fifa – Blog do Rafael Reis http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br Esse espaço conta as história dos jogadores fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público. Thu, 12 Mar 2020 12:29:00 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Como trio de mentores brasileiros ajudou a “construir” Cristiano Ronaldo http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/09/18/como-trio-de-mentores-brasileiros-construiu-cristiano-ronaldo/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/09/18/como-trio-de-mentores-brasileiros-construiu-cristiano-ronaldo/#respond Wed, 18 Sep 2019 07:00:02 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=14349 Finalista da eleição de melhor jogador do mundo pela 12ª vez na carreira e cinco vezes vencedor do prêmio, Cristiano Ronaldo nasceu em Funchal, na Ilha da Madeira, e é genuinamente português.

Mas o sucesso do camisa 7 da Juventus, que estreou hoje na fase de grupos da Liga dos Campeões da Europa, em empate com o Atlético de Madri, na capital espanhola, não foi obra exclusiva dos lusitanos.

Crédito: Getty Images

Para se transformar em um colecionador de títulos e em um dos protagonistas do futebol mundial no século 21, CR7 recebeu uma ajudinha preciosa de mão brasileiras.

Três dos principais mentores do craque, que o ajudaram a lapidar a técnica dos seus fundamentos e desenvolver a mentalidade vencedora que marca sua carreira, são representantes do único país vencedor de cinco edições da Copa do Mundo.

O ex-lateral direito César Prates (ex-Corinthians, Atlético-MG, Vasco e Botafogo) foi a inspiração de Ronaldo para desenvolver seu método particular de cobrar faltas. Os dois atuaram juntos no Sporting entre 2001 e 2003, nas duas primeiras temporadas do português como profissional.

“Uma coisa muito legal foi que eu batia faltas e chamava ele. Ensinava a fazer cobranças de falta. Foi algo legal. Quando eu vejo ele batendo na bola, fico muito feliz. Vejo que não sou responsável direto, mas era uma das virtudes que eu tinha e não queria que ficasse só comigo. Ele ficava batendo 20, 30 bolas depois do treino. Eu chamava ele e ensinava. Ele ouviu e colocou aquela postura”, disse Prates, ao UOL, em 2012.

Outro brasileiro que exerceu enorme influência sobre Ronaldo no início da carreira foi Jardel. Nos primeiros dias de CR7 como profissional, o ex-atacante, que defendeu Vasco, Grêmio e Palmeiras, não era só seu companheiro no Sporting, mas também um parente próximo.

Nos tempos em que namorava Jordana, irmã do brasileiro, o futuro astro aproveitava o cunhado, especialista no jogo aéreo, para desenvolver uma de suas habilidades em que hoje mais se destaca: as cabeçadas.

“Ele aprendeu muitas coisas comigo, como eu aprendi com ele. Principalmente no cabeceio. Se perguntar ao Cristiano Ronaldo se o Jardel era a referência dele como cabeceador, com certeza ele vai falar. Eu falava assim: ‘Aprende aí a fazer gol, miúdo’. E agora estou aprendendo com ele, cinco vezes melhor do mundo”, disse Jardel, ao site português “OGol”.

Mas o principal e mais conhecido professor brasileiro do camisa 7 da Juventus foi mesmo Luiz Felipe Scolari. Felipão foi responsável pelas primeiras convocações de CR7 para a seleção, trabalhou com ele durante cinco anos e o dirigiu em duas edições da Eurocopa (2004 e 2008) e no Mundial de 2006.

Ronaldo foi comandado pelo treinador do penta em 58 de suas 157 partidas pela seleção e encorpou muito do “Scolarismo” à sua filosofia particular. A principal lição de Felipão que ele abraçou foi a ideia de que “vale tudo” pela vitória: o resultado é mais importante do que jogar um futebol vistoso, e os gols valem bem mais que os dribles e jogadas individuais.

“É um treinador que mudou a mentalidade dos portugueses e dos nossos jogadores. Ele deu muito ao nosso país e me ajudou bastante”, disse o atacante, logo depois da Copa de 2006, sobre o mentor.

