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Rafael Reis

Nunca pensamos no rebaixamento, diz Willian, após transformação do Chelsea

Rafael Reis

15/02/2016 07h10

Doze partidas de invencibilidade, 11 gols nos últimos quatro jogos e uma exibição de gala na goleada por 5 a 1 sobre o Newcastle, no sábado.

O Chelsea que começa a decidir nesta terça-feira uma vaga nas quartas de final da Liga dos Campeões da Europa, contra o Paris Saint-Germain, nem parece o mesmo que tanto sofreu no início da temporada.

Até a queda do técnico português José Mourinho, em dezembro, o time londrino vivia uma draga danada.

Foram apenas quatro derrotas nas primeiras 16 rodadas do Campeonato Inglês. Desempenho que deixava o time à beira da zona de rebaixamento –tinha só um ponto de vantagem para o Norwich, que abria o grupo do descenso.

"É difícil explicar o que aconteceu, mas nunca pensamos na possibilidade de ser rebaixado. É claro que nos preocupávamos, porque às vezes você entra numa situação dessas, acorda tarde e acaba caindo", afirmou o meia Willian.

Willian

A reação e a série invicta de 12 partidas coincidem com a troca de Mourinho pelo holandês Guus Hiddink.

Mas, de acordo com o meia brasileiro, isso não indica que o elenco do Chelsea tinha problemas de relacionamento com o treinador português, como foi noticiado inúmeras vezes por vários veículos da imprensa inglesa e insinuado pelo próprio Mourinho.

"A troca de técnico aconteceu como acontece em vários clubes, quando os resultados não são positivos. Nunca vi nenhum tipo de discussão ou desavença com ele. Nunca soube de nada desse tipo. Eu, particularmente, posso dizer que nunca tive nenhum problema com ele."

Não mesmo. Ao contrário de Diego Costa e Fábregas, que se transformaram depois da mudança de treinador, e Willian tem jogado bem a temporada inteira, mesmo nos piores momentos do clube inglês.

O brasileiro, que saiu ovacionado da partida do último fim de semana, vive sua temporada mais artilheira nos Blues. Além dos nove gols, também deu sete assistências para seus companheiros marcarem.

Na Liga dos Campeões, fez cinco dos 13 gols que colocaram o Chelsea na primeira colocação do Grupo G.

"Estou muito feliz com minha performance, com a forma com que venho jogando. Estou procurando sempre evoluir. Só é uma pena que não começamos bem o campeonato."

A primeira metade da temporada matou as chances do Chelsea na Premier League (é apenas o 12º colocado), mas não impede que Willian sonhe com seu segundo título europeu da história.

Em 2012, quando venceu sua única Liga dos Campeões, a equipe de Londres também passou por uma temporada conturbada, com direito a demissão de técnico em março, e uma modesta sexta colocação no Inglês.

"O pessoal comenta por aqui que quando o Chelsea passa por momentos difíceis, ele vai bem na Champions. Quem sabe não aconteça de novo e a gente possa ganhar um título?

Mas, para isso, é preciso primeiro passar pelo PSG. Um time que, ao contrário dos azuis de Londres, faz uma temporada quase perfeita e lidera o Campeonato Francês com mais de 20 pontos de vantagem.

"Eles estão muito bem, mas acho que em um jogo assim não dá para falar que existe favorito", completa Willian.

Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.