futebol brasileiro – Blog do Rafael Reis http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br Esse espaço conta as história dos jogadores fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público. Thu, 12 Mar 2020 12:29:00 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 O que o sucesso de Gabigol no Santos diz sobre nível do futebol brasileiro http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2018/03/09/o-que-o-sucesso-de-gabigol-no-santos-diz-sobre-nivel-do-futebol-brasileiro/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2018/03/09/o-que-o-sucesso-de-gabigol-no-santos-diz-sobre-nivel-do-futebol-brasileiro/#respond Fri, 09 Mar 2018 07:00:36 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=7842 Quatro gols nos primeiros cinco jogos que disputou. Um papel de protagonista que não exercia há um ano e meio. Elogios, muito elogios para esquecer o passado recente de críticas vorazes.

O início de Gabigol no Santos é de empolgar, ainda mais quando comparado ao que ele viveu no futebol europeu.

Em 16 meses no Velho Continente, o atacante passou por dois clubes (Inter de Milão e Benfica), participou de 15 jogos oficiais e marcou dois gols. No total, permaneceu apenas 347 minutos em campo, o equivalente a pouco menos de quatro partidas completas.

Como explicar que um jogador que tinha até pouco tempo um desempenho tão decepcionante e foi completamente descartado pelo Benfica conseguiu se transformar um dos grandes nomes do Campeonato Paulista?

Muita gente, inclusive companheiros de Gabigol no Santos, acha que essa diferença de performance é uma prova que o atacante só não deu certo na Europa porque recebeu poucas oportunidades por lá.

Mas por que será mesmo que nenhum dos quatro técnicos que ele teve do outro lado do Atlântico (Frank de Boer, Stefano Vecchi, Stefano Pioli e Rui Vitória) resolveu apostar no novo velho xodó da torcida santista?

O fracasso de Gabigol no futebol europeu seguido de um ótimo início em sua volta ao Brasil nos traz uma simples (e triste constatação): em termos técnicos, nosso futebol nunca esteve tão distante do praticado nos principais gramados do mundo.

Quem tem o costume de assistir aos jogos da Liga dos Campeões e também às ligas nacionais como a inglesa, a alemã e a espanhola percebe nitidamente isso. O esporte por aqui tem pouco ao ver com o jogador por lá.

Gabigol não é o único sintoma dessa diferença.

Ganso, tratado como um maestro (ainda que inconstante) aqui no Brasil, não tem espaço nem no banco de reservas do Sevilla. O argentino Calleri, endeusado em sua passagem pelo São Paulo, foi um fiasco no West Ham e hoje atua no nanico Las Palmas, que luta contra o rebaixamento na Espanha. E Luan, unanimidade no Grêmio e craque da Libertadores, só continua por aqui porque os interessados em contratá-lo não são times de ponta da Europa.

Os três jogadores citados acima, assim como Gabigol, são ruins? É claro que não. Todos eles têm um nível técnico acima da média do futebol brasileiro. Por isso, fizeram (e fazem) tanto sucesso por aqui.

Mas quando falamos de futebol europeu, pelo menos da elite do Velho Continente, o nível de comparação é outro. Para se destacar por lá, é preciso jogar muito mais bola. Bola que a maioria dos nomes que brilha nos gramados do Brasil simplesmente não tem para apresentar.

Gabigol tem só 21 anos, é talentoso e uma carreira inteira pela frente para desenvolver seu jogo e conseguir espaço em um time do primeiro escalão da Europa. Só que, por enquanto, seu futebol não é suficiente para vestir a camisa da Inter de Milão, do Benfica e de quase nenhum desses times que você está acostumado a ver só pela TV.

Lembra daquele ditado “em terra de cego quem tem um olho é rei”? Gabigol é rei do Santos e faz parte da família real do futebol brasileiro. O que isso significa lá fora? Quase nada.


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Para cada gol, futebol brasileiro leva 2 cartões amarelos na Europa http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2017/04/15/para-cada-gol-futebol-brasileiro-leva-2-cartoes-amarelos-na-europa/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2017/04/15/para-cada-gol-futebol-brasileiro-leva-2-cartoes-amarelos-na-europa/#respond Sat, 15 Apr 2017 07:00:07 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=4738 Para cada gol marcado, os jogadores brasileiros que atuam no primeiro escalão do futebol da Europa recebem em média dois cartões amarelos.

É essa uma das conclusões da análise da participação do futebol pentacampeão mundial nas cinco principais ligas nacionais do Velho Continente na temporada 2016/17.

Até o início da rodada deste fim de semana, os atletas brasileiros acumulavam 137.741 minutos (ou 5.739 horas e 5 minutos), 163 gols, 330 cartões amarelos e 15 expulsões na primeira divisão de Espanha, Inglaterra, Alemanha, Itália e França.

Isso significa um gol a cada 845 minutos, uma advertência a cada 417 minutos e um vermelho a cada 9.182 minutos de futebol brasileiro nos gramados europeus.

No total, 114 brasileiros já foram utilizados em partidas das cinco maiores ligas nacionais da Europa nesta temporada. Desses, 97 (85%) receberam pelo menos um cartão e 52 (45%) balançaram as redes.

De todos eles, quem mais permaneceu em campo foi o lateral esquerdo Lucas Lima, do Nantes. O ex-jogador do Botafogo e do Internacional participou integralmente de todas as 32 rodadas já disputadas do Francês. Ou seja, foi titular em todos os jogos e não foi substituído uma única vez.

Já o recordista brasileiro de cartões na elite europeia é um atacante. Deyverson, que chamou a atenção um mês atrás por comemorar um gol abaixando parte do calção, já recebeu 13 amarelos pelo Alavés no Espanhol.

O volante Fernandinho, do Manchester City, é o único brasileiro que foi expulso mais de uma vez nos campeonatos analisados. O jogador da seleção recebeu dois cartões vermelhos no Inglês e, por causa disso, precisou cumprir sete jogos de suspensão.

Quanto à artilharia, há um empate na primeira colocação. Roberto Firmino, do Liverpool, e Willian José, da Real Sociedad, marcaram dez gols cada nos campeonatos Inglês e Espanhol, respectivamente.

Neymar, o maior astro do futebol brasileiro nos últimos anos, fez nove gols pelo Barcelona na liga espanhola e aparece logo na sequência.

Entre os cinco campeonatos, o com maior presença brasileira até o momento é o Espanhol (35.382 minutos, contra 35.379 minutos do Italiano). Também é o país campeão mundial de 2010 que viu o maior número de gols (57) e de cartões (104) dos atletas aptos a defender a seleção líder do ranking da Fifa.


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