croácia – Blog do Rafael Reis http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br Esse espaço conta as história dos jogadores fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público. Thu, 12 Mar 2020 12:29:00 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Como Modric foi de melhor do mundo a problema para o Real em 5 meses http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2018/12/21/10853/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2018/12/21/10853/#respond Fri, 21 Dec 2018 06:00:23 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=10853 Em julho, Luka Modric conduziu a seleção croata ao maior feito de sua história. O vice-campeonato mundial conquistado na Rússia-2018 foi determinante para que o meia fosse eleito pela primeira vez na carreira o melhor jogador do planeta.

Mas, neste sábado, às 14h30 (de Brasília), quando o camisa 10 do Real Madrid pisar no gramado para enfrentar o Al-Ain, dos Emirados Árabes, na decisão do Mundial de Clubes da Fifa, poucos lembrarão do tamanho do seu prestígio.

Crédito: Tatyana Makeyeva/Reuters

Cinco meses foram suficientes para transformar o sucessor de Lionel Messi e Cristiano Ronaldo no posto de jogador número um da Terra em um problemão para o atual tricampeão europeu e bi mundial.

O Modric de 2018/19 pouco lembra o jogador que conduzia o meio-campo do Real nas últimas temporadas e, muito menos, aquele que transformou a Croácia em uma das seleções mais temidas do planeta.

E os números ajudam a mostrar isso. O camisa 10 não balança as redes há seis meses. Isso mesmo, seu último gol foi ainda na fase de grupos da Copa, na vitória por 3 a 0 sobre a Argentina. A seca já dura incríveis 32 partidas.

Tudo bem que sua missão principal não é mexer no placar das partidas. Mas, mesmo nas assistências, essa sim uma de suas especialidades, o meia tem deixado a desejar. Foram apenas três passes para gols do Real nesta temporada (média de 0,14 por partida). Em 2017/18, essa média estava na casa de 0,19 por jogo.

Outros dados também mostram o declínio do jogador de 33 anos, que flertou com a Inter de Milão na última janela de transferências, mas acabou permanecendo para cumprir seu penúltimo ano de contrato (vai até junho de 2020).

De acordo com o site “WhoScored?”, site especializado nas estatísticas do futebol, o nível atual de acerto de passes de Modric é o segundo pior desde sua chegada ao Real, em 2012. Nesta edição do Campeonato Espanhol, o croata consegue completar 88,9% dos toques para seus companheiros – quatro anos atrás, essa marca encostava nos 92%.

A quantidade de passes dados pelo jogador também caiu consideravelmente: de 68,3 por partida, em 2015/16, para 51,8 a cada 90 minutos na atual temporada, novamente seu segundo pior resultado com a camisa merengue.

Quem tem sofrido com a queda de desempenho do meia são os times que ele defende.

A seleção croata levou um desastroso 6 a 0 da Espanha em setembro e foi rebaixada para a segunda divisão da Liga das Nações da Europa. Já o Real ocupa apenas o quarto lugar em sua liga nacional e já sofreu alguns vexames históricos nesta temporada, como a goleada por 5 a 1 ante o Barcelona e as derrotas por 3 a 0 contra Eibar e CSKA Moscou.

O clube espanhol venceu três das quatro últimas edições do Mundial (2014, 2016 e 2017) e busca seu sétimo título de uma competição desse status (também ganhou em 1960, 1998 e 2002, antes do início da “era Fifa”).

Já o Al-Ain, que disputa o torneio como representante do país-sede, tenta ser o primeiro time asiático a faturar a taça.


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Se não estivesse no Oriente Médio, mas sim em sua terra natal, o técnico da equipe sensação do torneio poderia ocupar um lugar bem menos confortável: as celas de alguma prisão.

Crédito: Getty Images

Mamic não pode voltar ao seu país porque foi condenado a quatro anos e 11 meses de prisão por participação em um esquema que desviou 15 milhões de euros (mais de R$ 66 milhões) do Dínamo de Zagreb, equipe que dirigiu entre 2013 e 2016. Ele já recorreu da decisão.

O treinador do Al-Ain é irmão de Zdravko Mamic, que foi diretor-executivo do clube, ocupa o posto de agente mais poderoso do futebol croata e é apontado pela Justiça como cabeça da quadrilha. O dirigente também vive no exterior (Bósnia-Herzegovina) para evitar a prisão.