Campeão em 2008, 2013, 2014, 2016 e 2017, vice em 2009, 2011, 2012, 2015 e 2018 e terceiro colocado em 2007, Cristiano Ronaldo disputa o prêmio de melhor jogador do planeta na última temporada contra o argentino Lionel Messi (Barcelona) e o holandês Virgil van Dijk (Liverpool).

Os vencedores do “The Best” serão conhecidos nesta segunda-feira, em Milão (ITA), durante a cerimônia anual das várias premiações distribuídas pela Fifa. No feminino, concorrem ao troféu as norte-americanas Alex Morgan e Megan Rapinoe, além da inglesa Lucy Bronze.


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Por que a Fifa tem mais países filiados que a ONU? http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/09/10/por-que-a-fifa-tem-mais-paises-filiados-que-a-onu/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/09/10/por-que-a-fifa-tem-mais-paises-filiados-que-a-onu/#respond Tue, 10 Sep 2019 07:20:46 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=14221 “O futebol é tão importante que a Fifa conta com mais países filiados que a ONU”. É bem provável que você, em algum momento da vida, já tenha ouvido esse argumento sobre a popularidade da modalidade.

Porém, como é possível que essa afirmação seja verdadeira se o mundo é um só e se, pelo menos em tese, não há como uma determinada nação praticar futebol e criar uma seleção se ela nem ao mesmo existe?

Crédito: Divulgação

Bem, antes de responder a essa pergunta, é necessário primeiramente checar a veracidade da afirmação de que a Fifa conta com um número maior de afiliados que a Organização das Nações Unidas.

Atualmente, a entidade que gerencia o futebol mundial conta com 211 associações nacionais filiadas. Todas elas possuem seleções próprias que disputam as competições chanceladas pelo órgão, como as eliminatórias para a Copa do Mundo.

O número deve crescer nos próximos anos, já que há uma lista de espera de países em busca de reconhecimento da Fifa.

Já a ONU, que foi criada em 1945 e contava originalmente com 51 nações-fundadoras, tem hoje 193 países. Eles estão aptos a participar da Assembleia Geral da entidade, que é realizada anualmente – há também edições extras do encontro, normalmente para discutir temas mais específicos.

A diferença no número de filiados das suas entidades é resultado de algumas decisões tomadas por elas. A principal é que a Fifa aceita como nações independentes alguns territórios que, na prática, são submissos a governos de outros países.

O caso mais conhecido vem da Europa. No mundo do futebol, Inglaterra, Escócia, Gales e Irlanda do Norte formam quatro seleções diferentes. Mas, na ONU e no “planeta político”, eles são todos o mesmo país: o Reino Unido.

Há outros exemplos. O arquipélago de Curaçao, localizado no Mar do Caribe, é filiado à Fifa e disputa as competições de futebol como se fosse um país em voo solo. Só que, oficialmente, ele é um território vinculado à Holanda e que responde ao rei Willem-Alexander.

O mesmo acontece com Gibraltar e Anguilla (Reino Unido), Porto Rico e Samoa Americana (Estados Unidos), Hong Kong e Macau (China), Aruba (Holanda), Nova Caledônia (França) e uma porção de outros “países”.

Há também nações que fazem parte da Fifa e possuem suas próprias seleções, mas que não existem perante os olhos da ONU porque não são reconhecidas como independentes por alguns dos seus membros.

Esse é o caso da Palestina, que não é reconhecida por Israel, Estados Unidos e parte considerável dos integrantes da União Europeia, e de Kosovo, cuja existência como nação autônoma é negada, por exemplo, pela Sérvia e pela Rússia.

Curiosamente, há também países que fazem parte da ONU, mas que não contam como associação nacional vinculada à Fifa e que, por isso, não possuem seleções próprias. A maioria deles é composta por pequenos arquipélagos, como Kiribati, Micronésia, Palau e Tuvalu.


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Como TV pirata da Arábia virou inimiga número 1 da Fifa e das grandes ligas http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/01/30/como-tv-pirata-da-arabia-virou-inimiga-numero-1-da-fifa-e-das-grandes-ligas/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2019/01/30/como-tv-pirata-da-arabia-virou-inimiga-numero-1-da-fifa-e-das-grandes-ligas/#respond Wed, 30 Jan 2019 06:00:26 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=11282 Uma emissora de televisão baseada na Arábia Saudita e supostamente financiada pelo governo local se transformou em uma espécie de inimiga número um das principais entidades que gerenciam o futebol e também das ligas nacionais mais importantes do planeta.

