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Rafael Reis

Chucky, Chicharito, Tecatito: Entenda os apelidos dos jogadores do México

Rafael Reis

01/07/2018 04h00

No confronto das oitavas de final da Copa do Mundo, nesta segunda-feira, às 11h (de Brasília), em Samara, a seleção brasileira precisa tomar cuidado com os velozes contra-ataques puxados por Chucky e com o oportunismo dentro da área de Chicharito.

Como acontece em várias seleções latino-americanas, muitos jogadores do México são mais conhecidos em seu país pelo apelido do que propriamente pelo nome e sobrenome que ostentam na camisa.

Além de Chucky e Chicharito, a equipe comandada pelo colombiano Juan Carlos Osorio conta ainda com Tecatito, Memo e com o solene Káiser de Michoacán.

Mas você sabe o que significam esses apelidos? Deciframos abaixo as formas como são conhecidos alguns dos principais jogadores do próximo adversário do Brasil no Mundial da Rússia.

JAVIER HERNÁNDEZ (CHICHARITO) – Filho de ervilha, ervilhinha é. Essa é a explicação para o apelido do maior artilheiro da história da seleção mexicana, com 50 gols em 105 partidas. O centroavante é filho de Javier Hernández Gutiérrez, meio-campista de sucesso nas décadas de 1980 e 1990, que participou da Copa-1986 e era conhecido como "Chicharo" (ervilha, em português). Além do nome, o astro do México no século também herdou o diminutivo do apelido do pai.

HIRVING LOZANO (CHUCKY) – Destaque na conquista do título holandês conquistado pelo PSV na última temporada e autor do gol da vitória sobre a Alemanha, na primeira rodada da Copa do Mundo, o veloz atacante é conhecido desde a adolescência pelo nome do protagonista da série de filmes de terror "Brinquedo Assassino". Lozano passou a ser chamado de Chucky nas categorias de base do Pachuca porque tinha o hábito de assustar os outros garotos, seus companheiros de time.

JESÚS CORONA (TECATITO) – O apelido Tecatito Corona recebido pelo atacante do Porto nada mais é do que uma brincadeira com os nomes de suas das marcas mais conhecidas de cerveja do México. Como o jogador já tinha o sobrenome Corona, uma dessas marcas, seus companheiros de time começaram a chamá-lo de Tecatito, diminutivo para Tecate, outra bebida bastante conhecida. O apelido pegou e ficou.

GUILLERMO OCHOA (MEMO) – No caso do goleiro mexicano, o apelido não tem nenhum juízo de valor ou grande história por trás. Apesar de significar algo como "idiota" ou "imbecil" na Espanha, Memo é um apelido comum para pessoas chamadas Guillermo na América Central e no México. Nessas regiões, a palavra não tem essa carga negativa, é apenas como o nosso "Zé" para os Josés.

RAFAEL MÁRQUEZ (EL KÁISER DE MICHOACÁN) – Veterano de cinco Copas do Mundo, o ex-zagueiro do Barcelona é chamado no México de "Kaiser" em uma referência explícita a Franz Beckenbauer, líder da seleção alemã na conquista da Copa do Mundo de 1974 e até hoje uma referência para defensores. Já o Michoacán que completa seu apelido é a região mexicana onde Rafa Márquez nasceu.


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Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.