Os negócios que supostamente teriam sido fraudados pelos irmãos incluem transferências de dois astros do país vice-campeão mundial: o zagueiro Dejan Lovren, do Liverpool, e o meia Luka Modric, do Real Madrid, eleito o melhor jogador do planeta neste ano.

O maior craque da Croácia, aliás, foi até acusado de falso testemunho por ter alterado seu depoimento à Justiça para proteger Zdravko, que foi seu empresário e uma espécie de “padrinho” do jogador no mundo da bola.

Ex-zagueiro e volante que defendeu o Bayer Leverkusen e fez parte da seleção semifinalista da Copa do Mundo-1998, Zoran Mamic tem uma carreira curta como técnico. Ele estreou justamente no Dínamo e também dirigiu o Al-Nassr, da Arábia Saudita, antes de ser contratado pelo seu clube atual.

No Al-Ain desde janeiro de 2017, ganhou o Campeonato dos Emirados Árabes e também a Copa do Presidente, segunda competição mais importante da nação.

Representante do país-sede no Mundial, despachou o Team Wellington (NZL), na primeira fase, e o Espérance (TUN), nas quartas de final. Na semi, surpreendeu o favorito River Plate (ARG).

Adversário do Real Madrid na decisão deste sábado, o Al-Ain será o segundo time asiático a disputar a final do torneio da Fifa. Dois anos atrás, o Kashima Antlers (JAP) conseguiu levar o confronto contra os espanhóis até a prorrogação, mas acabou derrotado por 4 a 2.

A Europa conquistou as últimas cinco edições da competição. O último “intruso” na galeria dos campeões foi o Corinthians (BRA), que levantou o troféu em 2012.


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Capitão aos 21, Modric aprendeu português para xingar parceiros brasileiros http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2018/09/21/capitao-aos-21-modric-aprendeu-portugues-para-xingar-parceiros-brasileiros/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2018/09/21/capitao-aos-21-modric-aprendeu-portugues-para-xingar-parceiros-brasileiros/#respond Fri, 21 Sep 2018 07:00:51 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=9796 Indicado ao prêmio de melhor jogador do mundo pela primeira vez na carreira, o croata Luka Modric, do Real Madrid, era um garoto de apenas 21 anos quando se tornou capitão do Dínamo Zagreb. Franzino para os padrões do futebol moderno (tem 1,72 m e 66 kg) e mais novo do que boa parte do elenco que comandava, o meia encontrou uma maneira inusitada de conseguir chamar a atenção dos seus companheiros de equipe.

Modric só usava o idioma croata para dar bronca nos jogadores naturais da região que fez parte da antiga Iugoslávia. Se o alvo das suas críticas era um estrangeiro, a ofensa geralmente vinha na língua natal dele.

“Isso realmente aconteceu. Quando ele se tornou capitão, precisou encontrar um jeito de mostrar que tinha liderança. Como éramos cinco brasileiros no time, ele aprendeu português. E, vira e mexe, a gente levava uma dura dele dentro de campo”, relembra o zagueiro Carlos.

O defensor foi revelado no São Paulo e atuou ao lado de Modric no Dínamo Zagreb entre 2006 e 2008. O meia assumiu a braçadeira de capitão na segunda temporada de Carlos na Croácia, logo após a venda do atacante Eduardo da Silva para o Arsenal.

“Quando viam ele fora de campo, ninguém dava nada por causa da estatura. Mas, dentro das quatro linhas, a qualidade dele chamava muito a atenção. Por isso, todo mundo o respeitava demais.”

Apelidado de “Burrito” pelo ex-parceiro que se tornou um dos grandes nomes do futebol mundial, Carlos tinha um relacionamento bastante próximo em campo com Modric. Afinal, como atuava improvisado pela faixa esquerda, acabava jogando no mesmo lado do capitão e futuro astro.

“Ele ficava muito louco quando eu não passava a bola. Aí, no fim do jogo, chegava para mim e dizia: ‘Amigo Burrito, quando estiver em dificuldade, é só tocar para mim que eu resolvo’”.

Juntos, Modric e Carlos conquistaram os dois títulos croatas que disputaram. Em 2008, o meia se transferiu para o Tottenham por 21 milhões de euros (R$ 91 milhões, na cotação atual). Quatro anos depois, veio a transferência para o Real Madrid por 30 milhões de euros (R$ 130 milhões).