A “declaração de guerra” veio na semana passada, quando Fifa, Uefa, AFC (Confederação Asiática de Futebol), La Liga (Campeonato Espanhol), Premier League (Inglês) e Bundesliga (Alemão) emitiram um comunicado conjunto condenando as ações da rede BeoutQ.

Crédito: Reprodução

De acordo com a carta, divulgada pelos canais de comunicação dessas seis entidades, a emissora tem transmitido eventos esportivos sobre os quais não tem direito. Ou seja, esses órgãos acusam os sauditas de estarem praticando pirataria em eventos como a Copa da Ásia-2019 e a Liga dos Campeões da Europa.

“As atividades da BeoutQ são uma violação clara e flagrante dos nossos direitos de propriedade intelectual. A pirataria da BeoutQ não prejudica apenas a nós, detentores de direitos, mas também os canais licenciados legítimos e, finalmente, os torcedores das nossas competições. O dinheiro arrecadado com a venda dos direitos de transmissão permite-nos ajudar a apoiar os participantes, assim como desenvolver o esporte pelo qual somos responsáveis. A pirataria mata este investimento”, afirma o comunicado.

Ainda na carta, as entidades prometem “trabalhar de perto com os parceiros e as autoridades competentes para fazer cumprir e defender os nossos direitos de propriedade intelectual e acabar com esta pirataria generalizada para benefício de todos”.

Essa não é a primeira vez que a BeoutQ é acusada de violação dos direitos autorais de eventos esportivos. No ano passado, a Fifa ameaçou processar a emissora por transmitir ilegalmente a partida de abertura da Copa do Mundo, entre Rússia e Arábia Saudita. Logo depois, foi a vez da Liberty Media, dona da F1, realizar a mesma ameaça em virtude de exibições ilegais da principal categoria do automobilismo mundial.

O que diferencia a empresa de várias outras plataformas espalhadas pela internet que fazem pirataria e reproduzem de forma irregular conteúdos produzidos por canais que possuem os direitos de transmissão dos eventos é a questão geopolítica ligada à sua existência.

A BeoutQ nasceu em 2017, justamente na época em que o governo da Arábia Saudita decidiu cortar relações diplomáticas com o Qatar sob acusação de que o país estava colaborando com grupos terroristas. Coincidência ou não, a emissora tem pirateado o sinal da BeIN Sports, empresa qatariana que transmite os principais campeonatos do planeta para o Oriente Médio.

O canal já conduziu uma investigação própria e concluiu que o responsável pelo esquema de captação e retransmissão dos eventos conta com apoio do governo saudita. A prova dessa conexão seria que o sinal de BeoutQ é espalhado pelo Oriente Médio, via Arabsat, a empresa de satélites do país rival.

As autoridades sauditas, no entanto, negam que sejam responsáveis pelo esquema de pirataria. Também dizem não ter nenhuma ligação com o nome da companhia: BeoutQ, um trocadilho com BeIN e uma redução da frase “Be Out Qatar”, algo como “Fique Fora, Qatar”.

Vale lembrar que o Qatar será sede da próxima edição da Copa do Mundo e é um dos grandes financiadores do futebol mundial na atualidade. O Paris Saint-Germain, por exemplo, é bancado por um fundo de investimentos do país árabe. Já a Qatar Airways, empresa aérea do país, é uma das patrocinadoras da Fifa.


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Superliga europeia é ideia elitista, mas parece caminho inevitável http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2018/11/11/superliga-europeia-e-ideia-elitista-mas-parece-caminho-inevitavel/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2018/11/11/superliga-europeia-e-ideia-elitista-mas-parece-caminho-inevitavel/#respond Sun, 11 Nov 2018 06:00:02 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=10363 Somadas as últimas cinco temporadas do Campeonato Francês, o Paris Saint-Germain obteve quase 400 pontos. O segundo time mais eficiente, o Monaco, não chegou nem a 320. Algo semelhante acontece na Alemanha: enquanto o Bayern de Munique já passou dos 350 pontos, o Borussia Dortmund está na casa dos 270.

