flamengo – Blog do Rafael Reis http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br Esse espaço conta as história dos jogadores fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público. Thu, 12 Mar 2020 12:29:00 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Caçula do Liverpool tem fama de superdotado e superou Bill Gates no xadrez http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/12/20/cacula-do-liverpool-tem-fama-de-superdotado-e-superou-bill-gates-no-xadrez/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/12/20/cacula-do-liverpool-tem-fama-de-superdotado-e-superou-bill-gates-no-xadrez/#respond Fri, 20 Dec 2019 07:00:46 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=15400 O Liverpool empatava por 1 a 1 com o Monterrey até os 45 minutos do segundo, quando Trent Alexander-Arnold recebeu passe de Mohamed Salah e teve liberdade suficiente para fazer o cruzamento. Sob pressão do cronômetro e da necessidade da vitória, 99% dos laterais não teriam dúvida e levantariam a bola para a área adversária.

Mas o mais jovem dos titulares da equipe comandada por Jürgen Klopp não faz parte da maioria. Em vez do chuveirinho, optou por um passe rasteiro, preciso, por trás dos marcadores adversários, na direção perfeita para Roberto Firmino dar um leve toque e balançar as redes.

Crédito: Divulgação

O lance que decidiu a semifinal do Mundial de Clubes, na quarta-feira, e colocou os Reds no caminho do Flamengo mostra bem por que o inglês de 21 anos é hoje considerado o melhor lateral direito do planeta.

Alexander-Arnold é superdotado, uma pessoa com nível de inteligência acima da média das outras pessoas. Sua capacidade de raciocínio, que hoje faz diferença nos gramados, foi aperfeiçoada durante um longo tempo de dedicação ao xadrez.

O lateral foi apresentado ao esporte quando tinha nove anos. Seu pai introduziu-o ao jogo de tabuleiro para que o garoto tivesse alguma coisa para fazer quando o clima não permitisse que ele saísse pelas ruas chutando uma bola de futebol.

O hoje camisa 66 do Liverpool gostou tanto da brincadeira que até aceitou participar no ano passado de um amistoso contra o norueguês Magnus Carlsen, campeão mundial de xadrez.

Evidentemente, Alexander-Arnold foi derrotado. No entanto, ele teve desempenho melhor que o gênio norte-americano Bill Gates, que também encarou um desafio contra o mestre e líder do ranking mundial – durou 17 jogadas, contra apenas nove do proprietário da Micrososft.

“Eu não diria que é preciso ser inteligente [para jogar futebol]. Mas você precisa ter conhecimento do jogo e daquilo que o cerca. Isso é importante para conseguir se antecipar às jogadas e fazer a melhor leitura do que está acontecendo em campo”, disse o lateral, ao jornal “Independent”.

A esperteza de Alexander-Arnold, um garoto criado na própria base do Liverpool e que estreou como profissional há apenas três anos, já fez várias vítimas. A mais famosa delas, o Barcelona.

Nas semifinais temporada passada da Liga dos Campeões, o inglês posicionou a bola na marca do escanteio, virou as costas e caminhava para deixar a cobrança para outro jogador. Ao perceber que a defesa catalã estava mal posicionada na área, voltou atrás e bateu rapidamente para Divock Origi marcar.

Essa foi apenas uma das 32 assistências já dadas pelo lateral em 129 jogos com a camisa do Liverpool.  Em 2019, nenhum jogador que disputa o Campeonato Inglês deu mais passes para gol que ele (20).

Liverpool e Flamengo decidem amanhã, a partir das 14h30 (de Brasília), em Doha (Qatar), o Mundial de Clubes de 2019. Os Reds buscam seu primeiro título com esse status. Já a equipe brasileira venceu o Intercontinental de 1981, justamente contra seu adversário deste ano.


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“Faustão argentino” copia projeto do Flamengo para revitalizar time do papa http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/12/19/faustao-argentino-copia-projeto-do-flamengo-para-revitalizar-time-do-papa/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/12/19/faustao-argentino-copia-projeto-do-flamengo-para-revitalizar-time-do-papa/#respond Thu, 19 Dec 2019 07:00:51 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=15388 Apresentador do programa mais popular da televisão argentina e uma espécie de “Faustão” de lá, Marcelo Tinelli planeja transformar o San Lorenzo, clube que tem o Papa Francisco como torcedor mais ilustre, em uma versão portenha do Flamengo.

O comunicador foi eleito no último sábado o novo presidente da equipe de Buenos Aires. Ele venceu o pleito com 80,5% dos votos válidos, depois de anunciar a quatro cantos que pretende copiar o que a equipe rubro-negra fez ao ganhar o Campeonato Brasileiro e a Libertadores neste ano.

Crédito: Reprodução

O projeto de Tinelli é imitar o modelo de administração que o Flamengo passou a ter desde o início da gestão Eduardo Bandeira de Mello, em 2013: primeiro reduzir os custos para pagar as dívidas e depois, já com as finanças em dia, investir pesado na contratação de medalhões.

“Eles traçaram uma rota e cresceram. Saíram de uma dívida de R$ 750 milhões para ser o clube que comprou sete jogadores que estavam na Europa”, afirmou o novo presidente do San Lorenzo, em entrevista ao jornal “La Nación”.

“Como eles fizeram isso? Investiram nos jovens, mas sempre mantendo alguns figurões no time. Quando necessário, venderam esses garotos criados em casa. Assim, arrecadaram quase US$ 120 milhões (R$ 488 milhões). É um modelo a ser imitado”, completou.