No clube espanhol, o camisa 10 chegou ao auge de sua carreira. Venceu quatro das últimas cinco edições da Liga dos Campeões da Europa e, neste ano, foi o protagonista da Croácia vice-campeã mundial. O sucesso na Copa-2018 lhe rendeu a indicação para o prêmio da Fifa.

“Meu voto é dele. Por tudo que ele fez, merece ser escolhido o melhor do mundo”, completa Carlos.

Modric, Cristiano Ronaldo (Juventus) e Mohamed Salah (Liverpool) disputam na próxima segunda-feira o título de melhor jogador do planeta na temporada 2017/18. O único veterano do prêmio é o português, que já venceu a eleição cinco vezes e busca se isolar como o maior campeão do troféu instituído pela Fifa.


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Vice na Rússia, Croácia deve sofrer com renovação e é incógnita na Copa-22 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2018/07/18/vice-na-russia-croacia-deve-sofrer-com-renovacao-e-e-incognita-no-qatar/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2018/07/18/vice-na-russia-croacia-deve-sofrer-com-renovacao-e-e-incognita-no-qatar/#respond Wed, 18 Jul 2018 07:00:41 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=9167 A Croácia conquistou torcedores do planeta inteiro no último mês com um futebol cheio de técnica e determinação, sagrou-se vice-campeã da Copa-2018 e obteve o maior feito de toda sua história.

Mas isso não significa que a seleção da camisa quadriculada terá vida fácil nos próximos quatro anos. Seu futuro parece um tanto quanto nebuloso. E até mesmo a ausência no Mundial do Qatar não será nenhuma surpresa.

O principal problema para o técnico Zltako Dalic (ou para qualquer outro que venha a substitui-lo) é que os principais nomes da equipe estão na reta final da carreira. E os integrantes da nova geração não parecem tão bons quanto eles.

O meia Luka Modric, maestro da seleção na Rússia, já terá 36 anos na próxima Copa. Mesmo que continue na equipe, dificilmente terá condições físicas de atuar no alto nível a que os torcedores croatas e do Real Madrid estão acostumados.

O goleiro Danijel Subasic, o lateral esquerdo Ivan Strinic, o meia Ivan Rakitic e o atacante Mario Mandzukic, outros pilares da equipe vice-campeã mundial, também já entraram na casa dos 30 anos e vivem situação semelhante.

Mesmo jogadores um pouco mais novos, como os zagueiros Dejan Lovren e Domagoj Vida, além do meia-atacante Ivan Perisic, todos de 29 anos, já não são tão jovens assim e chegarão no Mundial-2022 como veteranos.

A solução será apostar em uma nova geração. Só que ela não dá pinta de ser tão talentosa quanto a atual e está sofrendo para se firmar no cenário europeu.

A grande esperança dessa safra de jovens era o meia-atacante Alen Halilovic. Aos 18 anos, ele era comparado a Messi e acabou contratado pelo Barcelona. Quatro temporadas depois, chegou ao Milan sem custos no começo deste mês e após passagens de pouco brilho por Sporting Gijón, Hamburgo e Las Palmas.

Outros nomes que devem fazer do ciclo 2018-22 da Croácia ainda precisam mostrar algo em times de um escalão superior.

Esse é o caso do zagueiro Filip Benkovic, 21, que ainda atua no Dínamo Zabreb, mas está na mira do Chelsea.

Os meias Ante Coric, 21, recém-chegado à Roma, e Mario Pasalic, 23, que pertence ao Chelsea, mas foi emprestado ao Spartak Moscou na temporada passada, também têm de se destacar em um nível mais alto para aumentar a esperança da Croácia para 2022.

Por enquanto, repito, o futuro croata não parece tão bom quanto seu presente.

Possível Croácia para 2022: Lovre Kalinic; Vrsaljko, Lovren, Benkovic (Caleta-Car) e Pivaric; Brozovic, Kovacic e Coric (Pasalic); Rebic, Kramaric e Perisic (Pjaca)


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Com 5 técnicos em 6 anos, Croácia “rasga cartilha” do sucesso no futebol http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2018/07/14/com-5-tecnicos-em-6-anos-croacia-rasga-cartilha-do-sucesso-no-futebol/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2018/07/14/com-5-tecnicos-em-6-anos-croacia-rasga-cartilha-do-sucesso-no-futebol/#respond Sun, 15 Jul 2018 01:00:43 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=9143 Um trabalho de longo prazo, com a manutenção do mesmo técnico por anos a fio, que permita aos jogadores conhecerem os detalhes daquela ideia de jogo, automatizarem os movimentos e executarem perfeitamente tudo aquilo que foi planejado pela comissão técnica.