Na Itália, o domínio da Juventus é absoluto. Já são sete anos consecutivos se sagrando campeã nacional e tudo indica que a história de 2018/19 terá o mesmo final feliz de sempre.

Das cinco principais ligas nacionais da Europa, apenas a inglesa e a espanhola ainda podem dizer que têm algum grau de equilíbrio na disputa pelo título (ainda que, na segunda, a briga se resuma a Barcelona, Real Madrid e Atlético de Madri).

A discrepância cada vez maior de forças e a crescente concentração de dinheiro e grandes estrelas do futebol nas mãos de alguns poucos clubes é a razão pela qual o surgimento da Superliga Europeia nos próximos anos parece algo inevitável.

A ideia, que veio à tona há cerca de uma semana graças ao “Football Leaks”, não poderia ser mais elitista.

Onze gigantes do Velho Continente (Chelsea, Arsenal, Liverpool, Manchester United, Manchester City, Real Madrid, Barcelona, Bayern de Munique, Milan, Juventus e PSG) se uniram para criar a nova competição a partir de 2021. Atlético de Madri, Borussia Dortmund, Olympique de Marselha, Inter de Milão e Roma seriam os outros clubes convidados para completar o grupo.

O projeto não prevê divisões inferiores. Ou seja, nada de acesso ou rebaixamento. Isso significa que a Superliga teria sempre os mesmos times, o mesmo grupinho que compõe a elite da elite do futebol europeu (e mundial).

Ainda que a ideia inicial seja tentar encontrar uma brecha no calendário atual para tentar inserir a nova competição, não tardará para aparecem vozes defendendo que elas substituam os campeonatos nacionais.

Afinal, vira e mexe aparece na Europa algum dirigente defendendo a fusão de ligas de diferentes países ou mesmo que essas competições nacionais já não são mais interessantes para as principais equipes que as disputam.

E a verdade é que realmente não são. Para o PSG, jogar o Campeonato Francês é até menos empolgante do que a disputa do Gauchão para Internacional e Grêmio. Torneios que todo mundo sabe como será o fim não são interessantes para o público e nem mesmo para os jogadores envolvidos.

É claro que o ideal seria conseguir fortalecer os clubes menores de França, Alemanha, Itália, Espanha e Inglaterra para que as ligas nacionais voltassem a ser competitivas, equilibradas e surpreendentes.

Mas isso significaria distribuir melhor as receitas do futebol de um país. Na prática, tirar dinheiro dos grandes para dar para os pequenos. Uma proposta que dificilmente algum dos gigantes aceitaria de bom grado.

É por isso que eles preferem se unir em uma liga só deles: uma competição formada apenas por endinheirados e com astros espalhados por diferentes times. Mais jogadores conhecidos, mais equilíbrio, mais público, mais dinheiro. Uma equação que agrada muito mais a eles.

A Fifa não gostou da ideia e até ameaçou excluir da Copa do Mundo os atletas dos times envolvidos no projeto. Mas essa é uma queda de braço que está apenas começando. E dificilmente os clubes mais poderosos do planeta sairão derrotados.


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Sem diálogo com a Fifa, engenheiro processa entidade por autoria do VAR http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2018/10/16/sem-dialogo-com-a-fifa-engenheiro-processa-entidade-por-autoria-do-var/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2018/10/16/sem-dialogo-com-a-fifa-engenheiro-processa-entidade-por-autoria-do-var/#respond Tue, 16 Oct 2018 07:20:04 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=10065 Ignorado pela Fifa na disputa pela propriedade intelectual do VAR (sigla em inglês para árbitro assistente de vídeo), o engenheiro boliviano Fernando Méndez Rivero decidiu processar a entidade que gerencia o futebol mundial.

O inventor protocolou na semana passada uma denúncia contra a instituição na Justiça de Buenos Aires, capital da Argentina, sob alegação de que o uso do sistema em competições do mundo todo está sendo feito de forma irregular.

Méndez Rivero alega que o VAR, que foi utilizado na última Copa do Mundo-2018 e hoje faz parte de boa parte dos principais torneios de futebol do planeta, é plágio de um mecanismo desenvolvido e patenteado por ele há 13 anos, o ”Projeto Piloto de Arbitragem Eletrônica”.

