Pato enfrenta seca de gols na China e luta contra rebaixamento

Alexandre Pato já jogou em alguns dos times mais importantes do mundo, conquistou um Mundial de Clubes, venceu um título italiano, defendeu a seleção brasileira, faturou duas medalhas olímpicas e foi visto como um dos atacantes mais promissores do planeta.

Mas, pelo menos neste ano, seu objetivo está bem distante daquilo que se espera de um jogador com uma trajetória profissional bem sucedida. Uma das principais estrelas do futebol chinês, o brasileiro só não quer que seu ano termine com um rebaixamento para a segunda divisão.

Faltando quatro rodadas para o encerramento da liga nacional mais rica da Ásia, a situação do Tianjin Quanjian, time que defende desde a temporada passada, é das mais preocupantes.

A equipe ocupa a 13ª colocação dentre os 16 clubes participantes da competição e tem apenas três pontos de vantagem para o Henan Jianye, vice-lanterna e que atualmente abre a zona de descenso.

Além da posição nada confortável na tabela, o Quanjian está em meio a uma fase assustadora. Nas últimas 12 rodadas, o time de Pato só conseguiu uma vitória. Houve ainda sete derrotas e quatro empates.

O declínio tem tudo a ver com o desempenho do brasileiro, sua principal estrela. Apesar de ser o artilheiro do clube na temporada, com 11 gols, ele só balançou as redes uma vez nos últimos dois meses –na derrota por 3 a 2 para o Shandong Luneng, no último dia 5.

Pato passou em branco em sete das suas oito aparições mais recentes no gramado. Em cinco delas, seu clube também não conseguiu marcar um golzinho sequer.

Sem a inspiração do seu homem-gol, o Quanjian tem hoje o segundo pior ataque da elite do futebol chinês. A equipe marcou 30 vezes em 26 rodadas, média de 1,15 gol a cada 90 minutos.

O curioso é que a situação do clube é completamente diferente da vivida na temporada passada. Em 2017, o time de Pato ficou na terceira colocação e conseguiu até se classificar para a Liga dos Campeões da Ásia.

Na ocasião, o brasileiro marcou 15 vezes só na Superliga Chinesa e terminou a competição no top 10 da artilharia.

Com contrato até dezembro de 2019, o atacante dificilmente permanecerá no Quanjian em caso de rebaixamento. Há duas semanas, em entrevista ao jornal italiano "Corriere dello Sport", o jogador admitiu que pode retornar ao Milan em janeiro. "Veremos o que acontece no fim do ano."

Pato jogou na equipe rossonera por seis anos, entre 2007 e 2013. Foram 150 partidas com a camisa milanista e 63 gols.

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