Esse é o ideal da montagem de um time vencedor de futebol. Um ideal que a Croácia resolveu rasgar para fazer história na Copa do Mundo-2018.

A seleção, que estreia neste domingo em finais da competição de futebol mais importante do planeta, contra a França, teve nada menos do que cinco treinadores diferentes ao longo dos últimos seis anos.

O ex-volante Zlatko Dalic, 51, está no cargo desde outubro. Ele foi contratado para salvar a equipe na última rodada das eliminatórias europeias da Copa, conseguiu bater a Ucrânia fora de casa e levou os croatas para a repescagem, onde desbancou a Grécia.

Com apenas 13 jogos no currículo, sendo oito vitórias, três empates e duas derrotas, será o homem sentado no banco de reservas no dia mais importante da história do futebol croata, o dia que pode consagrar como campeã mundial um pequeno país de 4 milhões de habitantes e menos de 30 anos de independência.

“Não tive muito tempo para trabalhar com os jogadores quando assumi o time antes das partidas decisivas das eliminatórias. Então, passo mais tempo conversando com eles, tentando lhes dar a confiança necessária. A Croácia tem um time talentoso. Meu trabalho é reunir o talento desses jogadores e maximizar o potencial do time”, afirmou o treinador, em entrevista ao “Blog do Rafael Reis”, quatro meses antes da Copa.

Dalic, cujo momento mais expressivo da carreira antes do Mundial havia sido a conquista do campeonato dos Emirados Árabes pelo Al-Ain, substituiu na seleção Ante Cacic, que ficou dois anos na função e não resistiu às eliminatórias.

Cacic, por sua vez, foi o substituto de Niko Kovac, agora comandante do Bayern de Munique, que não conseguiu levar a Croácia além da fase de grupos na Copa-2014. Antes, Igor Stimac havia durado só 15 jogos no cargo. E Slaven Bilic deixou a seleção após a queda na primeira fase da Euro-2012.

Tudo isso aconteceu em um período de apenas seis anos, justamente o tempo em que Didier Deschamps, adversário croata na final deste domingo, comanda a França.

Ao contrário dos rivais na decisão da Copa, os franceses fizeram tudo que a “cartilha do futebol” manda. Mantiveram o capitão da conquista de 1998 à frente da equipe mesmo depois da eliminação nas quartas de final no Mundial passado e da traumática derrota para Portugal na final em casa da Euro-2016.

O resultado foi o fim da desconfiança sobre Deschamps. Se antes da Rússia-2018, a torcida duvidada da sua capacidade de transformar um grupo de jogadores dos mais talentosos em um time da verdade, agora essa discussão ficou passado.

E ficará ainda mais se a França mostrar para a Croácia neste domingo que um trabalho de longo prazo pode fazer toda a diferença.

TÉCNICOS DA CROÁCIA DESDE 2012:

Slaven Bilic (2006-2012): 65 jogos, 64,6% de aproveitamento
Igor Stimac (2012-2013): 15 jogos, 53,3% de aproveitamento
Niko Kovac (2013-2015): 19 jogos, 52,6% de aproveitamento
Ante Cacic (2015-2017): 25 jogos, 60% de aproveitamento
Zlatko Dalic (2017): 13 jogos, 61,5% de aproveitamento


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Algo tão raro que Kylian Mbappé pode se tornar neste domingo, quando França e Croácia se enfrentam em Moscou pelo título da Rússia-2018, o jogador mais jovem dos últimos 36 anos a conseguir esse feito.

Com 19 anos, sete meses e 25 dias, o atacante francês do Paris Saint-Germain é mais novo do que todos os titulares das equipes vencedoras das últimas oito edições da competição mais importante de futebol do planeta.

Para encontrar um campeão com idade mais baixa do que o camisa 10, é preciso retornar à 1982.

