grêmio – Blog do Rafael Reis http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br Esse espaço conta as história dos jogadores fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público. Thu, 12 Mar 2020 12:29:00 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Libertadores copia Champions e descobre que dinheiro traz felicidade http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/08/30/libertadores-copia-champions-e-descobre-que-dinheiro-traz-felicidade/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/08/30/libertadores-copia-champions-e-descobre-que-dinheiro-traz-felicidade/#respond Fri, 30 Aug 2019 07:20:45 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=14097 Foi-se o tempo de zebras como o título do Atlético Nacional (COL) e finalistas pouco expressivos no cenário continental, como Nacional (PAR) e Independiente del Valle (EQU). As semifinais da Libertadores deste ano são uma prova de que o dinheiro tem um papel cada vez mais determinante no futebol sul-americano.

Os quatro times que continuam na briga pelo título continental estão entre os cinco elencos mais valiosos da competição, segundo levantamento do site “Transfermarkt”, especializado na cobertura do Mercado da Bola.

Crédito: Divulgação

O ranking é liderado pelo Boca Juniors, com valor estimado em 154,6 milhões de euros (R$ 670 milhões). Seu adversário na briga por vaga na decisão, o River Plate, ocupa a segunda colocação – 120,2 milhões de euros (R$ 520,7 milhões).

Já a semifinal brasileira irá reunir o Flamengo, dono do quarto elenco mais caro da Libertadores (118,1 milhões de euros, ou R$ 511,6 milhões), e o Grêmio, quinto colocado na lista da riqueza, com 109,4 milhões de euros (R$ 473,9 milhões).

Além disso, o Palmeiras, que tem o terceiro elenco mais rico do torneio, com valor estimado em 119,5 milhões de euros (R$ 517,6 milhões), também não caiu cedo. Foi até as quartas de final e perdeu no confronto direto com os gremistas.

Vale lembrar ainda que Boca, River, Grêmio e Palmeiras foram os semifinalistas do ano passado e que três deles repetiram o feito nesta temporada. Ou seja, está claro que o futebol sul-americano agora tem uma elite muito bem definida. Não só na bola, mas também nas finanças.

Esse fenômeno já aconteceu na Europa. A partir do começo do século, ficou muito difícil para clubes de mercados menores irem longe na Liga dos Campeões. Casos como o do Ajax, semifinalista na temporada passada, são cada vez mais raros em uma competição dominada principalmente pelos gigantes da Espanha e da Inglaterra.

Mas, por que isso está acontecendo agora na América do Sul?

Não é de hoje que River e Boca são mais ricos que os outros clubes argentinos, nem que Flamengo e Grêmio fazem parte da elite econômica brasileira, muito menos ainda que Argentina e Brasil são os países mais poderosos do continente.

A diferença é que agora eles estão administrando melhor o dinheiro e conseguindo transformar essa vantagem financeira em ações concretas que levam a resultados mais expressivos dentro de campo.

É só porque está bem das finanças que o Grêmio pode se dar ao luxo de não negociar Everton por qualquer mixaria vinda dos clubes europeus e que o Flamengo conseguiu montar um time cheio de jogadores de longa trajetória no Velho Continente, como Rafinha, Filipe Luís e o goleiro Diego Alves.

O mesmo se aplica aos argentinos. Nesta janela de transferências, o Boca repatriou o meia Eduardo Salvio (ex-Benfica e Atlético de Madri) e se fortaleceu com o italiano Daniele de Rossi, ídolo da Roma. O River, por sua vez, consegue ter um elenco dos mais experientes e repleto de jogadores com altos salários.

Dinheiro vira melhores jogadores, que dão origem a resultados mais expressivos. Depois de muito tempo batendo cabeça, o futebol sul-americano parece estar aprendendo a óbvia fórmula do sucesso. Não é mágica, mas sim competência.


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Everton brilha no Grêmio, mas é ignorado pela elite europeia. Por quê? http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/08/16/por-que-everton-esta-sendo-ignorado-pela-europa-e-ainda-continua-no-gremio/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/08/16/por-que-everton-esta-sendo-ignorado-pela-europa-e-ainda-continua-no-gremio/#respond Fri, 16 Aug 2019 07:20:41 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=13908 Quando viu Everton Cebolinha ser um dos protagonistas da seleção brasileira na conquista da Copa América e terminar a competição como artilheiro, o Grêmio acreditou que faria neste ano a maior venda de sua história.

Desde o encerramento do torneio continental, já se passou mais de um mês. Agora, restam só duas semanas para o fechamento da janela de transferências dos principais mercados da Europa. Mesmo assim, o atacante segue firme e forte no clube gaúcho.

Crédito: Diego Varas/Reuters

As ofertas polpudas que os dirigentes gremistas imaginaram que chegariam aos montes simplesmente não existiram. Assim, é bem possível que Everton continue em Porto Alegre até o fim do ano.

Mas por que um jogador de tantos recursos técnicos e que se tornou uma espécie de xodó da seleção brasileira não é suficientemente interessante para as equipes do primeiro escalão do futebol mundial?