A preocupação de Tinelli em resgatar o San Lorenzo não é exagerada. Desde que venceu pela primeira vez a Libertadores, em 2014, e se lançou como candidato a fazer frente a Boca Juniors e River Plate no cenário nacional, o clube vem acumulando decepções.

O último troféu conquistado, o da Supercopa da Argentina, já completou quatro anos e nem valia tanto assim. As campanhas mais recentes na primeira divisão raramente têm empolgado – na temporada passada, foi só o 23º colocado; na atual, é o nono.

Apesar do discurso de mudança, o novo presidente do San Lorenzo já tem feito parte da administração do clube desde 2012. Nos últimos sete anos, ele foi o vice de Matías Lammens, hoje ministro do Turismo e do Esporte.

Tinelli tem 59 anos, começou a carreira como repórter esportivo no rádio e comanda desde 1990 o “Showmatch” (no começo, “Videomatch”), um programa de auditório exibido pelo canal El Trece e que faz muito sucesso na TV argentina.

Assim como acontece com Faustão, uma das principais atrações do seu show é uma competição de dança entre famosos, o “Bailando por um Sueño”, que teve neste ano sua 14ª temporada e premiou como vencedor o apresentador Nicolás Occhiato.

O Flamengo, clube no qual Tinelli se inspira para recolocar o San Lorenzo nos trilhos, decide o Mundial de Clubes no sábado, no Qatar. Assim como em 1981, única vez em que conquistou o título intercontinental, seu adversário na decisão é o Liverpool.


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Não é menosprezo, Liverpool só não se importa com Flamengo ou Mundial http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/12/13/nao-e-menosprezo-liverpool-so-nao-se-importa-com-flamengo-ou-mundial/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/12/13/nao-e-menosprezo-liverpool-so-nao-se-importa-com-flamengo-ou-mundial/#respond Fri, 13 Dec 2019 07:20:46 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=15316 Na semana passada, o meia holandês Georginio Wijnaldum afirmou que sabe pouco sobre o Flamengo. Dias depois, foi a vez do técnico Jürgen Klopp admitir que ainda não começou os estudos sobre o possível adversário na final do Mundial de Clubes.

Foi o suficiente para torcedores rubro-negros se revoltarem, acusarem o Liverpool de menosprezo e relembrarem, cheios de orgulho, que em dezembro de 1981 botaram “os ingleses na roda”, em um cenário bastante semelhante a esse.

Crédito: Getty Images

Mas, não. Os Reds não estão esnobando um possível confronto contra os comandados de Jorge Jesus. Eles só não estão se importando tanto assim com o Fla e nem com o Mundial. É tudo uma simples questão de perspectiva e prioridades.

Para os cariocas, cruzar o caminho do Liverpool é a oportunidade de fazer história, de medir forças com um gigante global e de enfrentar o trio de ataque mais badalado do planeta, o zagueiro número um do mundo e o goleiro do momento.

Os ingleses veem o torneio de forma completamente diferente. Ele até tem sua graça, já que é uma chance de conhecer outras culturas futebolísticas e enfrentar times que não fazem parte do seu cotidiano.

Mas isso é muito pouco para quem está acostumado a uma rotina de jogos contra adversários do calibre de Manchester City, Manchester United ou Chelsea e que de vez em quando tem um Lionel Messi ou Cristiano Ronaldo pelo caminho.

No frigir dos ovos, a competição da Fifa é, para o Liverpool, pouco mais que um incômodo no meio de um calendário recheado de compromissos de fim de ano (são oito jogos programados para dezembro). Ou seja, não é sonho, mas sim uma obrigação profissional.

É claro que os Reds querem ser campeões mundiais e vão encarar seus adversários com seriedade. Mas, ser derrotado pelo Fla ou por qualquer outro adversário no Qatar não será uma hecatombe que irá manchar a reputação do time que lidera com folga com a Premier League.

E isso, diminuir a importância do resultado por ter outros assuntos mais importantes com os quais se preocupar, é muito menos menosprezo com o rival do que, por exemplo, escalar os reservas em jogos do Estadual do Rio ou mesmo do Brasileiro, algo que o próprio clube rubro-negro cansou de fazer e que felizmente está caindo em desuso graças a Jorge Jesus.

O Flamengo disputa a semifinal do Mundial de Clubes na próxima terça-feira, contra o vencedor do confronto entre Al-Hilal, da Arábia Saudita, e Espérance, da Tunísia. Na quarta, é a vez do Liverpool estrear. Seu adversário será Monterrey, do México, ou Al-Sadd, do Qatar.

Brasileiros e ingleses só podem se encontrar na final (ou na disputa do terceiro lugar). O jogo que irá decidir o vencedor da competição que reúne todos campeões continentais de 2019 está marcado para 21 de dezembro, sábado, em Doha.

Liverpool e Flamengo também já estão garantidos na edição de estreia do novo Mundial de Clubes, competição quadrienal que será disputada pela primeira vez em entre junho e julho de 2021 e que contará com a participação de 24 clubes.


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Os 5 brasileiros que estão no caminho do Flamengo no Mundial de Clubes http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/12/11/conheca-os-5-brasileiros-que-estao-no-caminho-do-fla-no-mundial-de-clubes/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/12/11/conheca-os-5-brasileiros-que-estao-no-caminho-do-fla-no-mundial-de-clubes/#respond Wed, 11 Dec 2019 07:00:23 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=15256 “O Flamengo é Brasil no Mundial de Clubes“. Você provavelmente ouvirá ou lerá essa frase até o fim da próxima semana. Ela até que não está 100% errada. Mas nem só do clube rubro-negro vive o futebol pentacampeão no torneio da Fifa.