Na ocasião, o então lateral direito (e posteriormente zagueiro) Giuseppe Bergomi, da Inter de Milão, ajudou a Itália a derrotar a Alemanha por 3 a 1 e se sagrar tricampeã mundial com apenas 18 anos, sete meses e 19 dias.

Mas o caso de Bergomi é uma rara exceção. Quatro anos atrás, a Alemanha venceu a Copa no Brasil com um elenco que não tinha sequer um jogador com menos de 20 anos.

Na decisão contra a Argentina, o titular mais jovem escalado pelo técnico Joachim Löw foi o meio-campista Christoph Kramer, que já havia completado o 23º aniversário.

Mbappé não é só mais jovem do que os jogadores da seleção alemã campeã da Copa-2014. Ele também tem menos idade que todos os integrantes das últimas cinco equipes vencedoras do torneio.

O último atleta com idade menor que a promessa francesa a levantar a taça foi o atacante brasileiro Ronaldo, que tinha apenas 17 anos em 1994, a quem o camisa 10 vem sendo muito comparado.

A diferença é que o Fenômeno nem entrou em campo nos Estados Unidos. Já Mbappé não só é figura central na seleção da França, como é candidato real ao prêmio de melhor jogador do torneio.

Na primeira Copa de sua carreira, o atacante marcou três vezes, teve uma atuação de gala nas oitavas de final contra a Argentina e impressionou o planeta com muita velocidade, capacidade de driblas os adversários e toques precisos para seus companheiros.

Mbappé tem apenas dois anos e meio como profissional. Ele estreou pelo Monaco em dezembro de 2015 e foi protagonista da equipe semifinalista da Liga dos Campeões na temporada 2016/17.

Vendido ao PSG por 180 milhões de euros (R$ 811 milhões), segundo maior valor já pago por um jogador de futebol, chegou à seleção principal em março do ano passado e rapidamente virou titular.

Em 21 partidas pela equipe finalista da Copa-2018, soma sete gols e cinco assistências. Agora, quer o recorde mais importante de sua carreira. Um recorde que vale o título que todo jogador, adolescente, no auge ou já em fim de carreira, sonha conquistar.


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O raciocínio, feito por muita gente depois da definição das finalistas da Rússia-2018, pode até parecer simplista. Mas a história da competição mais importante de futebol do planeta mostra que ele faz todo sentido.

Em apenas duas das últimas nove edições da Copa, a seleção que chegou à decisão mais cansada conseguiu reverter essa desvantagem e conquistar o título.

Curiosamente, as únicas finais que tiveram esse desfecho também tinham a França em campo. Em 2006, a Itália driblou o cansaço maior para se sagrar tetracampeã mundial ante os Bleus nos pênaltis, após empate por 1 a 1 em 120 minutos de futebol.

Doze anos atrás, os italianos foram à decisão com uma prorrogação nas costas, a da semifinal contra a Alemanha. Por outro lado, os franceses venceram os três jogos da fase final do Mundial sem precisar de tempo extra.

Já em 1998, a França tinha a desvantagem física contra o Brasil. Afinal, já tinha enfrentado duas prorrogações, contra apenas uma do rival. Mesmo assim, aplicou um implacável 3 a 0 na final.

Ou seja, a situação com que a Croácia sonha no domingo já aconteceu. Mas o padrão é justamente o oposto.

Desde a década de 1980, cinco finais de Copa foram vencidas pela seleção que estava mais descansada. Itália (1982), Argentina (1986), Alemanha (1990), Brasil (1994) e Alemanha (2014) ganharam decisões em que haviam disputado um número menor de prorrogações que seus adversários.

Em outros dois Mundiais no período, o de 2002 (Brasil x Alemanha) e o de 2010 (Espanha x Holanda), nenhuma das finalistas precisou encarar tempos extras durante a competição.

Em busca de um título inédito, a Croácia é a primeira seleção da história das Copas a sobreviver a três prorrogações em uma mesma edição do torneio.

O teste de resistência começou nas oitavas de final, quando derrotou nos pênaltis a Dinamarca. Nas quartas, precisou novamente das penalidades para eliminar a anfitriã Rússia. A semifinal contra a Inglaterra foi um pouco mais curta. O gol de Mario Mandzukic decidiu o jogo nos 120 minutos de bola rolando.

Já a França não precisou queimar tanta energia assim. Seu caminho nos mata-matas teve início com uma vitória por 4 a 3 contra a Argentina, passou por um triunfo por 2 a 0 sobre o Uruguai e foi completado com um magro 1 a 0 ante a Bélgica.