É verdade que o Grêmio quer uma bela grana pelo atacante: 40 milhões de euros (R$ 173,3 milhões) apenas pelos 50% dos direitos econômicos que lhe pertencem. Mas, não, o problema principal não é o preço.

O que realmente tem afastado Everton dos Barcelonas, Manchesters, Liverpools e Bayerns da vida são sua idade e também a falta de uma histórico de sucesso desde os tempos das categorias de base.

O astro gremista tem só 23 anos e possui uma longa carreira pela frente. Mas, para as padrões atuais de importação de brasileiros dos grandes clubes da Europa, já é considerado velho demais.

É só olhar para algumas das principais vendas do futebol pentacampeão mundial nesta temporada: Rodrygo (Real Madrid), Gabriel Martinelli (Arsenal), Luan Cândido (RB Leipzig) e Gabriel Brazão (Inter de Milão) têm 18 anos. Renan Lodi (Atlético de Madri) e Jean Lucas (Lyon) têm 21.

A ideia é levar os garotos à Europa o quanto antes para que eles cheguem lá sem tantos vícios da nossa terra (como a fama de cai-cai que persegue os brasileiros) e também com tempo suficiente para serem melhor lapidados e inseridos dentro da dinâmica de jogo desejada.

Além disso, falta a Everton uma característica que muito agrada aos clubes de primeira linha do Velho Continente: uma história consistente de sucesso construída desde os tempos da base.

Formado pelo Fortaleza, o Cebolinha não é daqueles jogadores que acumularam convocações mais convocações nas seleções sub-17 e sub-20. Consequentemente, não vem sendo acompanhado desde a adolescência pelos olheiros e representantes das grandes equipes do planeta.

E isso pesa. Na concepção dos gigantes europeus, vale mais a pena arriscar na contratação de um jogador que sempre foi visto como um grande talento, mas que vive uma fase ruim, do que depositar as fichas em alguém que está brilhando no momento, mas que não possui um histórico de alto nível.

Foi por essa razão que o Real Madrid contratou Casemiro, lá em 2013, época em que o meio-campista era detonado no São Paulo. E também foi esse o motivo de Luan, hoje em baixa no Grêmio, nunca ter conseguido emplacar uma transferência para a Europa mesmo nos seus melhores dias.

Everton até teve sondagens dos grandes centros. Arsenal e Napoli chegaram a cogitar ofertas pelo jogador, mas acabaram preferindo outras opções já inseridas no mercado europeu.

A janela de transferências para a temporada 2019/2020 já está fechada na Inglaterra. Em Espanha, Itália, Alemanha e França, os outros países do primeiro escalão do Velho Continente, a data-limite para contratações é 2 de setembro.


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Compras e vendas: o que mudou nos times para a fase final da Libertadores? http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/07/22/compras-e-vendas-o-que-mudou-nos-times-para-a-fase-final-da-libertadores/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/07/22/compras-e-vendas-o-que-mudou-nos-times-para-a-fase-final-da-libertadores/#respond Mon, 22 Jul 2019 15:00:20 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=13545 Setenta e cinco dias depois do encerramento da fase de grupos, a Libertadores-2019 dá início nesta terça-feira à sua fase decisiva. Três jogos (Godoy Cruz x Palmeiras, River Plate x Cruzeiro e LDU x Olimpia) abrem as oitavas de final da principal competição interclubes da América do Sul.

Nesses dois meses de paralisação, muita coisa aconteceu com os 16 times que continuam na briga pelo troféu e pela vaga no Mundial. Técnicos foram demitidos, treinadores foram contratados, astros se despediram e reforços foram contratados.

O “Blog do Rafael Reis” preparou um guia completo com as principais mudanças para o segundo semestre de todas as equipes ainda vivas na briga pela Libertadores.

PALMEIRAS (BRA) X GODOY CRUZ (ARG)

Crédito: Ricardo Moreira/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Melhor time da fase de grupos da Libertadores e líder do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras contratou o meia Ramires (ex-Jiangsu Suning) e ganhou o reforço do atacante Willian, recuperado de contusão, para a fase final da competição continental. Em compensação, viu irem embora os meias Alejandro Guerra, emprestado ao Bahia, e Moisés, vendido para o Shandong Luneng, o meia-atacante Ricardo Goulart, negociado com o Guangzhou Evergrande, o atacante Felipe Pires, cedido ao Fortaleza. Há ainda uma negociação em andamento: a recompra do zagueiro Vitor Hugo, da Fiorentina.

O Godoy Cruz mudou bastante seu elenco para o segundo semestre. Dez jogadores chegaram e 14 foram embora nesse meio de ano. As principais novidades são os atacantes Juan Brunetta (ex-Belgrano) e Sebastián Lomónaco (ex-Arsenal de Sarandí). A baixa mais sentida deve ser o lateral esquerdo Fabrizio Angileri, negociado com o River Plate. Já o meia-atacante Ángel González se mandou para o Estudiantes.

CRUZEIRO (BRA) x RIVER PLATE (ARG)

Crédito: Divulgação

O time mineiro não contratou ninguém durante a paralisação do meio do ano, mas poderá contar na fase final da Libertadores com o atacante Pedro Rocha, emprestado pelo Spartak Moscou desde abril, mas que não atuou na fase de grupos. Por outro lado, Mano Menezes tem algumas baixas importantes: o meia Lucas Silva voltou ao Real Madrid, o atacante Raniel foi vendido para o São Paulo e o zagueiro Murilo acabou negociado com o Lokomotiv Moscou.

