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Rafael Reis

Por onde andam 7 ídolos históricos do Milan?

Rafael Reis

04/07/2019 04h20

Eles já penduraram as chuteiras e abandonaram o futebol profissional. Mesmo assim, continuam sendo amados e idolatrados pelos torcedores dos clubes onde marcaram gols, fizeram defesas milagrosas, conquistaram títulos importantes e escreveram seus nomes na história.

Desde o começo de abril, o "Blog do Rafael Reis" publica semanalmente a seção "Por Onde Andam os ídolos?". Desde então, mostrarmos semanalmente os paradeiros dos maiores nomes de todos os tempos dos times mais importantes do futebol europeu.

Hoje, apresentamos o destino de sete ídolos históricos do Milan, um clube sete vezes campeão europeu. Na próxima semana, será a vez de fazer o mesmo com jogadores que construíram a trajetória da Inter de Milão.

PAOLO MALDINI
Ex-zagueiro
51 anos
Italiano

Crédito:Michael Steele/Getty Images

Um dos maiores defensores da história do futebol, é uma espécie de lenda viva milanista. Filho de um ídolo do clube (Cesare Maldini), Paolo passou incríveis 25 temporadas (1984 a 2009) vestindo a camisa rossonera, a única que usou durante toda sua carreira. Primeiro como lateral esquerdo e depois como zagueiro, disputou 902 partidas pelo clube, mais do que qualquer outro jogador, e levantou nada menos que cinco títulos da Liga dos Campeões. Antigo dono de um clube nos EUA, o Miami FC, assumiu no mês passado o cargo de diretor-técnico do Milan e tem como missão ajudar a equipe a voltar ao nível de que quando ele era jogador.

ANDRIY SHEVCHENKO
Ex-atacante
42 anos
Ucraniano

Crédito: Reprodução

O atacante que eternizou a camisa 7 do Milan foi um dos grandes jogadores da primeira década deste século e chegou a ser indicado ao prêmio de melhor do mundo (terceiro colocado em 2004). Shevchenko é também o vice-artilheiro histórico do Milan, com 175 gols, menos apenas que o sueco Gunnar Nordahl, já morto. Depois de abandonar os gramados, em 2012, o ucraniano chegou a tentar uma carreira política, que não deu muito certo. Resultado: voltou para o futebol. Shevchenko foi auxiliar da seleção de sua terra natal e, desde julho de 2016, é o treinador da equipe.

MARCO VAN BASTEN
Ex-atacante
54 anos
Holandês

Crédito: AFP

Centroavante de raro refinamento técnico, foi o craque do Milan na conquista do bicampeonato europeu em 1989 e 1990. Van Basten marcou 124 gols em 201 partidas pelo clube. E esses números só não são maiores devido aos inúmeros problemas físicos que minaram a carreira do astro holandês e fizeram com que ele se aposentasse cedo, aos 31 anos. Desde então, Van Basten já fez muita coisa: foi técnico do Ajax, da seleção holandesa e de clubes menores, além de ter trabalhado como dirigente da Fifa.

FRANCO BARESI
Ex-zagueiro
59 anos
Italiano

Crédito: Getty Images

Assim como Maldini, dedicou a carreira toda como profissional ao Milan e se despediu como um dos maiores nomes do clube em todos os tempos. Entre 1977 e 1997, disputou 719 partidas com a camisa rossonera, menos apenas do que o antigo companheiro de zaga. Baresi foi seis vezes campeão italiano e ganhou três edições da Champions. Entre 2002 e 2008, trabalhou como treinador nas categorias de base do Milan. Depois, aposentou-se de vez do futebol e hoje participa apenas de alguns eventos e palestras.

KAKÁ
Ex-meia
37 anos
Brasileiro

Crédito: Marco Luzzani/Getty Images

O meia-atacante que imortalizou a camisa 22 foi o último brasileiro e também o mais recente jogador do Milan a conquistar o prêmio de melhor do mundo. Em 2007, Kaká ganhou a eleição da Fifa ao conduzir a equipe italiana ao seu sétimo título de Liga dos Campeões da Europa. A cria das categorias de base do São Paulo jogou profissionalmente até 2017, quando encerrou a passagem pelos Estados Unidos. Nos últimos dois anos, tem curtido a aposentadoria e administrado o patrimônio construído ao longo da carreira.

GENNARO GATTUSO
Ex-meia
41 anos
Italiano

Crédito: Reprodução

Em recursos técnicos, o ex-volante não se compara a nenhum outro jogador dessa lista. Mas, apesar de um tanto quanto limitado no manejo com a bola, Gattuso escreveu seu nome na história do Milan graças a uma entrega em campo de deixar qualquer atleta de queixo caído. Foram nada menos que 13 anos dedicados ao clube. Antes mesmo de pendurar as chuteiras, já estreou como treinador na Suíça. Gattuso trabalhou em equipes menores e até na Grécia antes de assumir o comando do Milan, em 2017. No fim da última temporada, deixou o cargo sem conseguir restaurar a grandeza do clube e abriu mão da indenização financeira que tinha a receber.

GIANNI RIVERA
Ex-meia
75 anos
Italiano

Crédito: Reprodução

Apesar de não ter sido propriamente um homem de ataque, é o terceiro maior artilheiro da história do Milan e fez mais gols pelo clube (164) do que qualquer outro italiano. Rivera era o dono do meio-campo rossonero nas décadas de 1960 e 1970, período em que o clube ganhou suas duas primeiras Champions. Depois de aposentado, foi vice-presidente milanista e entrou para o mundo da política. Entre 2005 e 2009, foi membro do Parlamento Europeu representando a Itália.


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Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.