Igreja Católica é dona da poderosa Juventus de Turim? Verdade ou boato?
Não é segredo para ninguém que o Papa Francisco é torcedor fanático do San Lorenzo. Jorge Mario Bergoglio, aliás, não faz questão nenhuma de esconder sua paixão mundana e é até sócio de carteirinha do clube argentino.
Mas a equipe de Buenos Aires não é a única que costuma ter seu nome ligado ao Vaticano.
Muita gente costuma dizer que o time oficial da Igreja Católica é a Juventus. E mais: que a maior campeã da história do futebol italiano pertence na verdade aos padres, bispos e cardeais da Praça de São Pedro.
Até que ponto essa história é verdade? Será que o Vaticano realmente é dono da Juve?
Não é bem assim. O clube de Turim, 32 vezes campeão italiano (34, se você considerar os títulos cassados por corrupção) e dono de duas Ligas dos Campeões, pertence desde a década de 1920 à família Agnelli.
Os Agnelli são os proprietários de um fundo de investimento chamado Exor N.V., que possui o controle acionário de uma série de empresas importantes da Itália. Entre elas, a Fiat.
E é justamente na montadora que a história da Juventus acaba cruzando com a do Vaticano.
A Igreja Católica é dona de um gigantesco patrimônio, composto por terrenos, museus, pedras preciosas e obras de arte espalhadas pelo mundo todo. Ela também possui participação em várias organizações.
E uma das empresas que fazem parte de sua carteira de investimento é a Fiat. Sim, o Vaticano possui ações da montadora, assim como a Família Agnelli.
Logo, a história de que a Igreja Católica é a verdadeira dona da Juventus não passa de boato, ainda que seja um daqueles boatos que foram construídos a partir de uma pitada de realidade.
Na verdade, o Vaticano é parceiro comercial do principal acionista do clube de Turim. É essa a ligação entre os católicos e o time mais vitorioso da Itália.
Líder do Campeonato Italiano e ainda viva na disputa da Liga dos Campeões da Europa, a Juventus tem como principal patrocinadora uma das empresas do Grupo Fiat, montadora especializada em veículos off-road.
O contrato, válido até a temporada 2020/2021, rende ao clube algo em torno de 17 milhões de euros (R$ 56 milhões) por ano.
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