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Rafael Reis

Por gigantes como Barça e Real, Florida Cup quer ser "Rock in Rio" da bola

Rafael Reis

30/12/2015 07h30

"Pensamos em fazer a Florida Cup no mundo inteiro, algo como o Rock in Rio, que leva esse nome, mas acontece também em Lisboa, Madri e Las Vegas. Nosso objetivo é realizar o maior torneio de intertemporada do mundo."

Essa declaração deixa claro que os planos do empresário brasileiro Ricardo Silveira, da 2SV Sports, para o futuro da Florida Cup são bastante ambiciosos.

Realizada pela primeira vez no começo do ano nos Estados Unidos, o torneio amistoso ganhará uma segunda edição entre os dias 10 e 20 de janeiro.

Além de Bayer Leverkusen, Corinthians e Fluminense, que estiveram na edição de estreia, a competição de 2016 também terá as presenças de mais dois clubes brasileiros (Atlético-MG e Internacional), do alemão Schalke 04, do ucraniano Shakhtar Donetsk, do colombiano Independiente Santa Fé e do local Fort Lauderdale Strikers.

Florida Cup

As decisões de mais do que dobrar o número de times participantes e de ampliar o número de países com clubes inscritos não são à toa. Fazem parte do plano de expansão do torneio.

"Nosso foco nunca foi focar apenas o mercado brasileiro. Queremos dar uma cara mais mundial para a competição. A ideia é fazer um mix de países e mercados", afirma Silveira.

O torneio é fruto de uma colaboração entre a 2SV e a Disney Sports, acordada depois que a empresa brasileira levou o Fluminense para fazer uma intertemporada nos EUA em 2013. Dois anos depois, nasceu a Florida Cup.

"Os clubes têm mania de jogar contra times da cidade onde treinam na pré-temporada, mas o que acontece é que assim você acaba não sendo testado. Por isso, é importante jogar um torneio como o nosso. Faz diferença ser testado", diz.

Foi o que aconteceu com o Corinthians em 2015. O ano do campeão brasileiro começou com uma derrota para o Colônia, da primeira divisão da Alemanha, e uma vitória sobre o também alemão Bayer Leverkusen, time que disputou a Liga dos Campeões da Europa nesta temporada.

Segundo Silveira, os principais desafios da Florida Cup para os próximos anos são driblar as "limitações de datas e países" atuais para conseguir assim elevar o nível da competição amistosa.

Para atrair times como Barcelona, Real Madrid e Manchester United, por exemplo, cujas ligas nacionais que disputam não têm férias em janeiro, será necessário realizar o torneio em outras datas, entre junho e agosto.

Outra opção cogitada pela Florida Cup é organizar edições do campeonato fora dos EUA para facilitar a presença desses clubes e expandir mercado. A inspiração vem do Rock in Rio, que mantém essa marca mesmo quando é realizado fora da Cidade Maravilhosa.

"Não precisamos ter só uma Florida Cup por ano e nem todas as Floridas Cup precisam ser na Flórida", completa.

 

Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.