atlético-MG, que está emprestado pelo Bahia ao Lanús.

A situação é das mais recorrentes. Na temporada passada, o Brasil foi representado apenas pelo atacante Mosquito, que disputou oito jogos pelo Arsenal de Sarandí. Nos três anos anteriores, a participação brazuca na elite argentina ficou no zero.

“Acho que a questão principal é a língua. Como somos os únicos sul-americanos que não falam espanhol, os diretores daqui costumam dar preferência para os jogadores colombianos, equatorianos, uruguaios”, analisa Pagnussat.

O zagueiro também encontra uma outra explicação para o fato de os clubes da Argentina raramente olharem para o futebol brasileiro na hora de buscar reforços para os seus elencos: o estilo de jogo.

“O futebol praticado aqui tem muito mais contato, é muito mais físico. Acaba sendo bem diferente do jogado no Brasil.”

A ausência de compatriotas atuando no futebol argentino fez com que Pagnussat pensasse duas vezes antes de aceitar a proposta de empréstimo até maio de 2020 feita pelo Lanús em janeiro. Hoje, ele não se arrepende da escolha.

“Posso falar que me surpreendi com a recepção que tive. Confesso que os jogadores argentinos aí no Brasil não costumam ser tão bem tratados quanto estou sendo aqui. Não senti nenhuma diferença ou preconceito por ser brasileiro.”

Em um passado mais distante, os jogadores brasileiros costumavam ter um espaço maior no futebol da Argentina. Nomes conhecidos como Domingos da Guia, Heleno de Freitas e Paulo Valentim jogaram no Boca Juniors no século passado.

Já na década passada, o Boca teve o lateral direito e volante Baiano (ex-Palmeiras e Santos), o atacante Iarley (ex-Paysandu e Internacional) e o zagueiro Luiz Alberto (ex-Flamengo).

Os brasileiros sumiram da Argentina depois do crescimento do abismo financeiro existente entre o futebol dos dois países. Ou seja, além dos motivos apontados por Pagnussat, o dinheiro também ajuda a explicar por que o comércio entre os dois países virou de mão única.

Dos dez elencos mais caros da Libertadores-2019, sete são brasileiros e só três, argentinos.

Na terra de Messi e Maradona, os jogadores com salários que chegam aos US$ 100 mil mensais (R$ 384 mil): Fernando Gago e Tevez, no Boca, Pratto e Enzo Pérez, no River. Já no Brasil, essa cifra é banal para os maiores clubes do país e há atletas com rendimentos equivalentes a US$ 260 mil (R$ 1 milhão).

No ano passado, o estudo Global Sports Salary Survey, produzido pela Sportingintelligence, colocou o Brasileiro como o nono campeonato nacional de maior média salarial (R$ 2,5 milhões anuais por jogador). A Argentina ficou na 14ª colocação, com R$ 1,4 milhões de média salarial.


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Ex-pequeno, rival do Grêmio demorou 81 anos para ser campeão pela 1º vez http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2017/11/21/ex-pequeno-rival-do-gremio-demorou-81-anos-para-ser-campeao/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2017/11/21/ex-pequeno-rival-do-gremio-demorou-81-anos-para-ser-campeao/#respond Tue, 21 Nov 2017 06:00:27 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=6775 Adversário do Grêmio na decisão da Copa Libertadores da América-2017, a partir desta quarta-feira, o Lanús foi durante 81 anos praticamente um peso morto no futebol argentino.

O clube, que pertence a uma cidade de mesmo nome localizada na Grande Buenos Aires, demorou mais de oito décadas para conquistar pela primeira vez o título de uma competição de primeira divisão.

Fundado em 1915, o Lanús só foi levantar sua primeira taça de uma competição de elite em 1996, quando derrotou o Independiente Santa Fé e faturou a extinta Copa Conmebol. Até então, sua sala de troféus se resumia a quatro prêmios de campeão da segunda e terceira divisão.

Após ganhar o torneio sul-americano no final do século passado, o clube ainda demorou mais 11 anos para se consagrar nacionalmente. Foi só em 2007 que a equipe grená se juntou ao grupo dos clubes campeões argentinos.

A primeira participação na Libertadores chegou no ano seguinte. Em 2008, o time argentino foi até as oitavas de final e acabou eliminado pelo Atlas (MEX).

Ao longo da última década, o Lanús deixou de lado o rótulo de pequeno que sempre o acompanhou se tornou um dos times mais organizados e bem sucedidos da terra de Maradona e Messi.

Nos últimos dez anos, o “Maior Clube de Bairro do Mundo”, como costuma se autodenominar, participou de cinco edições da Libertadores, faturou quatro títulos nacionais (Campeonato Argentino de 2007 e 2016, além da Copa do Bicentenário e da Supercopa Argentina do ano passado) e até um troféu internacional.