Além do desgaste menor durante a competição, os franceses têm outra vantagem física sobre seus adversários na final: um dia extra de descanso, já que jogaram na terça-feira e a Croácia, na quarta.


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Por onde andam os jogadores da Croácia que foi 3ª colocada na Copa-98? http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2018/07/11/por-onde-andam-os-jogadores-da-croacia-que-foi-3a-colocada-na-copa-98/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2018/07/11/por-onde-andam-os-jogadores-da-croacia-que-foi-3a-colocada-na-copa-98/#respond Wed, 11 Jul 2018 07:00:44 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=9096 Luka Modric, Ivan Rakitic e Mario Manduzic disputam nesta quarta-feira o jogo mais importante de suas carreiras. Se derrotarem a Inglaterra, em Moscou, colocarão a Croácia pela primeira vez na final de uma Copa do Mundo e superarão a lendária geração de Davor Suker, Zvonomir Boban e Robert Prosinecki.

Em 1998, menos de uma década depois da independência do país, os croatas estrearam na história dos Mundiais fazendo bonito. Derrotaram Romênia, Alemanha e Holanda e terminaram a competição na terceira posição.

A Croácia só não foi a adversária do Brasil na final da Copa porque parou em Lilian Thuram. O então lateral direito teve a grande atuação de sua carreira na semifinal e marcou os dois gols da vitória por 2 a 1 da França, anfitriã e futura campeã do torneio.

Mas a campanha foi suficiente para colocar os croatas na história. Vinte anos depois, seus nomes ainda são muito lembrados pelos torcedores do mundo todo. Mas o que será que eles estão fazendo da vida? Respondemos essa pergunta logo abaixo.

POR ONDE ANDA? – CROÁCIA (1998)

Drazen Ladic (55 anos) – O ex-goleiro é o elo entre a geração que foi terceira colocada em 1998 e o time semifinalista desta edição da Copa. Ladic é um dos auxiliares do técnico Zlatko Dalic. Esta é a terceira vez que ele trabalha para a federação croata. No começo do século, passou dois anos como preparador de goleiros da seleção principal. Depois, entre 2006 e 2011, comandou o time sub-21. Ladic foi demitido acusado de ter falsificado a documentação do seguro do seu carro em um acidente automobilístico. No começo de ano, foi recontratado.

Dario Simic (42 anos) – Um dos caçulas da equipe que foi à Copa-1998, construiu uma carreira de sucesso no futebol italiano, onde defendeu Inter de Milão e Milan. O defensor, que atuava como lateral direito e zagueiro, ainda passou pelo Monaco e jogou profissionalmente até 2010. Desde 2016, faz parte do conselho administrativo do Palermo, penúltimo colocado do Campeonato Italiano na última temporada.

Slaven Bilic (49 anos) – O ex-zagueiro de posições firmes, que se define como socialista de carteirinha e toca em uma banda de rock, construiu uma carreira bem interessante como treinador após deixar os gramados. Bilic dirigiu a seleção principal da Croácia entre 2006 e 2012 e levou a equipe até as quartas de final da Euro-2008. Depois, ainda dirigiu o Lokomotiv Moscou, o Besiktas e o West Ham.

Igor Stimac (50 anos) – Assim como Bilic, seu companheiro de zaga em 1998, o ex-jogador de West Ham e Derby County também teve a chance de dirigir a seleção. Stimac comandou a Croácia entre 2012 e 2013, mas entregou o cargo devido a uma série de resultados negativos. Como técnico, o ex-zagueiro foi campeão croata em 2005 pelo Hadjuk Split e também trabalhou no Irã e no Qatar.

Robert Jarni (49 anos) – O lateral esquerdo fez tanto sucesso na Copa da França que acabou trocando o Betis pelo Real Madrid depois da competição. Jarni ainda disputou o Mundial de 2002 antes de se aposentar e passar a jogar futsal. A carreira no outro esporte durou pouco e deu lugar a uma trajetória como técnico. Após trabalhar em times de relevância menor, o ex-atleta dirige desde o ano passado a seleção croata sub-19.