“Meus direitos autorais estão protegidos em 186 países do mundo porque a Bolívia está inscrita em dois grandes convênios de propriedade intelectual, o Convênio de Berna e o Convênio de Paris”, afirmou, por telefone.

No fim do mês passado, o engenheiro enviou uma notificação extrajudicial à Fifa solicitando a interrupção do uso do árbitro do vídeo em todas as competições organizadas pela própria entidade e por suas afiliadas (como Conmebol, Uefa e federações nacionais).

No entanto, segundo Méndez Rivero, seu advogado não recebeu nenhuma resposta do órgão, motivo pelo qual eles decidiram deixar de lado a tentativa de costurar um acordo amigável para acionar a Justiça.

O engenheiro pede uma indenização de US$ 104,5 milhões (cerca de R$ 395 milhões) pelo que considera uma utilização indevida da aparelhagem.

Além da entidade global, a Conmebol também é parte do processo do boliviano devido ao uso do VAR nas partidas do mata-mata da Libertadores. Outras duas empresas, a Mediapro e um braço Sony, que fornecem equipamentos para a arbitragem em vídeo, constam na ação protocolada pelo engenheiro.

Procurada pela blog, a Fifa não se posicionou sobre a acusação e nem sobre o processo judicial até a publicação desta reportagem.

O VAR começou a ser testado há seis anos pela Federação Holandesa de Futebol. Em 2016, começou a se espalhar por ligas de todo o planeta. Dois anos depois, estreou na Copa do Mundo.

Atualmente, é utilizado em boa parte dos principais campeonatos de primeiro escalão, como Italiano, Espanhol, Alemão e Francês, além da Libertadores e da Copa do Brasil. Na próxima temporada, estará disponível também nas partidas da Liga dos Campeões da Europa.


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Boliviano notifica Fifa e pede interrupção do uso do VAR por plágio http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2018/09/30/inventor-notifica-fifa-e-pede-interrupcao-no-uso-do-var-em-todo-o-mundo/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2018/09/30/inventor-notifica-fifa-e-pede-interrupcao-no-uso-do-var-em-todo-o-mundo/#respond Sun, 30 Sep 2018 07:00:40 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=9895 O engenheiro boliviano Fernando Méndez Rivero enviou na última sexta-feira uma notificação extrajudicial à Fifa requerendo a interrupção da utilização do árbitro de vídeo em competições organizadas pela entidade e suas filiadas.

De acordo com o documento, que também foi encaminhado às confederações regionais (como Conmebol e Uefa) e às associações nacionais (como CBF e Afa), o uso do sistema é ilegal por desobedecer os seus “direitos intelectuais”.

Méndez Rivero também cobra da Fifa e das outras entidades que já recorreram ao VAR uma indenização na casa de US$ 104,5 milhões (quase R$ 420 milhões) pelo uso indevido da aparelhagem.

O inventor considera que o sistema utilizado na última Copa do Mundo e em algumas das principais competições do planeta é um plágio do seu “Projeto Piloto de Arbitragem Eletrônica”, patenteado na Bolívia em 2005.

Em entrevista concedida há 20 dias ao “Blog do Rafael Reis”, Méndez Rivero afirmou que seu projeto foi enviado à Fifa logo depois de finalizado, mas que jamais recebeu nenhuma resposta da entidade.

“A minha ideia foi instalar seis câmeras pelo campo. É o suficiente para cobrir ele todo. Era uma câmera atrás do gol, uma na linha lateral direita e outa na esquerda. E isso se repetia do outro lado do gramado. Além disso, o árbitro usaria um microfone e poderia ver as imagens quando necessário”, disse.

De acordo com a notificação, a Fifa tem 72 horas para responder à solicitação feita pelo advogado do engenheiro e interromper a utilização do VAR.

O documento diz ainda que, caso o pedido seja ignorado, Méndez Rivero irá iniciar “as ações legais pertinentes a fim de fazer valer seus direitos intelectuais e econômicos”.

O VAR (sigla em inglês para árbitro assistente de vídeo) começou a ser testado há seis anos pela Federação Holandesa de Futebol. Em 2016, começou a se espalhar por ligas de todo o planeta. Dois anos depois, estreou na Copa do Mundo.

