Raridade: 7 técnicos brasileiros que treinaram times na Europa
Diego Simeone já foi duas vezes vice da Champions pelo Atlético de Madri, Mauricio Pochettino faz grande trabalho no Tottenham, Jorge Sampaoli dirige o Sevilla, Tata Martino passou recentemente pelo Barcelona.
É inegável que os treinadores argentinos têm um lugar de destaque no cenário internacional e hoje conseguem vaga em alguns dos maiores clubes da Europa.
Mas, e os brasileiros? Ao contrário dos "hermanos", os técnicos representantes do futebol pentacampeão mundial raramente emplacam trabalhos no Velho Continente. No momento, não há sequer um treinador brazuca de destaque no âmbito europeu.
Relembramos abaixo sete brasileiros que conseguiram romper esse bloqueio e comandaram times nas principais ligas nacionais da Europa.
VANDERLEI LUXEMBURGO
Real Madrid (2004-2005)
sem títulos
Trabalhou com os galácticos Zidane, Roberto Carlos, Ronaldo e Beckham, desentendeu-se com o astro português Luís Figo, contratou muito mal (os uruguaios Carlos Diogo e Pablo García que o digam) e saiu do clube mais vitorioso do planeta sem uma única taça. De acordo com Roberto Carlos, Luxa nunca conseguiu conquistar a confiança dos medalhões do Real Madrid, que simplesmente ignoravam suas orientações. Mais do que pelo seu trabalho, que até teve pontos positivos, como uma vitória sobre o Barcelona de Ronaldinho e do garoto Messi, a passagem de Luxemburgo pelo Real ficou marcada mesmo foi pelo portunhol desengonçado que o treinador exibia nas entrevistas.
LUIZ FELIPE SCOLARI
Portugal (2002-2008), Chelsea (2008-2009) e Bunyodkor (2009-2010)
Campeão uzbeque em 2009
Big Phil, como ficou conhecido na Inglaterra, talvez tenha sido o treinador de carreira mais marcante na Europa nas últimas décadas. Credenciado pela conquista da Copa do Mundo de 2002, ganhou uma chance de trabalhar no Velho Mundo e aproveitou. Em seis anos à frente de Portugal, transformou o país em presença frequente nas grandes competições, foi vice da Euro-2004, semifinalista do Mundial-2006 e lançou Cristiano Ronaldo na seleção. Já no Chelsea, passou longe do mesmo sucesso. Mal aceito pelos principais líderes do elenco, como Cech, Terry, Lampard e Drogba, durou menos de uma temporada. Antes de voltar ao Brasil para comandar o Palmeiras, ainda ganhou um título e muito dinheiro no futebol do Uzbequistão.
RICARDO GOMES
Paris Saint-Germain (1996-1998), Bordeaux (2005-2007) e Monaco (2007 a 2009)
Campeão da Copa da França (1998) e bi da Copa da Liga Francesa (1998 e 2007)
O atual comandante do São Paulo já iniciou a carreira como treinador na Europa e viveu bons momentos por lá. Em 1996, logo depois de anunciar a aposentadoria, o ex-zagueiro foi contratado para comandar o Paris Saint-Germain, clube no qual havia atuado por quatro temporadas e que estava longe de ser a potência financeira que é hoje. Dirigindo o amigo Raí, Ricardo Gomes conquistou dois títulos de copas com a equipe da capital francesa antes de tentar a sorte no Brasil. O técnico voltou à França em meados da década de 2000 e trabalhou por quatro anos no Bordeaux e no Monaco antes de mais um retorno para casa.
LEONARDO
Milan (2009-2010) e Inter de Milão (2010-11)
Campeã0 da Copa Itália (2011)
A carreira como treinador do ex-lateral e meia da seleção durou muito pouco, apenas as duas temporadas em que dirigiu dois dos maiores clubes da Itália. Dirigente responsável por levar Kaká para o Milan, Leonardo aceitou o convite de Silvio Berlusconi para dirigir a equipe rossonera em 2009. O brasileiro pegou gosto pela coisa e virou a casaca no ano seguinte, quando comandou a outra potência de Milão, a Internazionale. Só que em 2011, abandonou os bancos de reservas para voltar a trabalhar como diretor esportivo do Paris Saint-Germain. A passagem pela França ficou marcada pela invasão de campo e agressão ao árbitro Alexandre Castro, que lhe custou 14 meses de suspensão.
CARLOS ALBERTO PARREIRA
Valencia (1994-1995) e Fenerbahce (1995-1996)
Campeão turco (1996)
Assim como Felipão, o técnico do tetracampeonato mundial da seleção brasileira também aproveitou a conquista de uma Copa para lançar sua carreira na Europa. Mas, a passagem pelo Valencia, que tinha o goleiro Zubizarreta e o meia brasileiro Mazinho como astros, não foi bem sucedida e durou menos de uma temporada. Parreira teve mais sucesso no Fenerbahce, para onde foi em 1995. Apesar de ter ficado apenas 12 meses à frente do clube turco, acabou com o jejum de sete anos do clube sem conquistar o título nacional.
ZICO
Fenerbahce (2006-2008), Bunyodkor (2008), CSKA Moscou (2009) e Olympiakos (2009-10)
Campeão turco (2007), da Supercopa da Turquia (2007), uzbeque (2008), da Copa do Uzbequistão (2008), da Copa da Rússia (2009) e da Supercopa da Rússia (2009)
Outro que, assim como o Leonardo, desenvolveu sua carreira de técnicos no exterior. No caso de Zico, ela começou no Japão (Kashima Antlers e seleção) e só chegou à Europa em meados da década passada. Apesar de nunca ter treinado nas ligas mais importantes, acumulou bons trabalhos na Europa. O melhor deles, sem dúvida nenhuma, na Turquia. Com um time que era liderado dentro de campo por Alex e que ainda contava com Roberto Carlos, Lugano, Maldonado, Edu Dracena e Deivid, foi até as quartas de final da Liga dos Campeões na temporada 2007/08, melhor resultado da história do clube na competição.
ROBERTO CARLOS
Anzhi (2012), Sivasspor (2013-2014) e Belediyespor (2015)
sem títulos
Contratado para fazer parte (como jogador) do milionário plano do Anzhi de extrapolar as fronteiras da Rússia e se tornar uma potência continental, o lateral esquerdo acabou conciliando a função de atleta com a de treinador interino quando o projeto começou a desandar. Após essa primeira experiência, transferiu-se para a Turquia e teve uma ótima temporada no Sivasspor (quinto colocado no campeonato nacional). Os bons resultados não continuaram, Roberto Carlos mudou de clube e teve seu mais recente trabalho como treinador na Índia, onde dirigiu o Dehli Dynamos no ano passado.
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