Sonhando com o bi, o River manteve a base do primeiro semestre. Nenhum jogador realmente importante deixou o clube, que ganhou uma nova opção para a lateral esquerda: Fabrizio Angileri, que disputou a fase de grupos pelo Godoy Cruz. A principal baixa é de ordem física, o meia colombiano Juan Quintero, que se recupera de cirurgia no joelho.

LDU (EQU) x OLIMPIA (PAR)

Crédito: Reprodução

Os equatorianos entram nos mata-matas da Libertadores com um novo nome do peso, o experiente meia Antonio Valencia, que passou os últimos dez anos defendendo o poderoso Manchester United. A LDU também repatriou o zagueiro Luis Caicedo, que já jogou no Cruzeiro. Porém, perdeu três jogadores para o futebol mexicano: o zagueiro Nicolás Freire, o lateral esquerdo Aníbal Chalá e o volante Jefferson Intriago. Já o Olimpia ganhou os reforços do lateral Miguel Samudio e do atacante Roberto Ovelar. Sua maior baixa foi a aposentadoria do zagueiro Darío Verón.

FLAMENGO (BRA) x EMELEC (EQU)

Crédito: Bruno Bráz/UOL

A equipe carioca é a que mais se transformou para a fase final do torneio continental. Para começar, o Flamengo mudou de técnico. O português Jorge Jesus foi contratado para o lugar de Abel Braga. Além disso, trouxe da Europa três reforços (o zagueiro espanhol Pablo Marí, o lateral direito Rafinha e o meia Gerson) e está próximo de acertar com o lateral esquerdo Filipe Luís, que estava no Atlético de Madri. O Fla ainda não perdeu nenhum titular para o segundo semestre. O jogador mais relevante que foi embora foi o atacante Fernando Uribe, negociado com o Santos.

A melhor notícia do Emelec para o segundo semestre é a manutenção, pelo menos por enquanto, do atacante Brayan Angulo, principal jogador da equipe. Os equatorianos também reforçaram seu sistema defensivo: contrataram dois zagueiros argentinos (Leandro Veja, ex-River Plate, e Aníbal Leguizamón (ex-Arsenal) e um volante uruguaio Nicolás Queiróz (Montevideo Wanderers).

ATHLETICO-PR (BRA) x BOCA JUNIORS (ARG)

Crédito: Divulgação

Os paranaenses têm uma baixa importante para a reta final da Libertadores. O lateral esquerdo Renan Lodi, um dos destaques da equipe comandada por Tiago Nunes, foi negociado com o Atlético de Madri. Sua reposição, porém, foi rápida. Na última sexta-feira, o clube acertou com Abner, ex-Ponte Preta, que custou R$ 10 milhões e virou o reforço mais caro da história athleticana.

Ainda à espera do anúncio oficial do volante italiano Daniele de Rossi, ídolo histórico da Roma, o Boca investiu pesado para alcançar mais uma final da Libertadores. Os argentinos fizeram outras duas contratações de peso para o segundo semestre: o meia Eduardo Salvio, de longa carreira no Benfica, e a revelação venezuelana Jan Hurtado, atacante de 19 anos que brilhou no Gimnasia La Plata. Além deles, o clube da Bombonera trouxe por empréstimo o zagueiro Alexis Mac Allister, que defendia o Brighton. Por outro, o atacante Darío Benedetto acertou sua saída para o Olympique de Marselha.

INTER (BRA) x NACIONAL (URU)

Crédito: Divulgação

Os gaúchos vão levar a campo nos mata-matas finais da Libertadores uma equipe não muito diferente da que passou invicta pelo Grupo A da competição. A principal mudança do elenco colorado foi a saída do lateral esquerdo Iago, negociado com o Augsburg e reposta com a chegada de Natanael, que passou os últimos quatro anos na Bulgária defendendo o Ludogorets.

Já o Nacional perdeu dois titulares, o goleiro Esteban Conde e o zagueiro Marcos Angeleri, que se mandaram para Banfield e Argentinos Juniors, respectivamente. Em compensação, acertou com o meia-atacante argentino Pablo Barrientos, que já atuou na primeira divisão italiana e estava há três temporadas no México.

CERRO PORTEÑO (PAR) x SAN LORENZO (ARG)

Crédito: Divulgação

Time estrangeiro de melhor campanha na fase de grupos (ficou atrás de Palmeiras, Cruzeiro e Inter), o Cerro perdeu dois dos seus principais jogadores: o zagueiro Juan Escobar foi para o Cruz Azul e o meia-atacante Matías Rojas, para o Racing. Para repor essas perdas, acertou o empréstimo de três atletas: o defensor Juan Patiño (Racing) e os jovens Sergio Díaz, que estava no Corinthians, e Josué Colmán (Orlando City). Adversário do Cerro nas oitavas, o San Lorenzo mudou bastante para o segundo semestre. Trocou técnico (agora é comandado por Juan Pizzi), trouxe os irmãos Bruno e Mauro Pittón (ex-Unión), repatriou o zagueiro Santiago Vergini (Bursaspor) e perdeu dois jogadores importantes para o futebol espanhol: o lateral esquerdo Damián Pérez (Sporting Gijón) e o meia-atacante Chimy Ávila (Osasuna).