Em 2013, o Lanús bateu a Ponte Preta por 3 a 1 (placar agregado das duas partidas) na decisão da Copa Sul-Americana. Sim, a Ponte Preta, justamente aquele time com trajetória tão semelhante à sua e que continua em busca do primeiro título de elite em sua história 117 anos.

Na atual Libertadores, a primeira em que chega à final, o time argentino se destacou como nunca. Na fase de grupos, fez a segunda melhor campanha entre os 32 participantes (ficou atrás do Atlético-MG devido ao saldo de gols). Nos mata-matas, despachou The Strongest, San Lorenzo e River Plate.

Contra o River, aliás, aconteceu o momento mais épico de sua campanha. Depois de perder por 1 a 0 no jogo de ida e sofrer dois gols nos primeiros 22 minutos da partida de volta, veio um milagre. O Lanús conseguiu a virada, derrotou o rival por 4 a 2 e selou sua ida para decisão.

O craque do time é o meia-atacante Lautaro Acosta, ex-Sevilla e Racing Santander, que estreou pelo clube quando a Conmebol-1996 era a única conquista de sua história e esteve em campo nos dois títulos argentinos.

O veterano centroavante José Sand, 37, que teve uma rápida passagem pelo Vitória no começo dos anos 2000, e o meia uruguaio Alejando Silva são outras armas perigosas da equipe dirigida desde o ano passado por Sergio Almirón.

É assim que o clube que até 21 anos atrás era virgem de títulos pretende superar o Grêmio e se tornar o 26º campeão diferente da história da Libertadores.


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Após férias, Libertadores dá início à fase final. E ainda não tem favorito http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2017/07/04/apos-ferias-libertadores-da-inicio-a-fase-final-e-ainda-nao-tem-favorito/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2017/07/04/apos-ferias-libertadores-da-inicio-a-fase-final-e-ainda-nao-tem-favorito/#respond Tue, 04 Jul 2017 07:00:17 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=5462 Quarentas dias depois do encerramento da fase de grupos, a Copa Libertadores da América-2017 entra nesta terça-feira em sua reta final ainda sem a definição de um time favorito ao título.

Ao contrário do ano passado, quando o Atlético Nacional passou pela etapa classificatória com cinco vitórias e um empate e saiu de lá como o maior candidato ao troféu, desta vez nenhuma equipe teve um aproveitamento tão alto dentro do seu grupo.

E mesmo as equipes que mais se destacaram na fase anterior têm motivos de sobra para não merecer o rótulo de favorito nos mata-matas decisivos da principal competição interclubes da América do Sul.

Dono da melhor campanha da fase de grupos da Libertadores, com 13 pontos e 11 gols de saldo, o Atlético-MG está fora do G6 do Campeonato Brasileiro e até poucos dias atrás tinha seu técnico, Roger Machado, com o cargo sob ameaça devido à ausência de bons resultados.

Ao contrário dos mineiros, Palmeiras e Grêmio, os outros brasileiros que somaram 13 pontos na etapa anterior, vivem bons momentos na competição nacional, mas ainda não foram devidamente testados no torneio sul-americano.

A equipe gaúcha se destacou no mais fraco dos oito grupos da Libertadores. Ou você acha que ganhar de Guaraní, do Paraguai, Deportes Iquique, do Chile, e Zamora, da Venezuela, credencia alguém ao título?

O Palmeiras teve adversários um pouco mais qualificados, mas nem tanto assim: Jorge Wilstermann, da Bolívia, Atlético Tucumán, da Argentina, e Peñarol, do Uruguai. E, apesar do primeiro lugar da chave, sofreu demais para conseguir cada uma das quatro vitórias que obteve até o momento.

Assim como Atlético-MG, Grêmio e Palmeiras, River Plate e Lanús também somaram 13 pontos na fase de grupos. Só que pesadas dúvidas também pairam sobre o verdadeiro potencial dos argentinos.

O River até parecia um time capaz de carregar o rótulo de favorito. Conta com uma base que foi campeã continental dois anos atrás, vinha praticando um futebol consistente e é comandado há três temporadas pelo mesmo técnico, Marcelo Gallardo.

Mas um escândalo abalou as estruturas dos Millonarios. Dois dos seus titulares, o lateral direito Camilo Mayada e o zagueiro Lucas Martínez, foram pegos em exames antidoping. E mais cinco jogadores são suspeitos de terem utilizado substâncias proibidas.