Zvonimir Soldo (50 anos) – Cão de guarda da defesa croata em 1998, o volante disputou mais de 300 partidas pelo Stuttgart, clube que defendeu por dez anos e onde se aposentou, em 2006. Dois anos depois, Soldo estreou como técnico e levou o Dínamo Zagreb à conquista do título croata. O ex-jogador também dirigiu o Colônia, mas sem o mesmo sucesso. Após seis anos de inatividade, voltou aos bancos de reserva em 2017 e foi assistente do Shandong Luneng, da China.

Aljosa Asanovic (52 anos) – O ex-meia do Napoli entrou para a história em 1990, quando marcou o primeiro gol da seleção croata após o país se separar da Iugoslávia (vitória por 2 a 1 sobre os EUA). Asanovic vestiu a camisa quadriculada por uma década e deixou os gramados em 2002. Após trabalhar como assistente técnico da seleção e do Lokomotiv Moscou, estreou como treinador no ano passado no Melbourne Knights, clube semiprofissional da Austrália, onde está até hoje.

Zvonomir Boban (49 anos) – Capitão e maestro da seleção de 1998, é um dos maiores nomes da história do futebol croata. O meia defendeu o Milan durante dez anos, conquistou quatro títulos italianos e venceu uma Liga dos Campeões com a camisa rossonera. Após a aposentadoria, Boban passou 14 anos trabalhando como comentarista de TV na Itália. Atualmente, o ex-camisa 10 é secretário-geral adjunto da Fifa.

Mario Stanic (46 anos) – Atacante de lado de campo, vestiu camisas pesadas do futebol europeu, como Benfica, Parma e Chelsea. Aposentado desde 2004, voltou ao esporte em 2011, quando foi contratado pelo Brugge para trabalhar como olheiro e observar jovens promessas do esporte. Sete anos depois, Stanic continua ocupando a mesma função.

Davor Suker (50 anos) – Nome de maior destaque na histórica campanha croata em 1998, acabou a Copa do Mundo como artilheiro e segundo melhor jogador da competição. O ex-centroavante no Real Madrid e também defendeu Sevilla, Arsenal e West Ham. Suker entrou no mundo da política esportiva depois da aposentadoria e, desde 2012, presidente da Federação Croata de Futebol. Ele também cumpre mandato como membro do comitê administrativo da Uefa.

Goran Vlaovic (45 anos) – Dividia com Suker a responsabilidade de marcar os gols croatas na Copa-1998, mas só marcou uma vez em toda a competição (na vitória por 3 a 0 sobre a Alemanha, pelas quartas de final). No total, Vlaovic disputou 52 jogos pela seleção e participou também do Mundial de 2002. Seu melhor momento em clubes foi a passagem pelo Valencia, entre 1996 e 2000.

Robert Prosinecki (49 anos) – Meio-campista de enorme talento que fez sucesso pelo Real Madrid e também defendeu o Barcelona na década de 1990, chegou a disputar uma Copa da Itália pela Iugoslávia antes da independência croata. Prosinecki trabalhou como assistente de Bilic na seleção antes de iniciar carreira solo, em 2010. Após passar por Estrela Vermelha, Kayserispor e pela seleção do Azerbaijão, assumiu neste ano o comando da Bósnia.

Silvio Maric (43 anos) – Assim como Prosinecki, também começou a semifinal contra a França no banco de reservas e só foi usado no decorrer da partida. O meia-atacante fez a maior parte de sua carreira no próprio futebol croata e defendeu a seleção em 19 partidas entre 1997 e 2002.

Miroslav Blazevic (83 anos) – O treinador de origem bósnia já tinha uma longeva carreira, com direito a títulos iugoslavo, suíço e croata, quando assumiu o comando da seleção, em 1994. Blazevic permaneceu à frente da equipe durante seis anos. Depois de 2000, ainda dirigiu as seleções do Irã e da Bósnia, além de ter trabalhado na China, na Suíça e na Eslovênia. O técnico está aposentado desde 2014.


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Afinal, pela primeira vez desde a dissolução da União Soviética, o país passou da primeira fase da competição mais importante de futebol do planeta, avançou pelas oitavas de final, chegou às quartas e joga neste sábado, contra a Croácia, em Sochi, por uma surpreendente classificação para a semifinal.

Situação bem diferente da vivida até o início do mês passado, quando Cherchesov era simplesmente o segundo treinador de pior desempenho de toda a história da seleção da Rússia.