Além da maior parte dos jogadores comandados pelo técnico português Jorge Jesus, outros cinco atletas nascidos por aqui estão inscritos na competição disputada no Qatar.

O número, inclusive, seria um pouco maior se não fosse a contusão do volante Fabinho, que desfalca o Liverpool.

O Mundial de Clubes começa hoje, com o encontro entre o Hienghène Sport, da Nova Caledônia, atual campeão da Oceania, e o Al-Sadd, vencedor do Campeonato Qatari e representante do país-sede.

O Flamengo estreia na próxima terça-feira. Seu adversário sairá do confronto entre o saudita Al-Hilal, campeão asiático, e o tunisiano Espérance, que ganhou a Champions africana.

Já a final está marcada para o dia 21 de dezembro e será disputada em Doha.

ALISSON
Goleiro
27 anos
Liverpool (ING)

Crédito: Catherine Ivill/Getty Images

Dono da meta da seleção brasileira, foi essencial para o Liverpool na conquista da Liga dos Campeões da Europa e acabou premiado com as honrarias de melhor goleiro do planeta (Fifa e Troféu Yashin, da Bola de Ouro). Depois de brilhar em 2018/2019, Alisson vem tendo uma temporada com alguns percalços. Em agosto, sofreu uma contusão na panturrilha que o deixou dois meses afastado dos gramados. Depois que voltou, passou a sofrer com a queda de rendimento da defesa dos Reds e até foi expulso no clássico contra o Everton.

ROBERTO FIRMINO
Atacante
28 anos
Liverpool (ING)

Crédito: Lluis Gene/Efe

Companheiro de Mohamed Salah e Sadio Mané no badalado trio ofensivo montado por Jürgen Klopp, o brasileiro veste a camisa 9 e é oficialmente o centroavante do Liverpool. No entanto, na prática, faz mais o papel de armador do que de finalizador das jogadas. Com muita inteligência tática e alto entrosamento com os companheiros de ataque, Firmino é uma das principais engrenagens que fazem funcionar o futebol dos líderes do líder do Campeonato Inglês. O atacante faz parte das convocações da seleção desde 2014, mas jamais mostrou todo seu potencial com a camisa amarelinha.

CARLOS EDUARDO
Meia-atacante
30 anos
Al-Hilal (ARA)

Crédito: Divulgação

Formado nas categorias de base do Desportivo Brasil e com passagens por Fluminense e Barueri, o meia-atacante é um dos maiores ídolos da história recente do Al-Hilal. Carlos Eduardo desembarcou no Oriente Médio em 2015, depois de jogar no Nice e no Porto, e já conquistou duas edições do Campeonato Saudita. Na atual temporada, é o artilheiro da competição, com oito gols. Mas, curiosamente, ele não fez parte da reta final da campanha do título da Liga dos Campeões da Ásia porque só foi inscrito na fase de grupos do torneio e acabou retirado da lista no momento dos playoffs decisivos.

MARCOS PAULO
Lateral direito
21 anos
Hienghène Sport (NCA)

Crédito: Divulgação

O jovem lateral chegou à Nova Caledônia há apenas dois meses e não participou da conquista da Champions League da Oceania, que colocou o time do arquipélago de 280 mil habitantes no Mundial. Marcos Paulo é natural de Marília, no interior paulista, e atuou nas categorias de base do clube que leva o nome da cidade. Depois de dispensado pela equipe que atua na terceira divisão do futebol de São Paulo, ele acabou assinando com uma empresa que fez a ponte para levá-lo ao outro lado do planeta.

PEDRO VILELA
Volante
22 anos
Hienghène Sport (NCA)

Crédito: Reprodução

Apesar de constar na relação oficial dos inscritos no Mundial como português, o volante e também zagueiro do Hienghène Sport é carioca e passou a maior parte da vida jogando futebol no Rio de Janeiro. Pedro Vilela atuou nas categorias de base do Vasco, defendeu as cores do Bangu e se profissionalizou no Tigres do Brasil, da segundona carioca. Assim como Marcos Paulo, ele também foi contratado para reforçar o time no torneio da Fifa.


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Inspiração para o Fla? 5 times que mais complicam o Liverpool na era Klopp http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/11/29/inspiracao-para-o-fla-5-times-que-mais-complicam-o-liverpool-na-era-klopp/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/11/29/inspiracao-para-o-fla-5-times-que-mais-complicam-o-liverpool-na-era-klopp/#respond Fri, 29 Nov 2019 07:20:34 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=15114 O Liverpool é o atual campeão europeu, lidera o Campeonato Inglês, a liga nacional número um do planeta, com oito pontos de vantagem para o segundo colocado, conta com o segundo melhor jogador do mundo (Virgil van Dijk) e com um badalado ataque formado por Mohamed Salah, Sadio Mané e Roberto Firmino.

Mas isso não significa que o principal adversário do Flamengo no Mundial de Clubes da Fifa seja imbatível. Sim, ele pode ser derrotado. E, mais que isso, há alguns clubes que se tornaram especialistas em complicar sua vida.

O “Blog do Rafael Reis” apresenta abaixo os cinco times que mais têm dado trabalho ao Liverpool desde a chegada do técnico Jürgen Klopp, em outubro de 2015. Só foram contabilizados nessa lista, os clubes que tiveram pelo menos três confrontos contra os Reds no período.