O clube argentino é também dos sobreviventes da Libertadores que mais corre risco de perder nomes importantes nesta janela de transferências. O atacante Sebastián Driussi, um dos supostamente envolvidos no caso de doping coletivo, deve ir para o Zenit. O meia Gonzalo Martínez e o centroavante Lucas Alario também interessam ao futebol europeu.

Já o Lanús só chegou aos 13 pontos porque herdou três pontos de uma derrota para a Chapecoense, punida pela Conmebol pela escalação irregular de um jogador. O time, campeão nacional de 2016, fez uma campanha discreta no último Campeonato Argentino e foi apenas o oitavo colocado.

Libertadores-2017 – Oitavas de Final

Guaraní (PAR) x River Plate (ARG)
Jorge Wilstermann (BOL) x Atlético-MG (BRA)
Emelec (EQU) x San Lorenzo (ARG)
The Strongest (BOL) x Lanús (ARG)
Atlético-PR (BRA) x Santos (BRA)
Barcelona (EQU) x Palmeiras (BRA)
Nacional (URU) x Botafogo (BRA)
Godoy Cruz (ARG) x Grêmio (BRA)


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5 destaques da fase de grupos da Libertadores para seu time contratar http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2017/05/26/5-destaques-da-fase-de-grupos-da-libertadores-para-seu-time-contratar/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2017/05/26/5-destaques-da-fase-de-grupos-da-libertadores-para-seu-time-contratar/#respond Fri, 26 May 2017 07:00:42 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=5123 A fase de grupos da Libertadores chegou ao fim. Os 16 clubes ainda vivos na disputa do título continental têm agora pouco mais de um mês de descanso até o início dos mata-matas decisivos da competição, em 4 de julho.

É hora de ir às compras e também de tentar assegurar a permanência dos principais jogadores do seu elenco para o segundo semestre.

O “Blog do Rafael Reis” selecionou cinco destaques da fase de grupos da Libertadores que cairiam como uma luva em boa parte dos clubes brasileiros e que seriam reforços muito bem-vindos para o futebol pentacampeão mundial.

DIEGO POLENTA
Zagueiro
Uruguaio
23 anos
Nacional (URU)

Se o Nacional conseguiu avançar de fase na Libertadores, a culpa é de sua defesa, vazada apenas três vezes em seis jogos. E o principal nome do sistema defensivo uruguaio é Diego Polenta. Jogador de destaque nas seleções de base, o zagueiro passou pelo futebol italiano (Bari e Genoa) e está há tempos na mira de clubes brasileiros. Flamengo, Corinthians, Grêmio e Inter já tentaram sua contratação. Os argentinos Boca Juniors e River Plate também estão na lista de interessados.

ALEJANDRO CHUMACERO
Meia
Boliviano
26 anos
The Strongest (BOL)

O artilheiro da Libertadores não é um atacante, mas sim um meia que já andou até jogando como volante. Chumacero, autor de oito gols na competição, é o coração, o cérebro e a alma do The Strongest, segundo colocado do Grupo 2, e divide com a altitude de La Paz os louros por ter classificado o clube boliviano para a reta final do torneio. O camisa 3 já teve uma passagem pelo Brasil, mas não conseguiu emplacar no Sport.

LAUTARO ACOSTA
Meia-atacante
Argentino
29 anos
Lanús (ARG)

Quem marca os gols do Lanús é o veterano José Sand, de 36 anos. Mas o principal nome do líder do Grupo 7 da Libertadores não é o centroavante. Lautaro Acosta é rápido, habilidoso e carrega a experiência de ter atuado no Sevilla, além de convocações para a seleção argentina. É um nome que aumentaria a qualidade dos principais clubes brasileiros e totalmente dentro da realidade financeira deles.

JONATAN ÁLVEZ
Atacante
Uruguaio
28 anos
Barcelona (EQU)

Talvez a maior surpresa da fase de grupos da Libertadores, o Barcelona de Guayaquil conseguiu se classificar em uma chave que tinha um clube brasileiro (Botafogo), outro argentino (Estudiantes) e o atual campeão (Atlético Nacional). E boa parte da responsabilidade pelo feito cabe ao centroavante uruguaio que quase trocou o Barcelona pelo Necaxa no fim do ano passado e já atuou em Portugal (Vitória de Guimarães)

ALEJANDRO SILVA
Lateral direito
Uruguaio
27 anos
Lanús (ARG)

Lateral direito de origem, também pode atuar aberto na linha do meio-campo. E é exatamente nessa função que ele tem se destacado com a camisa do Lanús nesta Libertadores. Ex-jogador de Peñarol e Olimpia (PAR), Silva é um dos bons nomes da equipe argentina e, junto com Acosta, faz o papel de municiar Sand. Para completar: fez um golaço contra o Nacional, na última rodada da fase de grupos.


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