Atualmente, é utilizado em boa parte dos principais campeonatos de primeiro escalão, como Italiano, Espanhol, Alemão e Francês, além da Libertadores e da Copa do Brasil. Na próxima temporada, estará disponível também nas partidas da Liga dos Campeões da Europa.

Procurada pela reportagem, a Fifa não se posicionou sobre o tema até a publicação deste texto.


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Não que o brasileiro tenha declarado uma especial torcida pelo camisa 10 croata. Mas o triunfo do meia traz pelo menos dois aspectos positivos que podem ajudar o craque do Paris Saint-Germain a não se desesperar na busca pelo prêmio concedido pela Fifa.

O primeiro é o fim da hegemonia de dez anos de conquistas consecutivas de CR7 e Lionel Messi e, consequentemente, da pressão para que Neymar fosse o responsável por colocar fim a essa bipolarização na eleição de maior craque do planeta.

Além disso, a idade elevada de Modric é uma ótima notícia para o atacante do PSG. Com 33 anos recém-completados, o croata é o segundo jogador mais velho a conquistar o prêmio –o italiano Fabio Cannavaro tinha 33 anos e 4 meses em 2006.

Neymar é quase sete anos mais jovem do que o novo melhor jogador do mundo. Ou seja, descobriu na última segunda-feira que não precisa se desesperar e ainda tem um bom tempo pela frente para poder ser o vencedor do “The Best”.

Apesar do aparecimento de uma geração de atletas talentosos mais novos do que ele, como os franceses Paul Pogba (25) e Kylian Mbappé (19), além do espanhol Marco Asensio (22), o brasileiro ainda tem o tempo a seu favor.

Aquela ideia de que é preciso ingressar na lista dos vencedores do prêmio ainda na primeira metade da carreira, como aconteceu com Lionel Messi (22), Cristiano Ronaldo (23), Ronaldinho (24) e Kaká (25),, ficou no passado.

Hoje, com as melhoras na preparação física e na medicina esportiva, é possível chegar ao auge um pouco mais tarde. E, como provou Modric, ganhar seu primeiro prêmio de melhor do mundo já depois dos 30 anos.

Por isso, Neymar pode ganhar mais tempo para amadurecer e chegar, enfim, a ser aquilo que o torcedor brasileiro (e a maior parte do seu estafe) espera dele.

O camisa 10 da seleção de Tite já foi duas vezes finalista do prêmio da Fifa. Em 2015 e 2017, ele terminou na terceira colocação. Neste ano, não entrou nem mesmo entre os dez indicados.

O Brasil vive o maior jejum da sua história na eleição de melhor do mundo. A última vitória do país pentacampeão foi conquistada em 2007, com Kaká. Além dele, Romário (1994), Ronaldo (1996, 1997 e 2002), Rivaldo (1999) e Ronaldinho (2004 e 2005) também foram escolhidos o número um do planeta.


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Boliviano diz que inventou VAR, acusa Fifa de plágio e quer US$ 100 milhões http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2018/09/11/boliviano-diz-que-inventou-var-acusa-fifa-de-plagio-e-quer-us-100-milhoes/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2018/09/11/boliviano-diz-que-inventou-var-acusa-fifa-de-plagio-e-quer-us-100-milhoes/#respond Tue, 11 Sep 2018 07:00:19 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=9671 “A minha ideia foi instalar seis câmeras pelo campo. É o suficiente para cobrir ele todo. Era uma câmera atrás do gol, uma na linha lateral direita e outa na esquerda. E isso se repetia do outro lado do gramado. Além disso, o árbitro usaria um microfone e poderia ver as imagens quando necessário.”

Qualquer semelhança entre o “Projeto Piloto de Arbitragem Eletrônica”, desenvolvido pelo engenheiro civil boliviano Fernando Méndez Rivero, e o VAR (sigla em inglês para árbitro assistente de vídeo), utilizado na última Copa do Mundo e em boa parte dos principais campeonatos do planeta, não é mera coincidência.

Pelo menos é isso que alega o inventor de 63 anos. Segundo Méndez, a Fifa tinha total conhecimento do sistema que desenvolvido há 13 anos, copiou seu projeto e não pagou nada pelos direitos intelectuais.

