copa-1982 – Blog do Rafael Reis http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br Esse espaço conta as história dos jogadores fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público. Thu, 12 Mar 2020 12:29:00 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 O dia em que um príncipe invadiu campo para anular gol na Copa do Mundo http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2018/02/21/o-dia-em-que-um-principe-foi-a-campo-para-anular-gol-na-copa-do-mundo/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2018/02/21/o-dia-em-que-um-principe-foi-a-campo-para-anular-gol-na-copa-do-mundo/#respond Wed, 21 Feb 2018 07:30:20 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=7666 Imagine a seguinte cena: o príncipe de um país do Oriente Médio se revolta com a decisão da arbitragem, deixa as tribunas onde estava acomodado, invade o gramado ao lado dos seus guarda-costas pessoais, pressiona o juiz a voltar atrás e consegue o que desejava.

O episódio descrito acima não aconteceu em um torneio amador e nem nas divisões inferiores de algum pequeno país do Mundo Árabe. O palco dessa cena pitoresca foi a competição de futebol mais importante do planeta.

Em 1982, o xeque Fahd Al-Ahmed Al-Jaber Al-Sabah, irmão do então emir do Kuwait, conseguiu paralisar uma partida de Copa do Mundo. E impôs sua posição sobre a do trio da arbitragem.

A cena aconteceu na partida entre França e Kuwait, em Valladolid (Espanha), pela segunda rodada da fase de grupos.

Os europeus já venciam por 3 a 1 quando, aos 27 min do segundo tempo, Giresse marcou mais um. O lance provocou a revolta dos jogadores árabes, que alegaram que o adversário estava impedido e que haviam escutado um apito.

O xeque Fahd, que também era o presidente da federação local de futebol, levou a reclamação a sério. Tão a sério que decidiu ir até o campo para conversar pessoalmente com o árbitro Miroslav Stupar, da União Soviética.

O kuwaitiano argumentou que os jogadores de sua seleção desistiram da jogada do gol de Giresse depois de ouvir um apito, talvez até vindo das arquibancadas, por acreditarem que o juiz estava marcando impedimento.

A lábia de Fahd convenceu Stupar, que voltou atrás e anulou o quarto gol francês. Foi só depois dessa decisão que os jogadores do Kuwait, que haviam deixado o gramado durante a confusão, retornaram para o campo.

Os franceses ainda tiveram tempo para balançar as redes mais uma vez e venceram por 4 a 1.

Já o Kuwait, que era treinado pelo brasileiro Carlos Alberto Parreira, despediu-se da Copa-1982 com duas derrotas (França e Inglaterra) e um empate (Tchecoslováquia). Desde então, o time do Oriente Médio jamais voltou a se classificar para a competição.

Posteriormente, tanto o xeque Fahd quando o árbitro Stupar acabaram suspensos pela Fifa.

O juiz continuou trabalhando no Campeonato Soviético até 1991, quando decidiu se aposentar. Já o príncipe kuwaitiano morreu em 1990, no início da Guerra do Golfo, por forças iraquianas que invadiram seu país.


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Por onde andam os jogadores da Itália que fez o Brasil chorar na Copa-1982? http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2017/05/18/por-onde-andam-os-jogadores-da-italia-que-fez-o-brasil-chorar-na-copa-1982/ http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2017/05/18/por-onde-andam-os-jogadores-da-italia-que-fez-o-brasil-chorar-na-copa-1982/#respond Thu, 18 May 2017 07:30:10 +0000 http://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/?p=5055 Não é à toa que a eliminação brasileira na Copa do Mundo-1982 entrou para a história com o nome de “Tragédia do Sarriá”.

A derrota por 3 a 2 para a Itália, no dia 5 de julho, no estádio Sarriá, em Barcelona, foi o fim da linha de uma seleção repleta de craques, como Falcão, Sócrates, Zico e Júnior, e que praticava um dos futebóis mais bonitos da história dos Mundiais.

O resultado classificou a seleção europeia para as semifinais e a alavancou rumo à conquista do tri, seis dias depois, com uma vitória por 3 a 1 sobre a Alemanha Ocidental.

Trinta e cinco anos depois de fazerem o Brasil chorar, como está a vida dos jogadores que impuseram à amarelinha uma das derrotas mais doloridas de toda sua existência? É isso que mostramos logo abaixo:

POR ONDE ANDA – ITÁLIA (1982)?

Dino Zoff (75 anos) – Jogador mais velho a conquistar uma Copa do Mundo, o capitão italiano já era um quarentão em 1982. O ex-goleiro foi um treinador importante no Calcio durante a década de 1990 e chegou a dirigir a seleção italiana entre 1998 e 2000. Seu trabalho de maior sucesso foi com a Juventus, onde conquistou os títulos da Copa Itália e da Copa da Uefa em 1990. Zoff está aposentado dos bancos de reservas há mais de dez anos.