Todos eles têm retrospectos bem positivos contra o treinador alemão. Quem sabe eles não possam servir de inspiração para o Fla?

SEVILLA
Aproveitamento do Liverpool: 22,2%

Crédito: Lars Baron/Getty Images

O time espanhol é o único que Klopp enfrentou pelo menos três vezes desde sua chegada ao Liverpool e ainda não conseguiu vencer. Os Reds foram derrotados pelo Sevilla na final da Liga Europa de 2015/16 e empataram nos dois jogos da fase de grupos da temporada 2017/18 da Champions. A média de gols desses encontros foi de 4,66 por partida. A lição que o Sevilla ensina ao Flamengo é: não se feche na defesa; jogos mais abertos, de ataque contra ataque, podem ser uma boa opção.

NAPOLI
Aproveitamento do Liverpool: 33,3%

Crédito: Michael Steele/Getty Images

Não foi nenhuma surpresa a equipe italiana ter arrancado pontos dos atuais campeões europeus na rodada do meio de semana da Champions. O Napoli, de Carlo Ancelotti, é uma grande pedra no sapato de Klopp. Desde a temporada passada, os dois clubes tiveram quatro encontros na Liga dos Campeões. Os italianos ganharam dois, perderam um e empataram o da última quarta-feira. Assim como o Liverpool, o Napoli é um time de rápida transição da defesa para o ataque e que possui homens de frente rápidos, habilidosos e que não guardam posição. Ou seja, emular o jogo dos Reds, desde que com os jogadores certos para isso, costuma complicá-los.

MANCHESTER UNITED
Aproveitamento do Liverpool: 40%

Crédito: Getty Images

Apesar da draga que o United vive já há alguns anos, o clássico entre as duas maiores potências histórias do futebol inglês continua equilibrado. Na “era Klopp”, o Liverpool só venceu duas das dez partidas que disputou contra seu maior rival. Houve ainda seis empates e duas vitórias da equipe de Manchester. O que une todos esses jogos não é uma determinada estratégia do United, mas sim o clima psicológico diferenciado que ronda o clássico, o que nos mostra que tornar a partida mais “emotiva” (e, consequentemente, menos jogada) talvez seja um caminho para lidar com Salah, Firmino, Mané e cia.

WBA
Aproveitamento do Liverpool: 47,6%

Crédito: Phil Noble/Reuters

O West Bromwich não é dos times mais poderosos da Inglaterra, tanto que está na segunda divisão desde a temporada passada. Mas, quando cruza com o Liverpool, costuma se comportar como um gigante. A prova disso é que os Reds só ganharam dois dos sets confrontos mais recentes contra o WBA. E, mesmo na campanha do rebaixamento, segurou dois empates contra o time que seria campeão europeu. Qual seu segredo? Uma bola aérea muito forte. Três dos últimos cinco gols do WBA contra o Liverpool nasceram de cruzamentos para a área.

WOLVERHAMPTON
Aproveitamento do Liverpool: 50%

Crédito: Getty Images

A boa notícia para Jorge Jesus é que o time mais português da Inglaterra costuma fazer bonito quando se depara contra o Liverpool. O Wolverhampton, que é treinado por um compatriota do comandante do Fla, e conta nove jogadores lusos no elenco, venceu dois e perdeu outros dois jogos contra a equipe vermelha desde a ascensão de Klopp. Ou seja, o autêntico futebol português pode complicar para o vencedor da última Champions.


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Os três times brasileiros poderiam ter mais alguns troféus em seus currículos se não fosse a interrupção na realização da Recopa Sul-Americana.

Crédito: Guadalupe Pardo/Reuters

A competição, criada em 1989 e que confrontava anualmente os campeões da Libertadores e da Supercopa, não foi realizada entre 1999 e 2002. Quando voltou, em 2003, passou a colocar frente a frente os vencedores do principal torneio interclubes do continente e da Copa Sul-Americana.

O hiato corresponde ao período entre o fim da Supercopa e o início da Sul-Americana. Nessa época, o segundo torneio mais valioso do continente era a Copa Mercosul, que recebia clubes argentinos, brasileiros, paraguaios, uruguaios e chilenos –os times dos outros países disputavam a Copa Merconorte.

Obedecendo a essa lógica de importância das competições, as quatro edições jamais disputadas da Recopa seriam os confrontos Vasco (Libertadores-1998) x Palmeiras (Mercosul-1998), Palmeiras (Libertadores-1999) x Flamengo (Mercosul-1999), Boca Juniors (Libertadores-2000) x Vasco (Mercosul-2000) e Boca Juniors (Libertadores-2001) x San Lorenzo (Mercosul-2001).

Ou seja, Palmeiras e Vasco poderiam ter até quatro títulos internacionais reconhecidos pela Conmebol (hoje possuem apenas dois, cada), enquanto o Fla poderia aumentar sua conta de cinco para seis troféus.

De acordo com a Conmebol, entidade que gerencia o futebol sul-americano, os argentinos Boca Juniors e Independiente dividem do posto de clube do continente com maior número de conquistas intercontinentais. Cada um deles já faturou 18 troféus.

O São Paulo, único time brasileiro tricampeão mundial, aparece na sequência, com 12 taças conquistadas, mesmo número do River Plate, adversário pelo Flamengo derrotado na final da Libertadores deste ano.

Outros três clubes do país aparecem no top 10 do ranking. O Santos é o sétimo colocado, com oito títulos, mesma marca do paraguaio Olimpia. Cruzeiro e Internacional ocupam a nona posição, junto ao Atlético Nacional, da Colômbia, com sete conquistas, cada.