“A ideia nasceu em 2004. Fui assistir a um jogo do Oriente Petrolero, meu time de coração, contra seu arquirrival, o Blooming. Perdemos a partida por causa de um pênalti que não existiu marcado a dois minutos do fim. Voltei para casa bravo, sentei no computador e comecei a desenhar o projeto no qual trabalhei durante sete ou oito meses”.

“O VAR é exatamente o que era meu desenho. É 100% plágio. Depois que terminei o projeto, registrei a patente no Senapi [Serviço Nacional de Propriedade Intelectual da Bolívia – é esse o documento que Méndez segura na foto acima] e o enviei para a Fifa e para todas as federações nacionais e regionais.”

Segundo Méndez, ninguém da Fifa jamais respondeu ao seu contato. O único dirigente importante que o procurou para conversar sobre a possível implantação do árbitro eletrônico foi o então presidente da CBF, Ricardo Teixeira. “Ele me ligou e conversamos durante dois minutos. Ricardo Teixeira me parabenizou pelo projeto, disse que ia analisar a viabilidade dele e que apoiaria meu trabalho”, afirmou.

Jogador profissional na década de 1970, o engenheiro afirma ainda que atualizou seu projeto em 2012 e voltou a enviá-lo para Fifa. Mas, mais uma vez, não recebeu nenhuma resposta. Anos depois, começou a ver o VAR ser implantado em várias ligas nacionais e também no Mundial da Rússia-2018.

“Todo mundo que trabalha é digno de um salário. Eu passei meses nesse projeto pensando em solucionar os problemas do futebol daquela época, do futebol de hoje e do futebol que está por vir. Mereço ser remunerado por isso.”

Por enquanto, Méndez ainda não acionou a Fifa na Justiça. O inventor está rodando a América do Sul em busca de aliados para um possível confronto com a entidade máxima do futebol mundial. Nos próximos dias, ele irá se encontrar com o presidente da Bolívia, Evo Morales, para discutir o tema. “Sou uma pulga em um duelo contra um elefante. Sozinho, não tenho forças para chegar à Fifa. Preciso de ajuda de gente que é maior que eu.”

O boliviano quer uma indenização de US$ 500 mil (R$ 2,1 milhões) por entidade que utilizar o VAR em alguma competição que organiza. Em seus cálculos, isso pode lhe render cerca de US$ 100 milhões (R$ 433 milhões). “Acho que esse é o valor justo por um trabalho que é tão magnífico. Mas não vou ficar com tudo para mim. Meu compromisso é doar metade para os pobres, para o serviço social e para obras de evangelização.”


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Cidade italiana de 47 mil habitantes recebe troféu da Copa para reparos http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2018/08/05/cidade-italiana-de-45-mil-habitantes-recebe-trofeu-da-copa-para-reparos/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2018/08/05/cidade-italiana-de-45-mil-habitantes-recebe-trofeu-da-copa-para-reparos/#respond Sun, 05 Aug 2018 07:00:11 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=9293 Um pequeno galpão industrial, onde trabalham apenas sete ourives, na nanica cidade de Paderno Dugnano, de 47 mil habitantes, localizada na região metropolitana de Milão, no norte da Itália.

É nesse local bem diferente do glamour de um estádio de final da Copa do Mundo que o troféu mais desejado do planeta volta a ficar como novo depois dos danos causados pela festa (sempre excessiva) da seleção campeã mundial.

A cada quatro anos, a cena se repete. Algumas semanas depois do fim do Mundial, o time vencedor da Copa precisa entregar a taça para a empresa GDE Bertoni, que será responsável por restaurá-la.

Por razões de segurança e também para não alterar a rotina pacata de Paderno Dugnano, o processo acontece sempre em um sigilo absoluto.

Ou seja, pouca gente sabe se o troféu da Copa-2018 que a França exibe com orgulho atualmente ainda é o original (que irá para a oficina nos próximos dias) ou se já é a réplica feita de uma liga de cobre e zinco, banhada com três camadas de ouro, que ficará com a federação em definitivo.

A GDE Bertoni foi a empresa responsável pelo projeto e pela confecção da atual taça da Copa do Mundo, que foi colocada em disputa pela primeira vez em 1974, depois de a Jules Rimet sair de circulação devido ao tricampeonato da seleção brasileira.

