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Rafael Reis

Trio é para os grandes. No Mundial, Suárez é suficiente para o Barcelona

Rafael Reis

17/12/2015 10h21

As ausências de Neymar e Messi não fizeram nenhuma falta para o Barcelona. Contra adversários mais fracos, ter apenas um dos vértices do triângulo de ataque mais famoso do mundo já é mais que suficiente.

Sem seus festejados companheiros de frente e vestindo a mesma camisa azul celeste do Uruguai, Suárez brilhou na semifinal do Mundial de Clubes da Fifa e marcou seu terceiro hat-trick em um ano no clube catalão.

Só o uruguaio marcou na vitória por 3 a 0 sobre o Guangzhou Evergrande, que, apesar do dinheiro infinito que aparenta ter e de estar cheio de brasileiros conhecidos, como Felipão, Paulinho e Ricardo Goulart, está vários degraus abaixo do Barcelona.

A semifinal do Mundial foi uma partida parecida com aquelas mais fáceis que o time dirigido por Luis Enrique se depara no Espanhol (ou até mesmo na Copa do Rei). Aquelas em que se o trio de frente está completo, é goleada quase na certa. E que, mesmo sem ele, a vitória vem naturalmente.

Suarez

E olha que o Barcelona começou o jogo sonolento, talvez devido ao jet lag de quem só chegou ao Japão três dias atrás. Mas o tempo tratou de mostrar o abismo existente entre o campeão europeu e o asiático.

Bastou um chute de fora da área de Rakitic para o goleiro falhar e entregar o rebote nos pés de Suárez, que abriu o placar. Já no segundo tempo, o uruguaio recebeu um passe magistral de Iniesta, matou no peito e ampliou.

E aí, justiça seja feita: Suárez pode até não ter tido Messi e Neymar a seu lado, mas Iniesta, com uma grande atuação, foi uma ótima companhia.

O camisa 9 ainda fez mais um, em cobrança de pênalti, fechando o placar.

A dúvida é se na decisão de domingo, contra o River Plate, Suárez sozinho também será suficiente, já que as presenças de Neymar, que se recupera de uma lesão muscular, e Messi, com problemas renais, ainda não são garantidas.

O meu palpite: é bem possível que sim. O River, apesar da camisa pesada e de bons valores individuais, não é tão melhor assim que o Guangzhou.

Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.