A lista considera apenas torneios oficiais chancelados pela Conmebol ou, pelo menos, reconhecidos pela Fifa.

Ou seja, fazem parte da contagem Mundial de Clubes, Libertadores, Copa Sul-Americana, Recopa Sul-Americana e a Final J. League YBC Levain Cup/Copa Conmebol Sul-Americana (antiga Copa Suruga), que ainda estão em disputa, além das extintas Copa Intercontinental, Supercopa da Libertadores, Copa Ouro, Copa Interamericana, Recopa dos Campeões Intercontinentais, Copa Conmebol, Copa Mercosul e Copa Merconorte.

TOP 10 CLUBES SUL-AMERICANOS COM MAIS TÍTULOS INTERNACIONAIS*

1 – Boca Juniors (ARG) – 18 taças
Independiente (ARG) – 18
3 – River Plate (ARG)
São Paulo (BRA) – 12
5 – Nacional (URU) – 9
Peñarol (URU) – 9
7 – Olimpia (PAR) – 8
Santos (BRA) – 8
9 – Atlético Nacional (COL) – 7
Cruzeiro (BRA) – 7
Internacional (BRA) – 7
14 – Flamengo (BRA) – 5
22 – Palmeiras (BRA) – 2
Vasco (BRA) – 2

*dados disponibilizados pela Conmebol; computam apenas competições reconhecidas pela Fifa


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De Fillol a Conca: os 11 jogadores que defenderam Flamengo e River Plate http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/11/23/de-fillol-a-conca-os-11-jogadores-que-defenderam-flamengo-e-river-plate/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/11/23/de-fillol-a-conca-os-11-jogadores-que-defenderam-flamengo-e-river-plate/#respond Sat, 23 Nov 2019 07:00:46 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=15046 Flamengo e River Plate decidem hoje, em Lima (Peru), o título da Libertadores-2019 e o posto da América do Sul no Mundial de Clubes da Fifa, que será disputado no próximo mês, no Qatar.

Os dois clubes têm histórias bem diferentes. Enquanto a equipe brasileira só se sagrou campeã continental uma única vez, em 1981, o time argentino busca ser penta da competição interclubes mais importante do continente –ganhou em 1986, 1996, 2015 e 2018.

Mas 11 jogadores unem as trajetórias dos adversários desta tarde: cinco argentinos, quatro brasileiros e um paraguaio.

O “Blog do Rafael Reis” apresenta abaixo quem são os atletas que, ao longo da história, vestiram a camisa de ambos os finalista da Libertadores.

Crédito: Divulgação

 Julio Castillo: Atacante argentino formado no River Plate, fez parte do elenco do clube de Buenos Aires em meados da década de 1930. Morreu enquanto era jogador do Flamengo, em virtude de um quadro de diabetes que escondeu da diretoria rubro-negra para conseguir concretizar a transferência.

Paulinho: Artilheiro do Estadual do Rio de 1955 pelo Flamengo e jogador com passagem pela seleção brasileira, o atacante ainda defendeu o Palmeiras antes de se mudar para a Argentina. Por lá, defendeu as cores de River e Estudiantes. Pelo clube do Monumental de Núñez, marcou só quatro gols.

Moacir: Campeão do mundo em 1958, era uma das maiores estrelas do Fla entre o fim da década de 1950 e o começo dos anos 1960. Em 1961, aceitou a ideia de se mandar para a Argentina e jogar no River. Depois, não voltou mais ao futebol brasileiro, atuou no Uruguai e encerrou a carreira no Equador.

Décio Crespo: Contratado pelo River junto com Moacir, disputou apenas uma partida pela equipe argentina, um amistoso contra a Juventus, da Itália. No Flamengo, teve uma trajetória bem mais relevante. Com exceção dos poucos meses que passou em Buenos Aires, vestiu a camisa rubro-negra entre 1957 e 1964.

Rogelio Domínguez: Vencedor das três primeiras edições da Liga dos Campeões da Europa pelo Real Madrid, o goleiro voltou à Argentina em 1962 para defender o River, mas ficou só duas temporadas por lá. Domínguez se aposentou no Fla, time que defendeu entre 1968 e 1969.

Francisco Reyes: Único jogador a passar pelos dois finalistas da Libertadores-2019 que não era brasileiro nem argentino, o paraguaio foi jogador do River em 1964, mas nunca chegou a disputar um jogo oficial pelo clube. Reyes chegou ao Flamengo três anos mais tarde, depois de passagem pelo Atlético de Madri, e foi um zagueiro importante da equipe carioca no começo da década de 1970.

Ubaldo Fillol: Um dos maiores goleiros argentinos de todos os tempos, vestia a camisa 1 do River em 1978, quando se sagrou campeão da Copa do Mundo. Jogou durante nove anos na equipe millonaria e conquistou quatro títulos nacionais. Em 1984, aos 34 anos, aceitou convite do Fla para jogar no Brasil. Foi embora após um ano, depois de adicionar uma Taça Guanabara e uma Taça Rio ao seu currículo

Júlio César: Conhecido como “Uri Geller” pela capacidade de entortar os adversários com dribles, o ponta esquerda foi campeão brasileiro pelo Flamengo em 1980 e só não participou do elenco campeão da Libertadores-1981 porque acabou negociado com o Talleres, da Argentina. Dois anos depois, foi cedido ao River para disputar um torneio de pré-temporada, mas acabou não ficando por lá.