Desde então, a empresa tem a missão de restaurá-la a cada novo ciclo e fazer com que ela volte a parecer “novinha em folha” para ser colocada mais uma vez em disputa no Mundial seguinte.

O trabalho de reparos dura cerca de duas semanas. O troféu, que pesa 6 kg de ouro maciço, é limpo e polido para voltar a ganhar brilho. Além disso, aquelas duas faixinhas verdes, localizadas na parte de baixo do artefato e feitas de um material frágil chamado malaquita, são substituídas por novas.

Por fim, a empresa grava na base da taça o nome da nova seleção campeã mundial, com um detalhe importante. Esse nome sempre é escrito na língua do país que venceu a Copa. Ou seja, neste ano, o troféu ganhará a inscrição “2018 – France”.

Só depois de todos esses reparos, o objeto mais cobiçado do futebol mundial retorna para a sede da Fifa, em Zurique (SUI), onde fica guardado até o início do tour global da taça que serve como promoção para a próxima Copa.

O Mundial-2022 será disputado no Qatar e, devido ao calor do verão no Oriente Médio, não acontecerá no meio do ano, como de costume. O pontapé inicial do torneio está previsto para 21 de novembro. Já a final será jogada em 18 de dezembro.


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No futebol, transexual joga no masculino e até fez parte de seleção http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2018/03/03/7781/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2018/03/03/7781/#respond Sat, 03 Mar 2018 07:00:07 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=7781 Jaiyah Saelua nasceu com órgão sexual masculino, cresceu como menino, mas jamais se identificou com esse gênero. Durante a adolescência, mudou seu corpo, abandonou seu nome de batismo, Johnny, e assumiu uma identidade feminina.

Apaixonada por esporte, encontrou espaço no futebol, após uma experiência frustrada no balé. Mas, ao contrário de Tiffany, transexual que se tornou a principal atração (e também a maior polêmica) da atual temporada da Superliga feminina de vôlei, no Brasil, decidiu competir entre os homens.

Saelua tem 1,88 metro, 29 anos e uma carreira no esporte mais popular do planeta. Ela é zagueira em Samoa Americana, um micro-país de 55 mil habitantes localizado no meio do Oceano Pacífico. E, durante quase uma década, fez parte da seleção que ocupa a 194ª colocação no ranking da Fifa.

A jogadora começou a se tornar conhecida fora de sua terra natal há sete anos, quando se tornou a primeira transexual a disputar uma partida das eliminatórias da Copa do Mundo – vitória por 2 a 1 sobre Tonga, a primeira em jogos oficiais na história do país.

A vida de Saelua mudou radicalmente desde então. A samoana viu sua história aparecer em um filme (o documentário “Next Goal Wins”, lançado em 2014), deu entrevista para alguns dos principais veículos de imprensa do mundo, como o britânico “Guardian” e a canadense/norte-americana “Vice”, foi convidada para integrar o júri de um prêmio em prol da diversidade criado pela Fifa em 2016 e virou advogada especializada em casos de discriminação.

A zagueira é uma “fa’afafine”, minoria sexual considerada como uma espécie de “terceiro gênero” que faz parte da cultura e é aceita socialmente há muito na Polinésia, a região onde fica Samoa Americana. Até por isso, ela só conheceu o preconceito quando se mudou para o Havaí e tentou ingressar no time de futebol masculino da universidade onde estudava.

“Quando faltavam 15 minutos para o aquecimento, o técnico me chamou e avisou que teria de me mandar para casa porque não queria deixar os outros jogadores em situação desconfortável. Foi minha primeira grande experiência de discriminação”, disse, ao “Guardian”.

Sobre o papel de combatente pública do preconceito que exerce desde que foi “descoberta” pelo mundo do futebol, Saelua confessou que chegou a sentir um certo incômodo com a situação, mas admitiu que essa se tornou uma espécie de missão sua.

“Eu não estava realmente preparada para isso, então foi um pouco avassalador. Eu tive que fazer algumas pesquisas para ver como as pessoas percebem as pessoas transgêneros no esporte. Ainda há uma luta global contra a homofobia. E eu carrego uma bandeira que nem é tão conhecida, a do combate à transfobia.”


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