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Rafael Reis

Coisa de brasileiro? 7 jogadores da Copa que são conhecidos pelo apelido

Rafael Reis

08/06/2018 04h00

Pelé, Didi, Garrincha, Zico, Bebeto, Kaká. Boa parte dos maiores astros da história do futebol brasileiro ficaram eternizados no mundo da bola não por seus nomes de batismo, mas sim pelos apelidos que receberam e defenderam ao longo da carreira.

Por muito tempo, essa foi uma característica que distinguia o futebol praticado por aqui do jogado no resto do mundo. Enquanto no Brasil os atletas eram conhecidos por apelidos, muitas vezes de tom até infantil, na Europa e em outros países da América do Sul, era o sobrenome que imperava.

Só que essa diferenciação é coisa do passado. Dos 23 jogadores da seleção brasileira que vão disputar a Copa, os mais próximos de adotarem um apelido são Fernandinho, Paulinho e Marquinhos, que usam os diminutivos de seus nomes, e Fred, que optou por usar uma redução do seu nome de batismo, Frederico.

Mas isso não significa que os apelidos acabaram no futebol. Eles apenas mudaram de endereço. E estarão, sim, presentes no Mundial da Rússia.

Apresentamos abaixo sete jogadores que vão disputar a Copa-2018 que são conhecidos por apelidos.

ISCO
Francisco Román Alarcón Suárez
Meia-atacante
26 anos
Real Madrid (ESP)
Espanha

Se adotasse a forma costumeira como os jogadores são conhecidos na Espanha, o meia-atacante do Real Madrid seria conhecido como Alarcón. Mas o pomposo sobrenome perdeu lugar para o apelido de infância. Isco pode até ser a redução de Francisco. Só que as pessoas que recebem esse nome de batismo no país campeão mundial de 2010 raramente são chamadas assim. Paco e Pancho são os apelidos mais comuns para os Franciscos espanhóis.

KOKE
Jorge Resurreción Merodio
Meia
26 anos
Atlético de Madri (ESP)
Espanha

Companheiro de Isco desde as seleções de base, o meia do Atlético de Madri é outro espanhol que preferiu deixar o sobrenome de lado no futebol. Koke é uma forma como crianças pequenas costumam chamar pessoas batizadas como Jorge, já que esse não é um nome tão fácil de ser dito na língua espanhola. No caso do camisa 8 da Fúria na Copa-2018, o apelido pegou tanto que foi mantido na vida adulta.

NACHO
José Ignacio Fernández Iglesias
Zagueiro
28 anos
Real Madrid (ESP)
Espanha

O zagueiro do Real Madrid é mais um espanhol que ficou conhecido pela redução do seu nome de batismo. No começo da carreira, o jogador até costumava ser chamado de Nacho Fernández. No entanto, com o tempo o sobrenome foi perdendo espaço e José Ignácio virou apenas Nacho.

PEPE
Kepler Laveran de Lima Ferreira
Zagueiro
35 anos
Besiktas (TUR)
Portugal

O ex-zagueiro do Real Madrid mantém a tradição brasileira de jogadores com apelidos simples no lugar do nome e do sobrenome. Mas, apesar de ter nascido em Maceió e começado a carreira no Corinthians alagoano, Pepe defende a seleção portuguesa desde 2007 e vai para terceira Copa do Mundo de sua carreira. Em Portugal (e também no Brasil), pouca gente sabe que seu nome verdadeiro é Kepler.

KAHRABA
Mahmoud Adbel-Moneim
Atacante
24 anos
Al-Ittihad (ARA)
Egito

O que você espera de um jogador de futebol conhecido como "eletricidade"? Velocidade, agilidade e fôlego de sobra. Essas são as características principais de Mahmoud Abdel-Moneim, um dos reservas do ataque da seleção egípcia que você conhecerá na Copa como Kahraba, ou eletricidade, em tradução livre do árabe para o português.

SHIKABALA
Mahmoud Abdel Razek Fadlallah
Meia-atacante
32 anos
Al-Raed (ARA)
Egito

Ex-jogador do Sporting (POR) e um dos reservas de Mohamed Salah na seleção egípica, o meia-atacante que atua na Arábia Saudita passou a ser conhecido como Shikabala devido a comparações com Webster Chikabala, jogador que fez sucesso com a seleção da Zâmbia nas décadas de 1980 e 1990.

TREZEGUET
Mahmoud Ibrahim Hassan
Meia
23 anos
Kasimpasa (TUR)
Egito

Campeão mundial com a seleção francesa em 1998, David Trezeguet já não joga futebol profissionalmente há quatro anos. Mesmo assim, verá seu sobrenome em campo na Copa-2018. Não, o ex-centroavante não tem nenhum parente no Egito. O camisa 21 da seleção africana passou a ser chamado assim devido a uma suposta semelhança física com o francês. Ao contrário do original, o Trezeguet egípcio não é um homem de muitos gols, mas sim um meia articulador de jogadas.


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Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.