Topo

Rafael Reis

Lembra do Adu? 5 jogadores de países da Concacaf que atuaram no Brasil

Rafael Reis

12/10/2017 04h00

Os torcedores brasileiros já estão acostumados a ver jogadores nascidos em outros países do continente americano atuando no futebol pentacampeão mundial. Argentinos, colombianos, uruguaios e paraguaios compõem o grosso dos estrangeiros que jogam por aqui.

O que é realmente raro é encontrar um atleta das Américas do Norte ou Central vestindo a camisa de um clube brasileiro. Esses casos podem ser contados nos dedos… e nem precisa dos dedos dos pés.

Relembramos abaixo algumas dessas raridades: cinco jogadores originários de países da Concacaf, a confederação futebolística que reúne as nações caribenhas, centro-americanas e norte-americanas, que passaram pelo futebol brasileiro.

FREDDY ADU
Norte-americano
Meia-atacante
28 anos
Jogou no Bahia

Fenômeno adolescente do início da década passada, chegou a ser comparado a Pelé quando disputou o Mundial sub-20 com apenas 14 anos. Como jogador profissional, Adu passou por 13 clubes de oito países diferentes, mas não conseguiu se firmar em nenhum deles. No Campeonato Brasileiro de 2013, entrou nos minutos finais de duas partidas pelo Bahia, contra Criciúma e Vitória, e deixou a desejar. O ex-futuro melhor jogador do mundo está desempregado desde janeiro.

COBI JONES
Norte-americano
Lateral esquerdo
47 anos
Jogou no Vasco

Ícone do futebol dos anos 1990 mais pelo cabelo visual rastafári do que pela bola que jogava, o ex-lateral dos Estados Unidos foi uma das contratações mais alternativas já feita pelo Vasco. Cobi Jones chegou ao Rio de Janeiro em 1995, embalado pelas boas atuações na Copa do ano anterior, mas disputou apenas quatro partidas no futebol brasileiro. Em 1996, com a criação da MLS (Major League Soccer), retornou para os EUA.

ANTONIO DE NIGRIS
Mexicano
Atacante
Morto em 2009
Jogou no Santos

De Nigris passou alguns meses de 2006 vestindo a camisa do Santos, clube pelo qual jogou só duas partidas. Mas a contratação do centroavante mexicano ainda é lembrada pelo torcedor devido a uma lenda jamais confirmada: a de que o clube tinha interesse em Aldo De Nigris, que defendia o Tigres e estava na seleção, mas acabou contratando por engano seu irmão, em baixa no futebol chinês. Após deixar o Santos, Antonio De Nigris jogou por mais três anos até sofrer uma parada cardíaca na Grécia e morrer.

FELIPE BALOY
Panamenho
Zagueiro
36 anos
Jogou no Grêmio e no Atlético-PR

O capitão da seleção panamenha passou pelo futebol brasileiro quando estava no início de sua carreira. Em 2003, quando se destacava na Colômbia, Baloy foi contratado pelo Grêmio, clube pelo qual foi titular e teve um desempenho razoável ao longo de suas temporadas. O zagueiro ainda teve uma rápida passagem pelo Atlético-PR em 2006 antes de se mudar para o México e construir uma longa carreira por lá.

RODNEY WALLACE
Costarriquenho
Meia-atacante
29 anos
Jogou no Sport

O jogador foi contratado pelo Sport para a disputa do Campeonato Brasileiro do ano passado depois de se destacar na conquista da MLS (Major League Soccer) de 2015 pelo Portland Timbers. Wallace foi titular do clube pernambucano durante a maior parte da última temporada, mas se recusou a voltar das férias de fim de ano, alegando problemas pessoais. O costarriquenho conseguiu rescindir seu contrato com o Sport e atualmente defende o New York City.


Mais de Cidadãos do Mundo

Perto da vaga, goleiro egípcio quer ser o mais velho da história das Copas
Chegou a geração 2000: 8 garotos para você acompanhar no Mundial sub-17
Zizao não foi o único: 6 jogadores asiáticos que tentaram a sorte no Brasil
Obinna (o original) e mais 5 africanos que passaram pelo futebol brasileiro

Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.