GRÊMIO (BRA) x LIBERTAD (PAR)

Crédito: Divulgação

Último brasileiro campeão da Libertadores, o Grêmio ainda conta com seu principal jogador, o atacante Éverton, favorito a ser negociado com a Europa depois de se destacar na conquista da Copa América. A maior novidade do elenco gaúcho é o zagueiro David Braz, contratado do Santos no negócio que levou o atacante Marinho para a Vila Belmiro. O meia argentino Walter Montoya, que foi mal no primeiro semestre, acabou devolvido ao Cruz Azul e foi repassado ao Racing.

O Libertad também mudou pouco em relação à fase de grupos. Os paraguaios apenas contrataram o zagueiro Diego Viera, do Godoy Cruz, para substituir Danilo Ortíz, cujo contrato de empréstimo da equipe argentina chegou ao fim.


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Na China, Fernandinho vira “Preto Velho” e admite torcida pelo Grêmio http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/04/13/na-china-fernandinho-vira-preto-velho-e-admite-torcida-pelo-gremio/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/04/13/na-china-fernandinho-vira-preto-velho-e-admite-torcida-pelo-gremio/#respond Sat, 13 Apr 2019 07:00:36 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=12172 Dentro do Chongqing Lifan, Fernandinho não existe. Para os companheiros do clube chinês, o atacante ex-São Paulo e Atlético-MG, que foi campeão da Libertadores-2017 pelo Grêmio, é apenas “Da Hei”.

Em chinês, o apelido significa algo como “Preto Velho”. Mas, na opinião do jogador, a alcunha não tem nada de racista. Ela foi apenas um jeito encontrado pelos seus parceiros para resolver um problema do time.

Crédito: Divulgação

O elenco do Chongqing Lifan conta com dois Fernandinhos. Ambos são brasileiros, atacantes e negros. Então, o mais conhecido deles virou “Da Hei” graças aos 33 anos que carrega nas costas. Já o outro, que começou no Flamengo e é sete anos mais jovem, virou “Xiao Hei” (“Preto Novo”).

“Na temporada passada, usávamos o mesmo nome na nossas camisas. Mas, neste ano, a liga nos obrigou a mudar para não confundir. Então, passei a adotar Fernando Luiz, e o outro continuou Fernandinho. Só que não adiantou nada. Os locutores daqui continuam nos chamando pelo mesmo nome”, afirmou.

Essa é a segunda temporada do atacante no futebol asiático. Ele se mudou para o Oriente em janeiro de 2018, logo depois da conquista mais importante de sua carreira. E trocou o Grêmio, então campeão da Libertadores, por um time que terminaria na 13ª colocação do Campeonato Chinês e só não seria rebaixado por causa dos critérios de desempate.

“É claro que ninguém quer perder, mas nosso desafio aqui é diferente: é tentar elevar um clube de uma cidade que tem um potencial gigantesco. É isso que nos motiva aqui. Gosto de viver nossos desafios. São eles que acabam te ensinando mais.”

Um dos desafios de Fernandinho na China é se adaptar a um estilo de jogo completamente diferente daqueles a que estava acostumado. O Chongqing Lifan é treinado por Jordi Cruyff, filho de Johann Cruyff, um dos grandes nomes da história do futebol e responsável direto pelo jeito Barcelona de praticar futebol.

“Tentamos usar esse modelo de jogo. Para mim, é um privilégio trabalhar com o filho do Cruyff. Sempre ouvi falar dele como um jogador e um técnico espetacular. O Jordi herdou muito do seu pai, especialmente a humildade como pessoa.”

Com contrato até o fim da temporada na China, Fernandinho ainda não sabe o que será de sua vida em 2020. A permanência na Ásia é uma possibilidade real, assim como um retorno ao Brasil.

O atacante só não esconde de ninguém que gostaria de atuar mais uma vez no Grêmio e nem que virou um torcedor do time gaúcho desde entrou para a história do clube com a vitória na Libertadores.

“Sinto um carinho imenso por todos os clubes em que passei. Todos marcaram minha vida, me ensinaram algo. Mas o Grêmio foi onde ganhei o título que sempre sonhei e onde fiz mais amizades. Ele marcou minha vida. Por isso, é impossível não segui-lo. Mesmo à distância, tenho acompanhado seus jogos na Libertadores”, completou.


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Não é a soberba, problema do Brasil na Libertadores está dentro de campo http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/03/10/nao-e-soberba-problema-do-brasil-na-libertadores-esta-dentro-de-campo/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/03/10/nao-e-soberba-problema-do-brasil-na-libertadores-esta-dentro-de-campo/#respond Sun, 10 Mar 2019 07:00:52 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=11806

O ano mal começou, e o Brasil já acumula alguns resultados bem negativos no cenário continental.