Até o início da Copa, o cartel do ex-goleiro era de dar pena: cinco vitórias, seis empates e nove derrotas. Aproveitamento de apenas 35% dos pontos disputados, o segundo mais baixo dentre os 12 treinadores que passaram pelo time desde o fim da URSS.

O único treinador com desempenho inferior ao de Cherchesov foi o ucraniano Anatoliy Byshovets, que dirigiu o time em 1998 e perdeu todos os jogos que disputou. Não à toa durou só seis partidas no cargo.

O atual comandante russo chegou ao Mundial com um jejum de vitórias que já durava oito meses e sete apresentações. Derrotas para seleções que nem se classificaram para a Copa, como Áustria e Costa do Marfim, também não ajudavam a aliviar sua barra.

O temor de fracasso era geral, ainda mais depois das contusões de jogadores que seriam titulares, como os zagueiros Viktor Vasin (CKSA Moscou) e Giorgi Jikia (Spartak Moscou) e o atacante Aleksandr Kokorin (Zenit).

Mas tudo mudou assim que a bola rolou na Rússia. Os anfitriões estrearam metendo 5 a 0 na Arábia Saudita, fizeram um convincente 3 a 1 no Egito e perderam a partida que podiam (3 a 0 ante o Uruguai, no encerramento da fase de grupos).

Nas oitavas, seguraram a Espanha, campeã mundial de 2010, e conseguiram a classificação nos pênaltis. A preocupação de um vexame histórico deu lugar ao sonho da conquista de um título inédito.

Os números de Cherchesov, técnico que teve como grande momento de sua carreira a vitória no Campeonato Polonês de 2016, pelo Legia Varsóvia, continuam não sendo grande coisa. Seu aproveitamento na seleção agora subiu para 38,9%. Mas vocês acham que alguém na Rússia está ligando para isso?


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São histórias como a do meia-atacante do Stoke City (ING), escritas à base de sangue, que fazem com que o encontro entre suíços e sérvios, nesta sexta-feira, em Kaliningrado, pela segunda rodada do Grupo E da Copa do Mundo, seja muito mais do que uma mera partida de futebol.

Para sete dos 23 jogadores convocados pelo técnico Vladimir Petkovic para a Rússia-2018, a Sérvia não é apenas uma adversária por vaga nas oitavas de final, mas sim uma antiga inimiga de guerra que transformou completamente os rumos de suas vidas.

Três deles nasceram na Iugoslávia. Outros quatro são descendentes de minorias étnicas que faziam parte do antigo país. Todos encontraram na Suíça um lar quando os conflitos começaram.

O processo de desintegração da Iugoslávia, que era liderada por um governo de maioria sérvia, durou praticamente toda a década de 1990 e foi marcado por sucessivas guerras que provocaram a morte de 30 mil pessoas e uma enorme onda migratória de refugiados.

Mais de 30% da atual seleção suíça é filha desses conflitos. Além de Shaqiri, o volante Granit Xhaka e o meia Valon Behrami possuem DNA de Kosovo. O meia Blerim Dzemaili nasceu na Macedônia. Os atacantes Josip Drmic e Mario Gravranovic têm origem croata. O centroavante Haris Seferovic é da Bósnia.

Todos poderiam defender hoje defender os países dos seus antepassados, mas optaram por vestir a camisa da Suíça. E viraram nomes importantes do futebol helvético.

Shaqiri é o craque do time. Behrami, o primeiro jogador da história suíça a disputar quatro edições de Copa do Mundo. E Seferovic fez o gol da conquista do título mundial sub-17 de 2009.

No mês passado, um post de Shaqiri em sua conta no Instagram foi visto como uma provocação pelos sérvios. O jogador publicou a imagem das chuteiras que usaria no Mundial. Um dos pés tinha a bandeira suíça. O outro, a kosovar.

A federação sérvia emitiu uma nota oficial pedindo aos torcedores que vão à partida para não entrarem em provocações ou conflitos com os antigos inimigos de guerra.

“Devemos estar unidos com nossos jogadores em campo. Não devemos responder a possíveis provocações. Vamos mostrar ao mundo que somos pessoas que não nos aproveitamos do futebol para fins políticos.”

A Suíça estreou na Rússia-2018 empatando por 1 a 1 com o Brasil. Já a Sérvia largou com uma vitória magra, por 1 a 0, sobre a Costa Rica.


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