Claudio Gentile (63 anos) – O implacável marcador de Zico e Maradona na Copa-1982 foi assistente de Dino Zoff na seleção italiana principal, dirigiu a equipe sub-21 entre 2000 e 2006 e foi medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Atenas-2004. Em 2014, chegou a ser anunciado como treinador do Sion, da Suíça. No entanto, jamais exerceu o cargo.

Gaetano Scirea (in memoriam) – Um dos melhores defensores de todos os tempos, o líbero morreu em 1989, um ano depois de pendurar as chuteiras. Scirea fazia parte da comissão técnica da Juventus, clube que defendeu durante a maior parte da carreira, e estava a trabalho na Polônia quando sofreu o acidente de carro que encerrou sua vida.

Fulvio Collovati (60 anos) – O ex-zagueiro de Milan, Inter de Milão e Roma ainda vive do futebol, mas agora fora de campo. Collovati é comentarista da RAI, a rede de televisão pública italiana. O ex-jogador também faz parte da administração do Pro Patria, um pequeno clube que disputa a quarta divisão do Calcio.

Antonio Cabrini (59 anos) – O lateral esquerdo que disputou quase 300 partidas pela Juventus já tentou de tudo desde a aposentadoria, em 1991. Cabrini participou de reality shows e até tentou carreira na política. Desde 2000, trabalha como técnico. Apesar de nunca ter tido muito sucesso em equipes masculinas, foi escolhido em 2012 para dirigir a seleção italiana feminina, onde está até hoje.

Bruno Conti (62 anos) – Assim como fez durante o período em que jogou futebol profissionalmente, o meia campeão mundial de 1982 continua dedicando sua carreira à Roma. Conti já passou por várias funções na equipe da capital italiana (treinador da base, diretor-técnico e até interino da equipe principal). Hoje, é o homem responsável pelas gestão das categorias de base do clube.

Marco Tardelli (62 anos) – O ex-meia da Juve tem uma carreira bastante longa como treinador, ainda que jamais tenha obtido grandes resultados. Tardelli já dirigiu as seleções sub-16 e sub-21 da Itália, comandou a Inter de Milão e até o Egito. Seu trabalho mais recente foi como assistente técnico de Giovanni Trapattoni na seleção da Irlanda entre 2008 e 2013.

Giancarlo Antognoni (63 anos) – Cérebro da Itália na conquista do tricampeonato mundial, o ex-meia continua ligado à Fiorentina, clube que defendeu durante 15 anos e que o tem como um dos maiores ídolos de sua história. Antognoni atualmente é o vice-presidente do time de Florença e trabalha diretamente com as contratações de jogadores.

Gabriele Oriali (64 anos) – O ex-meia chegou a ser condenado a seis meses de prisão, em 2006, por ter participado de um esquema de falsificação de passaporte do uruguaio Álvaro Recoba quando era dirigente da Inter de Milão, no começo dos anos 2000. Livre da pena, Oriali é auxiliar da seleção italiana desde 2014 e braço direito do técnico Giampiero Ventura.

Francesco Graziani (64 anos) – O ex-atacante até já trabalhou como comentarista, mas sua especialidade desde que se aposentou, em 1988, é comandar times pequenos. Graziani começou a carreira como técnico na Fiorentina, mas depois só pegou clubes menores. O trabalho de maior sucesso foi à frente do Cervia, uma equipe amadora que ele conduziu para a quarta divisão em 2005.

Paolo Rossi (60 anos) – Autor de três gols no confronto com o Brasil, o artilheiro e melhor jogador da Copa-1982 optou por não seguir uma carreira formal no futebol depois da aposentadoria. Paolo Rossi até fez alguns frilas como comentarista na Itália, mas ganha a vida como proprietário de um hotel na Toscana. O ex-atacante também é embaixador das Nações Unidas e participou da sétima temporada da versão italiana da “Dança dos Famosos”.

Giuseppe Bergomi (53 anos) – Reserva no confronto com o Brasil, precisou ir a campo ainda no primeiro tempo devido a uma contusão sofrida por Collovati. Um dos grandes nomes da história da Inter de Milão, o ex-zagueiro chegou a trabalhar como treinador de categorias de base. No entanto, sua função mais conhecida é a de comentarista da Sky Sports Italia.

Gianpiero Marini (66 anos) – Outro reserva utilizado na partida contra o Brasil, o ex-meia estreou como técnico na Inter de Milão, em 1993, e conquistou logo de cara a Copa da Uefa. No entanto, esse foi o grande momento de sua carreira no banco de reservas. Depois, treinou Como, Cremonese e seleção B da Itália.

Enzo Bearzot (in memoriam) – Recordista de partidas à frente da seleção italiana, dirigiu a Azzurra 104 vezes entre 1975 e 1986, quando decidiu se aposentar do futebol. Morreu aos 83 anos, em 21 de dezembro de 2010, justamente 42 anos depois da morte de Vittorio Pozzo, o treinador dos dois primeiros títulos mundiais da Itália.


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