Claudio Borghi: O meia campeão do mundo com a Argentina em 1986 teve passagens discretas pelos dois clubes. Entre 1988 e 1989, ele jogou 11 vezes pelo River. De lá, acabou negociado com o Flamengo, onde chegou cercado de expectativas. Só que Borghi praticamente não foi a campo no Brasil e acabou indo embora no ano seguinte.

Rubens Sambueza: Cria das categorias de base do River, foi campeão argentino pelo clube em 2004 e despontou como grande promessa. Sem conseguir se consolidar, começou a ser emprestado. O Flamengo foi um desses times a quem Sambueza foi cedido. O meia ficou no Rio entre 2008 e 2009 e se sagrou campeão estadual no segundo ano.

Darío Conca: O meia foi o último jogador compartilhado entre River e Flamengo. Conca foi revelado na base da equipe de Buenos Aires, mas acabou emprestado a vários clubes e pouco jogou na Argentina. A passagem pelo Fla também não teve brilho. O jogador passou pela Gávea em 2017, mas, com problemas físicos, não chegou nem a completar uma partida inteira em campo.


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Jesus e Gallardo não inventaram a roda, mas copiaram tudo direitinho http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/11/22/jesus-e-gallardo-nao-inventaram-a-roda-so-souberam-copiar-tudo-direitinho/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/11/22/jesus-e-gallardo-nao-inventaram-a-roda-so-souberam-copiar-tudo-direitinho/#respond Fri, 22 Nov 2019 07:20:54 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=15040 Jorge Jesus e Marcelo Gallardo são treinadores revolucionários que fazem Flamengo e River Plate, respectivamente, praticarem um futebol jamais visto antes nos gramados da América do Sul.

Nos últimos meses (ou anos, no caso do argentino), têm sido comum encontrar nas redes sociais esses comentários inflamados de torcedores sobre os técnicos finalistas da Libertadores-2019.

Crédito: Montagem

Mas será que eles estão realmente corretos ou são apenas frutos da excitação de quem tem visto seu clube jogar bem, atropelar adversários históricos e brigar pelos títulos mais importantes da temporada?

Não, Jesus e Gallardo não estão reinventando a roda. E isso não é demérito algum. O sucesso por trás de Fla e River é a capacidade dos seus treinadores de copiar e adaptar para o cenário sul-americano as ideias que estão dando certo no primeiro escalão do futebol da Europa.

Conceitos como marcação alta, alternância entre posse e transição rápida, movimentações ofensivas devidamente ensaiadas e recuperação rápida da bola depois de ser desarmado já estão no vocabulário dos Barcelona, Real Madrid e Manchester City da vida há um bom tempo.

Eles são frutos de uma inventiva geração de treinadores que despontou no cenário internacional a partir de meados dos anos 2000 e que até hoje continua ditando as regras do jogo.

Os ofensivos Pep Guardiola (Manchester City) e Jürgen Klopp (Liverpool) e os defensivos José Mourinho (Tottenham) e Diego Simeone (Atlético de Madrid) são os responsáveis diretos pelo futebol que a elite da bola pratica atualmente.

Um futebol que, por inúmeros motivos, como falta de atualização dos treinadores, imediatismo na busca pelos resultados e material humano de menor capacidade técnica, ainda é raro de se ver nos times sul-americanos. Mas que enche o tanque de combustível de Flamengo e River Plate.

Jesus possui ainda dois méritos extras. Adaptou-se instantaneamente ao Brasil e, assim, conseguiu derrubar o preconceito contra técnicos estrangeiros que assola o país. Além disso, está acabando com a obsessão nacional de poupar excessivamente os jogadores para as partidas mais importantes.

O treinador do River também tem algo que é só seu. Para sobreviver cinco anos consecutivos no comando do mesmo time, ainda mais em uma equipe sul-americana, é preciso saber administrar egos, controlar perfeitamente o vestiário e fazer política com os dirigentes.

E por isso, não por serem revolucionários que estão desenvolvendo uma evolução na forma de se jogar futebol, Jorge Jesus e Marcelo Gallardo precisam ser louvados.

Flamengo e River Plate decidem amanhã, em Lima (Peru), qual é o melhor time da América do Sul neste ano. Os brasileiros, campeões em 1981, buscam o segundo título de Libertadores de sua história. A equipe argentina, vencedora em 1986, 1996, 2015 e 2018, quer ser penta.


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Por onde andam os jogadores do Flamengo campeão da Libertadores-1981? http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/11/22/por-onde-andam-os-jogadores-do-flamengo-campeao-da-libertadores-1981/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/11/22/por-onde-andam-os-jogadores-do-flamengo-campeao-da-libertadores-1981/#respond Fri, 22 Nov 2019 07:00:53 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=15036 Trinta e oito anos depois de conquistar seu primeiro (e até agora único) título da Libertadores, o Flamengo volta amanhã a disputar a final do torneio interclubes mais importante do futebol da América do Sul.

Mas, se desta vez a decisão contra o River Plate será disputada em jogo único, em Lima (Peru), a briga pela taça de 1981 durou 270 minutos.

Foram necessários três jogos para a equipe brasileira despachasse o Cobreloa e se sagrasse campeã sul-americana daquele ano.

Na primeira partida, no Rio, o Fla venceu por 2 a 1. Uma semana depois, os chilenos jogaram em casa e deram o troco: 1 a 0. Por isso, houve a necessidade de um jogo desempate. No dia 23 de novembro, os dois finalistas se encontraram em Montevidéu (Uruguai), e os rubro-negros venceram por 2 a 0.