O São Paulo foi eliminado pelo Talleres (ARG) logo nas fases preliminares da Libertadores. Athletico-PR e Atlético-MG perderam para Tolima (COL) e Cerro Porteño (PAR), respectivamente, na primeira rodada da fase de grupos da competição. E Bahia, Santos e Chapecoense já se despediram da Copa Sul-Americana.

Crédito: Daniel Vorley/Agif

Em maior ou menor escala, dependendo de cada time, todos esses placares ruins foram justificados mais ou menos da mesma forma por torcedores e parte da imprensa: sobrou soberba ao clube brasileiro, que subestimou a capacidade real do seu adversário.

Esse discurso não é novo. Há tempos, ele costuma dar as caras sempre que um representante do todo-poderoso futebol pentacampeão mundial é derrotado por argentinos, uruguaios, paraguaios, colombianos, chilenos, etc.

Normalmente, só os resultados ruins na altitude são poupados. Porque aí, a culpa do tropeço é sempre das adversidades provocadas pelo ar rarefeito de cidades como La Paz (Bolívia) e Quito (Equador).

Mas será que atribuir toda e qualquer derrota brasileira no futebol sul-americano à falta de humildade já não é uma baita demonstração de soberba e de crença absoluta de que nosso futebol é muito melhor do que o praticado por nossos vizinhos?

Os times brasileiros não ganharam somente uma das últimas cinco edições da Libertadores (Grêmio, em 2017) porque são arrogantes, mas sim porque simplesmente não são superiores aos seus principais adversários.

É verdade que todos os sete representantes do país na edição deste ano estão no top 10 dos elencos mais valiosos da competição. Mas e daí? Isso só mostra que o futebol brasileiro é o mais rico do continente, mas não necessariamente o melhor.

Se dinheiro fosse tudo no futebol, o Paris Saint-Germain, que possui em seu elenco os dois atletas mais caros da história, já teria vencido a Liga dos Campeões da Europa. E o mesmo valeria para o Manchester City, que se tornou rico há mais de uma década.

Se as finanças brasileiras dão show na comparação com os outros participantes da Libertadores, o mesmo não se pode dizer da estrutura tática montada e do modelo de jogo planejado por nossos técnicos. Nesses fatores, o espetáculo está longe de ser verde e amarelo.

Como bem mostrou o colega André Rocha, com exceção do Grêmio, todas as outras equipes do país estrearam na fase de grupos do torneio continental mostrando um futebol pobre de ideias e também de execução.

Do Palmeiras que, mesmo tendo o elenco mais rico da Libertadores prefere renegar seus recursos técnicos e jogar como “pequeno” em busca de apenas uma bola decisiva, ao Internacional, adepto dos chutões para frente e salve-se quem puder, os brasileiros não fazem nada dentro de campo para justificar a fama de favoritos que sempre recebem.

Por isso, contra rivais mais evoluídos do ponto de vista tático e obedientes a um estilo de jogo pré-determinado, sofrem demais e, muitas vezes, também perdem.

Não é uma questão de soberba, mas sim de qualidade. Na verdade, da falta dela.


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Venezuelano que já esteve na mira do Grêmio supera Ibra e vira nº 1 da MLS http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2018/11/25/venezuelano-que-ja-esteve-na-mira-do-gremio-supera-ibra-e-vira-no-1-da-mls/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2018/11/25/venezuelano-que-ja-esteve-na-mira-do-gremio-supera-ibra-e-vira-no-1-da-mls/#respond Sun, 25 Nov 2018 06:00:39 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=10505 A MLS (Major League Soccer) conta com uma série de jogadores que fizeram história no primeiro escalão do futebol mundial. O alemão Bastian Schweinsteiger (Chicago Fire) e o espanhol David Villa (New York City) foram campeões mundiais. O sueco Zlatan Ibrahimovic (Los Angeles Galaxy) marcou época no Milan, na Inter de Milão, na Juventus e no Paris Saint-Germain. Já o inglês Wayne Rooney (DC United) é um dos maiores ídolos do Manchester United neste século.

Mas nenhuma dessas estrelas conhecidas globalmente brilhou mais nesta temporada da principal liga profissional de futebol dos Estados Unidos que um atacante venezuelano de 25 anos que por pouco não veio jogar no Brasil.

Crédito: Divulgação/Atlanta United

Josef Martínez é o artilheiro da MLS, com 33 gols, foi eleito o craque da competição em dois dos oito meses da temporada regular e é o favorito para ganhar o prêmio de MVP, o jogador mais valioso da liga.

Neste domingo, contra o New York Red Bulls, o camisa 7 inicia a briga para levar o Atlanta United, franquia que estreou no ano passado, pela primeira vez à decisão do campeonato. Portland Timbers e Sporting Kansas City fazem a outra semifinal (ou final de conferência, como costumam chamar nos EUA).

Nascido em um país que costumeiramente se interessa mais pelo beisebol do que pelo futebol, Martínez virou jogador por influência familiar. Seu pai era goleiro e sua mãe também batia uma bolinha.

Fã do brasileiro Ronaldo, o venezuelano começou a carreira no Caracas, mas precisou ralar bastante até chegar aos EUA e se firmar como ídolo por lá. O atacante jogou durante duas temporadas na Suíça e defendeu por quase três anos o Torino, na Itália, antes de se transferir para o Atlanta.

