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Rafael Reis

5 curiosidades sobre Sané, o garoto do City que é a aposta alemã na Copa

Rafael Reis

08/03/2018 04h30

Em 2016, o Manchester City aceitou pagar 50 milhões de euros (quase R$ 200 milhões) para ter um garoto alemão de 20 anos que ainda não havia completado nem 70 partidas como profissional.

Dois anos depois, esse valor até parece uma pechincha.

Leroy Sané não é apenas titular absoluto do líder do Campeonato Inglês e quadrifinalista da Liga dos Campeões da Europa. O camisa 19 é também o jogador de confiança de Pep Guardiola para quebrar as defesas adversárias com dribles e jogadas individuais pelos lados do campo.

O meia-atacante revelado nas categorias de base do Schalke 04 já soma 12 gols e distribuiu 15 assistências nesta temporada. Além disso, foi protagonista em alguns jogos importantes do City, como a vitória por 3 a 0 sobre o Arsenal, há uma semana.

O bom momento deve fazer de Sané titular da Alemanha no amistoso contra o Brasil, no dia 27 de março, e também na defesa do título mundial na Copa. É bem possível que ele seja o mais titular mais jovem da seleção germânica na Rússia-2018.

Conheça abaixo cinco curiosidades sobre o prodígio do City que vai liderar a nova geração alemã na busca pelo pentacampeonato mundial.

DNA DE ATLETA
Se não fosse jogador, Leroy Sané provavelmente seria atleta de alguma outra modalidade. Afinal, o esporte faz parte do seu essencial. O garoto do Manchester City é filho de uma ginasta alemã medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos-1984, Regina Weber, com o ex-atacante da seleção senegalesa de futebol Souleyman Sané, que defendeu o Freiburg e o Nuremberg.

SERVIÇO MILITAR
Os pais de Sané só se conheceram e deram origem ao menino que hoje encanta Pep Guardiola porque Souleyman foi convocado pelo exército francês quando tinha 21 anos. Como estava de férias quando recebeu a notificação, ele não conseguiu fazer uma solicitação oficial para servir perto de casa. Por isso, acabou sendo mandado para a fronteira com a Alemanha, onde encontrou Regina e constituiu família.

BANANA PARA O RACISMO
Lembram de quando Daniel Alves pegou uma banana jogada em campo como ofensa racial, tratou de descascá-la e depois a comeu? Bem, o gesto do lateral direito brasileiro não foi inédito. Ainda nos anos 1980, quando jogadores negros atuando na primeira divisão da Alemanha era uma raridade, o pai de Sané fez o mesmo durante uma partida do Nuremberg.

LEROY?
Sané tem um nome pouco comum para um alemão. Seus pais decidiram batizá-lo como Leroy em homenagem um técnico de futebol, o francês Claude le Roy, que dirigiu Senegal e o pai do craque do City na Copa Africana de Nações de 1992. O hoje veterano treinador de 70 anos trabalhou com Camarões na Copa do Mundo de 1998 e atualmente comanda a seleção de Togo.

ESTREIA DE TERROR
O garoto prodígio do City estreou pela seleção principal da Alemanha na derrota por 2 a 0 contra a França, no dia 13 de novembro de 2015, mesma data em que a capital francesa foi alvo de atentados terroristas que mataram mais de 180 pessoas. Algumas bombas, inclusive, explodiram nos arredores do Stade de France, onde estava sendo disputada a partida e foram ouvidas por jogadores e torcedores que acompanhavam o amistoso.


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Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.