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Rafael Reis

Vinte e cinco anos depois, por onde andam as "figuras" da Copa-1994?

Rafael Reis

17/07/2019 04h00

O tetracampeonato completa 25 anos nesta quarta-feira. Foi no dia 17 de julho de 1994 que a seleção brasileira comandada por Carlos Alberto Parreira derrotou a Itália, nos pênaltis, e levantou o caneco.

Mas a Copa dos Estados Unidos não ficou marcada apenas pelo fim do jejum brasileiro de 24 anos. O número de grandes jogadores e também figuraças que passaram pelos gramados norte-americanos impressiona.

Crédito: Montagem

O "Blog do Rafael Reis" aproveita a data comemorativa e a memória afetiva dos torcedores para mostrar os paradeiros atuais de sete dos principais personagens do Mundial-1994.

ROMÁRIO
Ex-atacante
53 anos
Brasileiro

Crédito: Reprodução

Protagonista do tetra, o Baixinho foi eleito o melhor jogador da Copa e, consequentemente, ganhou também a eleição de craque do planeta daquele ano. Romário jogou profissionalmente até os 42 anos, mas não voltou a disputar o Mundial depois dos Estados Unidos-1994. Feroz crítico da CBF, o ex-atacante entrou para o mundo político. Filiado ao Podemos, cumpre atualmente seu primeiro mandato como senador. No ano passado, disputou o governo estadual do Rio de Janeiro, mas ficou apenas na quarta posição.

ROBERTO BAGGIO
Ex-atacante
52 anos
Italiano

Crédito: Reprodução

Uma espécie de coprotagonista da conquista brasileira, o homem que isolou a última cobrança italiana na decisão por pênaltis e permitiu o grito de "tetra" foi um dos grandes craques do planeta na primeira metade da década de 1990. Assim como Romário, também teve uma carreira longa e só se aposentou em 2004, quando já tinha 37 anos. Depois de pendurar as chuteiras, trabalhou entre 2010 e 2013 na seleção italiana, virou uma espécie de embaixador informal do budismo e hoje se dedica principalmente a diferentes campanhas de caridade.

HRISTO STOICHKOV
Ex-atacante
53 anos
Búlgaro

Crédito: Reprodução

Então companheiro de ataque de Romário no Barcelona, levou a Bulgária até as semifinais do Mundial e terminou a competição com seis gols, dividindo a artilharia com o russo Oleg Salenko. Maior nome da história do futebol do seu país, Stoichkov encerrou a carreira em 2003, virou treinador e chegou a dirigir a seleção búlgara e o Celta. Em 2013, teve uma passagem de um mês pela presidência do CSKA Sofia, clube onde se tornou conhecido internacionalmente. Hoje, é comentarista de TV na Espanha.

GHEORGHE HAGI
Ex-meia
54 anos
Romeno

Crédito: Susan Walsh/Associated Press

O apelido "Maradona dos Cárpatos" já deixa claro o tamanho da qualidade técnica que o camisa possuía. Graças a Hagi, a Romênia eliminou a favorita Colômbia na primeira fase e passou pela Argentina nas oitavas de final antes de cair para a Suécia, nos pênaltis, nas quartas. Desde 2001, o ex-meia construiu uma carreira bem consolidada de treinador e já comandou Galatasaray, Bursaspor e seleção romena. Atualmente, está em sua quinta temporada no comando no Viitorul, clube pelo qual foi campeão romeno em 2017 e onde comandava seu filho, Ianis, um dos destaques do último Europeu sub-21 e que acabou de assinar com o Genk (BEL).

OLEG SALENKO
Ex-atacante
49 anos
Russo

Crédito: Thomas Kienzle/Associated Press

Autor de cinco gols em um só jogo (6 a 1 sobre Camarões, na última rodada da primeira fase), marca jamais repetida em uma Copa do Mundo masculina e adulta, o russo marcou seis vezes no Mundial e dividiu a artilharia com Stoichkov. O sucesso nos EUA lhe rendeu uma transferência para o Valencia, onde não conseguiu se firmar. Sem jamais repetir o bom futebol da Copa, Salenko deixou o futebol profissional em 2001. Apesar de ter licença da Uefa para trabalhar como técnico, ele até hoje só treinou a seleção ucraniana de futebol de areia.

ALEXI LALAS
Ex-zagueiro
49 anos
Norte-americano

Crédito: Leo Bernstein/Associated Press

Os cabelos longos e a farta barba ruiva faziam do beque umas das principais atrações dos jogos dos EUA no Mundial. A boa Copa feita por Lalas lhe rendeu uma transferência para o Padova e fez dele o primeiro norte-americano a disputar o Campeonato Italiano. Aposentado desde 2004, o ex-zagueiro foi dirigente de três clubes da MLS (San Jose Earthquakes, New York Red Bulls e Los Angeles Galaxy) antes de se tornar um dos principais comentaristas de futebol dos EUA. Atualmente, se divide entre os microfones da Fox Sports e da carreira de cantor de rock. Seu último álbum, "Look at You", foi lançado neste ano.

CARLOS VALDERRAMA
Ex-meia
57 anos
Colombiano

Crédito: Reprodução

Dono de uma das cabeleiras mais peculiares e invejadas da década de 1990, chegou ao Mundial dos EUA credenciado por uma ótima campanha nas eliminatórias, mas decepcionou e caiu ainda na primeira fase. Mesmo assim, Valderrama ainda é muito lembrado pelos torcedores da Colômbia e de todo o planeta como uma das figuras daquela Copa. Longe do futebol, o antigo meia virou uma figurinha carimbada do mercado publicitário latino-americano. Sua mais recente empreitada foi virar embaixador de uma criptomoeda.


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Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.