Foi nessa transição entre o calcio italiano e o soccer norte-americano que Martínez quase veio para no Brasil. No começo de 2016, o Grêmio esteve próximo de anunciar a contratação do jogador. O negócio só não saiu porque o Torino pediu um valor considerado alto demais pelo empréstimo.

Sorte da MLS, que ganhou um ídolo. Na primeira temporada nos EUA, o atacante fez 19 gols e foi o quarto na tabela de artilheiros. Já neste ano, não deu chance para ninguém. Só na temporada regular, meteu 31 bolas nas redes, recorde da história da competição. Nos playoffs, já fez mais dois.

Crédito: Divulgação/Atlanta United

O sucesso tem chamado a atenção de clubes europeus. Na última janela de transferências, Martínez foi especulado no Everton, da Inglaterra, e também recebeu sondagens de times espanhóis e franceses. Novas abordagens devem chegar em janeiro.

Mas, pelo menos por enquanto, o venezuelano tem dito que pretende continuar no Atlanta e fazer (ainda mais) história nos EUA.

O maior campeão da história da MLS é o Los Angeles Galaxy, com cinco títulos (2002, 2005, 2011, 2012 e 2014). Dos quatro semifinalistas desta temporada, só Sporting KC (2000 e 2013) e Portland (2015) já levantaram a taça.


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Por onde andam 7 ex-jogadores do Grêmio que estão no exterior? http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2018/11/01/por-onde-andam-7-ex-jogadores-do-gremio-que-estao-no-exterior/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2018/11/01/por-onde-andam-7-ex-jogadores-do-gremio-que-estao-no-exterior/#respond Thu, 01 Nov 2018 07:20:15 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=10245 Como está a carreira daquele jogador que passou por seu time de coração e que hoje defende algum time no exterior, mas não algum daqueles clubes que aparecem quase que semanalmente na TV brasileira, como Barcelona, Manchester City ou Chelsea?

É para responder a essa pergunta que o “Blog do Rafael Reis” publica desde setembro a seção “Por Onde Anda? – Times Brasileiros”. Durante 12 semanas, vamos revelar os paradeiros de vários jogadores que estão nessa situação.

Hoje, mostramos os destinos de sete ex-jogadores do Grêmio. Na semana que vem, será a vez de fazermos a mesma coisa com atletas que atuaram no Internacional.

GIULIANO
Meia
28 anos
Al-Nassr (ARA)

Giuliano

O meia, que defendeu o Grêmio durante dois anos, chegou a fazer parte dos planos de Tite para a última Copa do Mundo, mas acabou ficando de fora da convocação definitiva da seleção. Após a decepção, decidiu deixar o futebol europeu e trocou o Fenerbahce, da Turquia, pela Arábia Saudita. Pelo Al-Nassr, Giuliano já marcou três vezes em sete jogos e lidera o campeonato nacional.

PEDRO ROCHA
Atacante
24 anos
Spartak Moscou (RUS)

O atacante era um dos destaques do Grêmio, quando foi negociado com o futebol russo por 12 milhões de euros (cerca de R$ 50,6 milhões, na cotação atual). Mas Pedro Rocha não conseguiu emplacar no Spartak Moscou. Na primeira temporada, passou mais tempo no banco do que dentro de campo e fez apenas um gol. Na atual, só jogou duas vezes, uma pela Liga Europa e outra no Campeonato Russo.

MARCELO MORENO
Atacante
31 anos
Wuhan Zall (CHN)

Autor do gol que definiu a vitória por 2 a 1 sobre o Hamburgo, no jogo de inauguração da Arena do Grêmio, em 2012, o centroavante boliviano não disputa uma partida oficial por seu clube desde abril. Marcelo Moreno defende o Wuhan Zall, que acabou de se sagrar campeão da segunda divisão chinesa. No entanto, foi retirado do elenco na segunda metade da temporada para ceder uma das vagas de estrangeiro para outro jogador.

FERNANDINHO
Atacante
32 anos
Chongqing Dangdai Lifan (CHN)

Uma das principais peças ofensivas do Grêmio na conquista da Libertadores do ano passado, o ponta esquerda é outro jogador de sucesso no Brasil que resolveu se aventurar na China. Mas, ao contrário de Marcelo Moreno, Fernandinho tem feito um bom papel no Oriente. Titular absoluto do Chongqing Dangdai Lifan, já marcou cinco gols e deu seis assistências para ajudar sua equipe na luta contra o rebaixamento.

GABRIEL
Lateral direito
37 anos
Miami Dade (EUA)

Filho do ex-corintiano Wladimir, surgiu no início dos anos 2000 como uma grande promessa brasileira para a lateral direita. Mas Gabriel nunca conseguiu alcançar tudo que se esperava dele e teve apenas uma passagem curta pela seleção. Em 2015, mudou-se para os Estados Unidos, onde vive até hoje. Atualmente, defende uma equipe que disputa uma das inúmeras ligas amadoras do soccer.

