Com direito a Serra Leoa e até Iraque, final da MLS reúne os 5 continentes
O atacante Kei Kamara, artilheiro da Major League Soccer e principal jogador do Columbus Crew, é de Serra Leoa, pequeno país localizado no extremo oeste da África que ficou conhecido nos últimos anos pela epidemia de ebola.
Já o goleiro Adam Kwarasey, titular da meta do Portland Timbers, nasceu de Oslo, capital da Noruega. Mas, na Copa do Mundo do ano passado, ele vestiu a camisa 12 da seleção de Gana, terra natal do seu pai.
A final deste domingo, entre Crew, campeão em 2008, e os Timbers, que ainda buscam sua primeira taça, mostra que a MLS não é simplesmente o principal campeonato profissional de futebol dos EUA. É, sim, uma liga de alcance internacional.
Somados os elencos dos dois times, a decisão irá reunir jogadores de 19 países diferentes. E, o mais impressionante, representando todos os continentes do planeta, algo bastante raro até em jogos dos globais campeonatos Inglês, Alemão ou Espanhol.
O rei da pluralidade é o Crew, que possui nada menos que 13 nacionalidades diferentes na equipe.
Além do serra-leonino Kamara, que chegou aos EUA em 2006 junto com seus familiares devido a um programa de acolhimento de refugiados, e dos norte-americanos, o time dirigido por Gregg Berhalter tem atletas de Áustria, Camarões, Islândia, Suécia, Argentina, República Democrática do Congo, Trinidad e Tobago, Costa Rica, Jamaica, Gana e Iraque.
Não, você não leu errado. Existe até mesmo um iraquiano jogando na franquia de Ohio. Trata-se do atacante Justin Meram, que, apesar de ter nascido em território americano, sempre colocou como sonho defender o Iraque, de onde vieram seu pai e sua mãe. O objetivo foi cumprido em 2014.
A diversidade dos Timbers é um pouco menor: EUA, Jamaica, Canadá, Argentina, Nicarágua, Colômbia, Gana, Costa Rica, Inglaterra, Nova Zelândia e, claro, Brasil.
O lateral esquerdo capixaba Jeanderson, que jogou apenas em times pequenos antes de migrar para os States, é o único brasileiro na decisão.
Ele faz parte do elenco do time de Portland, apesar de ter participado de apenas três jogos da MLS e passado a maior parte da temporada cedido à equipe B.
Atuam nos Timbers jogadores que já tiveram sucesso em grandes centros do futebol internacional.
O meia Diego Valeri, por exemplo, passou pelo Porto e defendeu a seleção argentina. Já o zagueiro inglês Liam Ridgewell construiu uma carreira sólida na Premier League (West Ham, Aston Villa e Birmingham, entre outros) antes de se mandar para a MLS.
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