Em meio a atentados e golpe, ex-jogador do Inter dá ultimato à Turquia
Líder do Campeonato Turco pelo surpreendente Medipol Basaksehir, o meia brasileiro Márcio Mossoró, 33, já deu um ultimato para o país onde vive e joga desde 2014.
"Se acontecer alguma coisa estranha aqui por perto, vamos ter de ir embora. Imagina se estoura uma bomba no estádio do futebol, não dá", afirma o jogador, campeão da Copa do Brasil de 2005 pelo Paulista e da Libertadores do ano seguinte pelo Internacional.
A preocupação não é à toa. Em menos de dois anos e meio vivendo em Istambul, Mossoró já viu a cidade mais importante da Turquia ser palco de atentados terroristas praticados pelo Estado Islâmico e de uma frustrada tentativa de golpe de Estado contra o presidente Recep Tayyip Erdogan.
"No primeiro ano aqui, a situação era mais tranquila, mas você já ouvia umas bombas às vezes. É lógico que você se assusta com os ataques, os golpes, mas gostamos muito daqui. O único problema é estar na hora errada e no lugar errado", diz.
Por questões de segurança, a mulher de Mossoró estendeu as férias de meio de ano no Brasil por mais dois meses. Sua última passagem pela terra natal, aliás, foi marcada por pressão de familiares e amigos para não retornar à Turquia.
"Eu sempre fui um cara muito preocupado com essas coisas. Vim para a Europa [em 2007, quando foi emprestado pelo Inter ao Marítimo, de Portugal] justamente por pensar demais em segurança. Agora, está calmo por aqui e estamos vivendo muito bem. Tomara que continue assim."
Mas se a insegurança voltar a aumentar e Mossoró decidir deixar a Turquia, ele já sabe qual seu destino preferido.
"Minha prioridade é ficar na Europa. É claro que seria interessante voltar a jogar no Brasil, mas não é o que mais desejo agora."
Curiosamente, a preocupação de Mossoró contrasta com o grande momento que ele vive dentro de campo. O brasileiro já marcou três gols e deu três assistências em um início de temporada em que o Basaksehir ameaça a hegemonia histórica de Fenerbahce, Galatasaray e Besiktas na Turquia.
"É claro que é cedo para imaginarmos o título, mas estamos dando um passo de cada vez. Isso se deve a muito trabalho e à manutenção da base do início do projeto", completa.
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