WILLIAN MAGRÃO
Volante
31 anos
Oita Trinita (JAP)

Cria das categorias de base do Grêmio, foi campeão gaúcho pelo clube em 2010 antes de iniciar uma peregrinação por vários times do futebol brasileiro, como Náutico, Portuguesa e Boa Esporte. Magrão foi para o exterior no meio do ano passado e passou uma temporada no México antes de cruzar o planeta para atuar na segunda divisão do Japão.

LINS
Atacante
31 anos
FC Tokyo (JAP)

Atacante de rápida passagem pelo Grêmio em 2011, fez carreira principalmente no interior paulista e está em seu terceiro time diferente no Japão. Em 2014 e 2015, defendeu o Gamba Osaka e faturou um título da J-League. No ano passado, foi rebaixado para a segunda divisão nipônica pelo Ventforet Kofu. Em agosto, retornou à elite graças a um empréstimo para a equipe da capital, o FC Tokyo.


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Brasil pode ter pior campanha da década na fase de grupos da Libertadores http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2018/05/14/brasil-pode-ter-pior-campanha-da-decada-na-fase-de-grupos-da-libertadores/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2018/05/14/brasil-pode-ter-pior-campanha-da-decada-na-fase-de-grupos-da-libertadores/#respond Mon, 14 May 2018 07:00:03 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=8491 O futebol brasileiro entra na reta final da fase de grupos da Libertadores-2018 com a corda no pescoço para evitar uma triste marca: sua pior campanha na competição continental nesta década.

Com cerca de 75% dos jogos envolvendo Grêmio, Flamengo, Cruzeiro, Vasco, Santos, Corinthians e Palmeiras na fase de grupos já realizados, o único país pentacampeão mundial tem aproveitamento de 55,2% dos pontos disputados.

Foram 14 vitórias, 11 empates e sete derrotas até o momento. Um resultado bem distante da tradição nacional no torneio sul-americano.

Desde 2010, apenas uma vez o futebol brasileiro teve um desempenho pior do que o atual na fase de grupos. Em 2014, o aproveitamento de Atlético-PR, Botafogo, Atlético-MG, Cruzeiro, Grêmio e Flamengo ficou na casa de 54,6%, próximo do atual.

Em todos os outros anos da década, as equipes do país conseguiram somar pelo menos 58% dos pontos disputados –o melhor resultado foi obtido em 2010, com 68,8%.

O grande responsável pelo desempenho medíocre do futebol brasileiro na Libertadores-2018 é o Vasco. O clube carioca tem a terceira pior campanha da competição (dois empates e três derrotas em jogos) e já não possui nenhuma chance de avançar para os mata-matas.

Todos os outros seis representantes do país na fase de grupos estão na zona de classificação para as oitavas. Mas só o Palmeiras já garantiu o primeiro lugar de sua chave e tem certeza de que irá para a reta final da competição com uma das melhores campanhas.

No ano passado, os clubes brasileiros foram responsáveis por cinco dos sete melhores desempenhos da fase de grupos. Na atual temporada, pelo menos por enquanto, são apenas dois representantes entre os cinco primeiros.

Nesta semana, quatro clubes do país entram em campo pela Libertadores. Na terça-feira, o Grêmio visita o Monagas, na Venezuela. Na quarta, é a vez de o Flamengo receber o equatoriano Emelec e o Palmeiras jogar em casa contra o Junior Barranqulla, da Colômbia. E, na quinta, o Corinthians vai a território venezuelano enfrentar o Deportivo Lara.

Chance para afastar de vez o risco de pior participação brasileira na fase de grupos do torneio continental… ou para abraçar de vez essa triste realidade.


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Maestro do Real, Kroos já foi acusado de só jogar por ser filho do técnico http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2017/12/14/maestro-do-real-kroos-ja-foi-acusado-de-so-jogar-por-ser-filho-do-tecnico/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2017/12/14/maestro-do-real-kroos-ja-foi-acusado-de-so-jogar-por-ser-filho-do-tecnico/#respond Thu, 14 Dec 2017 06:30:59 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=7001 Quem vê Toni Kroos desfilando técnica, categoria e visão de jogo no meio-campo do Real Madrid não consegue imaginar que muita gente já desconfiou da sua capacidade de se tornar um jogador profissional de futebol.

E essa desconfiança sobre o talento do camisa 8 do adversário do Grêmio na decisão do Mundial de Clubes, neste sábado, em Abu Dhabi, não vinha de longe, mas sim dos seus próprios companheiros de time e dos torcedores que acompanhavam suas partidas.

Filho de uma ex-atleta de badminton e de um ex-jogador de futebol, Kroos foi levado para as categorias de base do Hansa Rostock quando o pai foi contratado para dirigir o time sub-12 do clube.

Foi aí que o garoto de 12 anos teve o primeiro grande desafio de sua carreira: convencer a torcida e também os meninos que jogavam ao seu lado que ele não tinha lugar na equipe apenas por ser filho do treinador.

A missão não foi nada fácil. O pai do hoje astro do Real e da seleção alemã já afirmou em inúmeras entrevistas que os olhares na base do Rostock eram implacáveis com Kroos e que ele sofria bastante preconceito por lá.

