Quem foi Jorge Wilstermann, que dá nome a rival do Palmeiras nesta quarta?
Após estrear com empate contra o Atlético Tucumán, na Argentina, o Palmeiras busca nesta quarta-feira sua primeira vitória na Taça Libertadores da América-2017. Seu adversário é o Jorge Wilstermann.
Não, esse não é o nome do zagueiro ou do goleiro que tentarão impedir os gols do atual campeão brasileiro. Jorge Wilstermann não é nenhum dos jogadores do elenco boliviano, mas sim, o nome do clube que está no Grupo 5 da competição sul-americana.
Mas, quem foi Jorge Wilstermann? Deve ter sido alguém importante, certo? Afinal, o clube ao qual ele empresta nome tem nada menos do que 13 títulos bolivianos – só Bolívar e The Strongest levantaram mais troféus.
Engana-se quem pensa que Jorge foi um político influente de Cochabamba ou mesmo o dirigente responsável pela fundação do clube.
Nascido em abril de 1910, Jorge Wilstermann Camacho era filho de um mecânico que se tornou o primeiro piloto comercial de aviões da história da Bolívia. Apesar de civil, ele se destacou durante a Guerra do Chaco, contra o Paraguai, quando cumpriu mais de 700 mil quilômetros de voo.
Uma tragédia fez com que Jorge fosse imortalizado. Em 1936, quando tinha apenas 25 anos, um acidente com o avião que ele pilotava rumo a Oruro provocou a morte de 13 pessoas. Entre elas, estava o piloto.
Enterrado com pompa, Wilstermann foi homenageado pela LAB (Lloyd Aéreo Boliviano), para quem trabalhava, e passou a dar a nome para o aeroporto de Cochabamba. O mesmo aconteceu com o clube onde os funcionários da empresa praticavam esportes.
O Club Deportivo LAB, agora renomeado como Jorge Wisterlmann, cresceu, deixou de ser apenas uma agremiação de funcionários da aviação, tornou-se uma das forças do futebol boliviano e eternizou o nome do piloto.
Nesta Libertadores, o time dirigido pelo técnico peruano Roberto Mosquera conta com um velho conhecido da torcida brasileira: o zagueiro Alex Silva, 32, tricampeão nacional pelo São Paulo entre 2006 e 2008 e com passagem pela seleção.
A estreia dos bolivianos na competição sul-americana não poderia ter sido melhor: goleada por 6 a 2 sobre o Peñarol, do Uruguai. O atacante Gabriel Ríos marcou duas vezes, mas acabou expulso e não enfrenta o Palmeiras.
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