Mas, na véspera de uma nova decisão da Libertadores para o Flamengo, o que estão fazendo da vida os heróis de 1981? O “Blog do Rafael Reis” mostra os paradeiros de cada um deles logo abaixo.

Crédito: Divulgação

POR ONDE ANDA – FLAMENGO DE 1981?

Raul Plassmann (75 anos) – O goleiro que não sofreu gol na decisão do dia 23 de novembro já chegou ao Flamengo como um veterano de 33 anos. Mesmo assim, teve tempo suficiente para escrever seu nome na história do clube. Raul atuou pelo clube do Rio até 1983, quando, aos 39 anos, decidiu encerrar a carreira. Desde então, já fez de tudo um pouco: foi comentarista de rádio e TV (chegou a trabalhar na Globo), tentou a sorte como técnico, foi dirigente e até se lançou na carreira política –foi candidato a deputado federal por Minas Gerais em 2014.

Nei Dias (66 anos) – O menos conhecido dos jogadores que iniciaram a partida decisiva contra o Cobreloa só foi escalado como titular porque Lico estava machucado. Nei Dias jogou no Flamengo durante apenas um ano, 1981, quando faturou o título sul-americano. Ele também defendeu clubes como Botafogo, Atlético-MG e Fluminense. Depois de aposentado, Nei Dias largou o futebol e passou a trabalhar em diferentes áreas.

Marinho (64 anos) – Ex-eletricista, começou a carreira no futebol paranaense e foi campeão brasileiro pelo São Paulo em 1977 antes de ser contratado pelo Flamengo. Marinho fez parte do elenco rubro-negro de 1980 a 1984 e chegou até a defender a seleção no período. Aposentado há quase 30 anos, ele hoje vive em Londrina (PR) e tem negócios na construção civil.

Mozer (59 anos) – Caçula do time campeão da Libertadores, o zagueiro estava apenas em sua segunda temporada como profissional em 1981. Após a passagem pelo Flamengo, Mozer construiu uma carreira de sucesso no exterior e jogou em Portugal (Benfica), França (Olympique de Marselha) e Japão (Kashima Antlers). Além disso, disputou a Copa-1990 pela seleção. Depois de pendurar as chuteiras, trabalhou como técnico em Portugal, Angola e Marrocos. De 2016 até o primeiro semestre do ano passado, foi gerente de futebol do Flamengo.

Júnior (65 anos) – Um dos principais laterais esquerdos da história do Brasil, estendeu a carreira até os 39 anos e pendurou as chuteiras jogando como homem de meio-campo. Depois, ainda passou mais sete anos defendendo a seleção brasileira de beach soccer, modalidade na qual foi hexacampeão mundial. Júnior chegou a trabalhar como técnico de Flamengo e Corinthians, mas se encontrou na função de comentarista esportivo. Atualmente, faz parte do elenco da TV Globo.

Andrade (62 anos) – Apesar de ter sido expulso na final contra o Cobreloa, ainda é lembrado hoje como um dos principais jogadores da equipe que se sagrou campeã da Libertadores. Volante de elevada técnica, Andrade rodou bastante pelo mundo do futebol, chegou a jogar na Roma e arrastou a carreira até 1999, quando já tinha 42 anos. Depois de aposentado, continuou bastante ligado ao Fla. Durante muito tempo, foi auxiliar-técnico do clube. Em 2009, assumiu o comando da equipe interinamente, foi ficando e acabou ganhando o título brasileiro. Mesmo com a conquista, sua carreira não decolou, e Andrade jamais voltou a dirigir um time de primeira divisão.

Leandro (60 anos) – Apesar de ter sido um dos laterais direitos mais talentosos da história, o camisa 2 do Flamengo encarou a decisão da Libertadores improvisado no meio-campo. Além da camisa rubro-negra, Leandro só vestiu mais um uniforme ao longo da carreira, o da seleção brasileira, pela qual disputou a Copa-1982. Aposentado com apenas 31 anos devido a problemas no joelho, o ex-jogador administra uma pousada em Cabo Frio (RJ).

Zico (66 anos) – Capitão, craque e autor dos dois gols do Flamengo na final contra o Cobreloa, o ex-camisa 10 até hoje é sinônimo do clube carioca. Zico passou nada menos que 16 anos da sua carreira como profissional vestindo a camisa rubro-negra. Curiosamente, apesar de trabalhar como treinador há mais de duas décadas, jamais dirigiu o Fla. No banco de reservas, o hoje diretor técnico do Kashima Antlers trabalhou na Copa do Mundo-2006 com a seleção japonesa e foi campeão nacional de Turquia (Fenerbahce, em 2007) e Uzbequistão (Bunyodkor, em 2008).

Tita (61 anos) – Revelado nas categorias de base do Flamengo, o meia-atacante teve uma carreira das mais ricas. Além de ter defendido o clube rubro-negro, também jogou no Vasco, no Grêmio, no Internacional, teve passagens por Alemanha, Itália e México e disputou a Copa-1990. Desde 2000, trabalha como treinador. Tita dirigiu vários times pequenos do Rio, comandou o Vasco em duas oportunidades, chegou a trabalhar em equipes mexicanas e até foi auxiliar da seleção japonesa.