Só que o talento do garoto era mais forte e se sobressaiu à desconfiança que o rondava. Em 2006, ele já havia ficado grande demais para o clube que defendia e aceitou um convite para fazer a reta final da sua formação no Bayern de Munique.

No ano seguinte, Kroos foi eleito o melhor jogador do Mundial sub-17 e disputou sua primeira partida como profissional. A primeira convocação para a seleção principal da Alemanha chegou em 2010, assim como a afirmação no Bayern –após uma temporada de empréstimo ao Bayer Leverkusen.

A transferência para o Real chegou em 2014, logo depois de ser um dos protagonistas da conquista alemã da Copa do Mundo. O meia custou 25 milhões de euros (R$ 97,3 milhões). O investimento foi pago com as duas Ligas dos Campeões (2016 e 2017), dois Mundiais (2014 e 2016) e um Campeonato Espanhol (2017) que o clube faturou desde então.

De acordo com o “Who Scored?”, site especializado nas estatísticas do futebol, o meia é hoje o jogador do elenco clube espanhol que mais trabalha a bola: média de 78,4 passes por jogo nesta temporada.

Ele também o rei dos lançamentos (5,7 bolas longas por partida) e o terceiro atleta do Real que mais dá passes para finalizações dos companheiros: 1,9 a cada 90 minutos, menos apenas que Gareth Bale (2,4) e Marcelo (2).

E pensar que, para seus companheiros de base e torcedores do Hansa Rostock, Toni Kroos era apenas o filho do técnico…


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O Grêmio realmente pode desbancar o Real e conquistar o Mundial? http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2017/12/10/o-gremio-realmente-pode-desbancar-o-real-e-conquistar-o-mundial/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2017/12/10/o-gremio-realmente-pode-desbancar-o-real-e-conquistar-o-mundial/#respond Sun, 10 Dec 2017 06:00:12 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=6949 Há 11 dias o torcedor do Grêmio não para de comemorar. A vitória sobre o Lanús na decisão da Libertadores não só deu ao clube gaúcho seu terceiro título de campeão sul-americano, como também o colocou pela primeira vez em um Mundial de Clubes da Fifa no atual formato.

Mas será que o time dirigido por Renato Gaúcho realmente tem chance de desbancar o favoritismo do Real Madrid e se consagrar como melhor time do planeta em 2017?

O histórico recente dos Mundiais aponta que a missão gremista é muito difícil, para não dizer quase impossível. Das últimas dez edições do torneio, os europeus venceram nove. O triunfo do Corinthians sobre o Chelsea em 2012 foi um ponto muito fora da curva nesse retrospecto recente.

Mesmo nos tempos da Copa Intercontinental, competição disputada entre 1960 e 2004 que reunia apenas os campeões europeu e sul-americano, jamais houve um período de domínio tão explícito dos representantes de um continente como agora.

Os europeus são quase imbatíveis no Mundial por um motivo muito simples: possuem jogadores muito melhores que seus oponentes. E desta vez, não é diferente.

Nem mesmo o gremista mais fanático é capaz de achar que Luan é melhor que Cristiano Ronaldo, que Cortez tem um nível técnico semelhante ao de Marcelo ou que Ramiro é páreo para Luka Modric.

A comparação entre os elencos é até injusta, visto o abismo financeiro que separa os dois clubes. E fica ainda mais complicada devido à lesão de Arthur, meia gremista com potencial de defender um grande clube europeu no futuro, que não disputa o Mundial.

Só que o futebol não é decidido apenas pelo talento. E é nisso que o clube brasileiro se apoia para protagonizar a zebra em Abu Dhabi. Há pelo menos dois fatores que também são importantes para definir o resultado de uma partida em que o Grêmio leva vantagem sobre o Real Madrid.

O primeiro deles é recorrentes nos confrontos entre sul-americanos e europeus no Mundial: a vontade. Enquanto para os representantes do Velho Continente o torneio da Fifa é apenas mais uma competição do calendário, os vencedores da Libertadores costumam encará-lo como uma autêntica Copa do Mundo.

Desta vez, a dedicação, ingrediente que não tem sido suficiente nos últimos anos para conter o domínio europeu, tem um importante aliado: o momento.

O Grêmio chega ao Mundial de Clubes embalado com a recente conquista da Libertadores e, mesmo em fim de temporada, jogando um futebol dos mais redondinhos. O mesmo não se pode falar do Real Madrid.

O time de Cristiano Ronaldo conquistou o título que o levou a Abu Dhabi seis meses atrás e, desde então, vem oscilando demais e raramente mostra a bola que o transformou em vencedor da Champions.

Na atual temporada, o Real está distante da briga pela liderança do Campeonato Espanhol, ficou em segundo lugar em seu grupo na Champions e já foi derrotado três vezes (por Tottenham, Betis e Girona). A goleada por 5 a 0 sobre o Sevilla, no sábado, em sua última apresentação antes da viagem para os Emirados Árabes, pode ser o início de recuperação, mas a situação ainda é incerta.

É por isso que o Grêmio acredita que, caso passe pelo Pachuca (MEX) na semifinal da próxima terça-feira, tem condições de derrotar sim o Real em uma eventual decisão do Mundial. Resta saber se essa é só uma crença ou uma possibilidade real.


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