Ele foi comprado pelo Chelsea com seus irmãos e hoje ameaça o Brasil sub-17

O sobrenome Da Silva é um dos mais comuns do Brasil. Mas, na segunda partida da seleção sub-17 no Mundial da categoria, nesta terça-feira (20), no Chile, ele estará do outro lado do gramado.

Um dos principais destaque da equipe juvenil da Inglaterra, adversária brasileira nesta tarde, é Jay da Silva, 17, lateral esquerdo do Chelsea.

Apesar de carregar um sobrenome tipicamente brasileiro, a origem da família de Jay, de acordo com seu pai, Trevor, está no Caribe.

E família é algo muito importante para o lateral esquerdo.

Revelado pelo Luton Town, time da quarta divisão inglesa, Jay protagonizou uma das mais incomuns transferências de jovens que se tem notícia.

Em 2012, quando ele tinha apenas 13 anos, o Chelsea o descobriu e decidiu levá-lo para Londres. Mas ele não foi sozinho. O clube também contratou dois dos seus irmãos, os gêmeos Rio e Cole.

A transferência em bloco ainda não está completamente quitada, já que o Chelsea se comprometeu a pagar 1 milhão de libras (quase R$ 6 milhões, na cotação atual) caso um dos irmãos Da Silva entre em campo algum dia pelo time profissional.

"Ver três irmãos se transferindo juntos é um negócio histórico", definiu, na época, o chefe das categorias de base do Luton Town, Gregg Broughton.

Entre os três irmãos da Da Silva, Jay é o que mais tem aparecido. Titular absoluto da lateral esquerda do Chelsea e da Inglaterra sub-17, ele se destaca pela força ofensiva e a habilidade para dribles.

A badalação em torno do jovem é tanta que Ian Wright, uma lenda do Arsenal, chegou a dizer em abril que Jay da Silva já é melhor que qualquer lateral esquerdo que atua na Premier League, a primeira divisão do Campeonato Inglês.

Mais um motivo para o Brasil sub-17 se preocupar. A seleção, que já estreou com derrota para a Coreia do Sul na estreia, ficará em situação delicada no Mundial se não vencer a Inglaterra. O Grupo B ainda conta com a participação de Guiné.