Há 30 anos, time de comunistas surpreendeu Barça e venceu a Champions

Desde a última quinta-feira, os jogadores que fizeram parte do elenco do Steaua Bucareste na temporada 1985/86 estão reunidos na capital da Romênia para uma série de festividades e homenagens, com direito até a uma peladinha entre cinquentões e sessentões.

O motivo é dos mais justos. Há exatos 30 anos, eles protagonizaram a maior zebra de toda a história das decisões de Liga dos Campeões da Europa, naquele tempo chamada.

O time, que era pouco conhecido internacionalmente e vivia recluso no regime comunista romeno, sagrou-se campeão europeu no dia 7 de maio de 1986 ao derrotar o Barcelona, dentro da Espanha.

"Foi uma grande surpresa para nós aquele título, não imaginávamos que poderíamos ganhar. Achávamos que o Barcelona era muito melhor do que realmente era", disse por telefone o ex-zagueiro Miodrag Belodedici.

O herói da conquista em Sevilha foi o goleiro Helmuth Duckadam, que pegou os quatro pênaltis batidos pelos espanhóis depois do empate sem gols no tempo normal e na prorrogação.

Apesar de não ter 10% da badalação de hoje, o Barcelona derrotado pelo Steaua chegou à final como favoritíssimo, já que havia desbancado a favorita Juventus pelo caminho e contava com jogadores importantes, como o meia alemão Bernd Schuster e o artilheiro escocês Steve Archibald.

Mas os espanhóis pararam na retranca armada por um Steaua, que ainda conseguiu se manter em alta por mais alguns anos, já que as transferências dos seus jogadores para o exterior eram proibidas pelo governo comunista.

No mesmo ano, o clube romeno conquistou a Supercopa da Europa. E, em 1989, com uma base semelhante reforçada pelo então jovem Gheorghe Hagi, foi vice-campeão europeu –levou 4 a 0 do Milan na decisão.

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