Adílio (63 anos) – Polivalente, o ex-volante também era capaz de atuar como meia de criação e até quebrar o galho no ataque. Foi assim que ele conquistou a torcida do Flamengo, clube que defendeu entre 1975 e 1987 e onde viveu seus melhores dias. Depois de deixar a equipe carioca, Adílio arriscou-se no futsal e fez parte da seleção campeã mundial de 1989. Mas sua despedida dos gramados só aconteceu oito anos depois. Adílio foi treinador na Arábia Saudita, trabalhou com Zico no CFZ e ficou na base do Fla de 2003 a 2008. Em julho, foi homenageado pelo clube carioca com um busto na Gávea.

Nunes (65 anos) – Único atacante de verdade na escalação do técnico Paulo César Carpegiani, Nunes passou em branco nos três jogos da decisão, mas é um ídolo dos grandes para o torcedor flamenguista. O camisa 9 teve três passagens pelo clube e também jogou no México, em Portugal e até em El Salvador. Depois de aposentado, foi subsecretário de esportes de Nova Iguaçu (RJ) e tentou, sem sucesso, ser eleito deputado estadual no Rio de Janeiro.

Anselmo (60 anos) – Única substituição feita por Carpegiani na final, o ex-atacante entrou a campo já nos minutos finais da partida contra o Cobreloa, deu um soco no zagueiro Mario Soto e foi expulso. O cartão vermelho transformou Anselmo em um ídolo da torcida do Flamengo, que estava com o adversário preso na garganta pelo excesso de violência praticado nas partidas anteriores da decisão. O ex-jogador mudou-se para Portugal já na reta final da carreira e, depois de aposentado, trabalhou em uma escola.

Paulo César Carpegiani (70 anos) – Em 1981, quando ganhou a Libertadores e também o Mundial de Clubes, Carpegiani era um ex-jogador de apenas 32 anos que havia acabado de se aposentar e estava tendo sua primeira experiência como treinador. Quase quatro décadas mais tarde, comandar times de futebol ainda é sua profissão. Ao longo de todo esse tempo, o ex-meia passou por boa parte dos maiores clubes do Brasil, teve experiências no exterior e chegou a comandar o Paraguai na Copa-1998. No entanto, nunca voltou a conquistar títulos tão expressivos quanto os levantados no primeiro ano de sua carreira.


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Fla com R$ 314 mi e River, R$ 223 mi; Libertadores terá o campeão mais caro http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/11/21/libertadores-2019-tera-o-campeao-mais-caro-de-todos-os-tempos/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/11/21/libertadores-2019-tera-o-campeao-mais-caro-de-todos-os-tempos/#respond Thu, 21 Nov 2019 07:00:58 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=15028 Não importa se vai dar Flamengo ou River Plate na decisão deste sábado. A Copa Libertadores da América já sabe que consagrará neste ano seu campeão mais caro de todos os tempos.

Tanto o time brasileiro quanto a equipe argentina investiram pesado na construção dos seus elencos atuais, mais do que qualquer outro clube que já conquistou o principal torneio interclubes do futebol sul-americano.

Crédito: Pilar Olivares/Reuters

Segundo dados do “Transfermarkt”, site especializado na cobertura do mercado global do futebol, o Flamengo gastou 67,5 milhões de euros (R$ 314,6 milhões) só com compra e empréstimo dos direitos econômicos dos jogadores que hoje estão à disposição do técnico Jorge Jesus.

O curso da montagem do elenco do River foi um pouco mais baixo, 47,8 milhões de euros (R$ 222,8 milhões), ainda assim mais alto do que a de todos os campeões anteriores da história da Libertadores.

O recorde de time mais caro a conquistar o posto de campeão sul-americano pertence ao clube argentino. No ano passado, a equipe dirigida por Marcelo Gallardo havia custado 46,6 milhões de euros (R$ 217,2 milhões, na cotação atual).

Os dois finalistas deste ano deste ano têm atualmente em seus elencos os jogadores mais caros já contratados por eles (e também dos seus respectivos países).

No caso do Fla, o reforço mais caro da história é o meia uruguaio Giorgian de Arrascaeta, tirado do Cruzeiro no começo de 2019 por 15 milhões de euros (quase R$ 70 milhões). Os outros dois integrantes desse pódio (Vitinho e Gerson) também estão na equipe que decide a Libertadores.

Já o River tem com recordista o centroavante Lucas Pratto, ex-Atlético-MG, que foi contratado do São Paulo em janeiro do ano passado por 11,5 milhões de euros (R$ 53,6 milhões). Mas, apesar do investimento grandioso, hoje ele é reserva dos “Millonarios”.

Curiosamente, alguns dos jogadores mais importantes do time brasileiro e da equipe argentina foram contratações “gratuitas” ou que não custaram tanto assim.

O Fla não precisou pagar nada a Bayern de Munique e Atlético de Madri para contar com os laterais Rafinha e Filipe Luís. Como estavam com seus contratos encerrados, os dois jogadores custaram “apenas” o valor dos seus salários e o bônus que receberam pela assinatura do vínculo.

O River também não pagou nenhum clube para ter o volante Leonardo Ponzio, seu capitão. Já o zagueiro Javier Pinola, o meia Enzo Pérez e o atacante Rafael Santos Borré, três pilares da estratégia de Gallardo, custaram só 1,4 milhão de euros (R$ 6,5 milhões), 2,5 milhões de euros (R$ 11,6 milhões) e 3 milhões de euros (R$ 14 milhões), respectivamente.

Flamengo e River Plate decidem depois de amanhã, em Lima (Peru), qual é o melhor time da América do Sul neste ano. Os brasileiros, campeões em 1981, buscam o segundo título de Libertadores de sua história. A equipe argentina, vencedora em 1986, 1996, 2015 e 2018, quer o penta.


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