Neymar é melhor e mais decisivo em mata-matas do que em pontos corridos
O Arsenal tem um motivo especial para temer Neymar no confronto contra o Barcelona, nesta terça-feira, em Londres, pelas oitavas de final da Liga dos Campeões da Europa.
É que são nos confrontos mata-mata que o brasileiro mais costuma brilhar com a camisa do clube catalão.
A análise dos números do atacante desde sua chegada à Espanha, em 2013, mostra que ele é 25% mais goleador quando está em uma partida eliminatória.
Neymar já disputou 27 jogos eliminatórios (Copa do Rei, Mundial, fase final da Liga dos Campeões e Supercopas) pelo Barcelona e marcou 20 vezes. Ou seja, 0,74 gol por partida.
Sua média em partidas de pontos corridos (Espanhol) e fase de grupos da Champions é bem menor, de 0,59. Foram 57 gols em 97 apresentações.
O desempenho de Neymar na temporada passada da Liga dos Campeões mostra bem essa transformação do brasileiro quando chega a hora dos confrontos mais decisivos.
Em 2014/15, ele marcou apenas três vezes nas cinco partidas que fez na fase de grupos. Mas, quando chegou o mata-mata, fez três gols nas quartas contra o PSG, mais três na semi ante o Bayern de Munique e outro na decisão frente à Juventus.
Terminou a Champions como campeão e dividindo a artilharia do torneio com Messi e Cristiano Ronaldo.
O outro prêmio de artilharia conquistado pelo brasileiro na Europa foi em uma competição disputada apenas em confrontos eliminatórios.
Na temporada passada, ele foi o goleador da Copa do Rei. O tradicional torneio espanhol chegou a ser apelidado pela imprensa catalã de "Copa do Ney", tamanho o sucesso que o camisa 11 do Barcelona teve por lá.
O sucesso de Neymar em confrontos eliminatórios é apenas uma das armas que fazem do Barcelona favorito destacado no encontro com o Arsenal.
O time dirigido por Luis Enrique está invicto há 32 jogos, maior sequência da história do clube.
Conta também com o ataque mais temido do planeta, formado por Neymar, Messi e Suárez. Já são 128 gols nesta temporada, média superior a 2,6 gols por partida.
Por fim, o retrospecto do confronto direto na Liga dos Campeões também é favorável ao Barça. São quatro vitórias em sete jogos, inclusive na final de 2006, com dois empates e somente uma derrota.
A equipe de Neymar busca nesta temporada um feito histórico. Desde o bicampeonato do Milan em 1989 e 1990, nenhum time consegue ser campeão europeu duas temporadas consecutivas.
Quem sabe, tenha chegado a hora do Barcelona repetir esse feito? E a fúria artilheira do brasileiro em mata-matas pode ajudar.
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