Sensação na Champions, Liverpool ficou ainda melhor com saída de Coutinho
Philippe Coutinho é titular absoluto da seleção brasileira, protagonizou uma das três transferências mais caras da história (160 milhões de euros, ou R$ 651 milhões) e já começou a fazer sucesso no Barcelona.
Mas o Liverpool, clube que o brasileiro defendia até a virada do ano, não parece estar sentindo muita falta do seu antigo camisa 10.
O time dirigido por Jürgen Klopp, que enfrenta nesta quarta-feira, às 15h45 (de Brasília), o Manchester City para começar a definir quem será o representante inglês na semifinal da Liga dos Campeões da Europa, ficou até melhor depois da venda do meia-atacante para o Barcelona.
Os resultados provam isso. Desde a saída de Coutinho, o Liverpool disputou 15 partidas. Foram dez vitórias, dois empates e três derrotas. O aproveitamento de 71,1% dos pontos disputados é superior aos 65,5% que a equipe ostentava até dezembro, quando ainda tinha contava com o jogador.
Foi depois da saída do ex-Vasco que os "Reds" conquistaram aquela que é sua vitória mais emblemática nesta temporada: o 4 a 3 sobre o Manchester City, seu adversário nas quartas de Champions, que acabou com o sonho de Pep Guardiola de ser campeão inglês invicto.
"Temos muitas coisas que o Manchester City não gosta. A forma como atacamos o adversário e a maneira como defendemos em cima é desagradável. Se fizermos isso bem, eles terão dificuldade em lidar conosco", afirmou Klopp, na terça.
Com a saída de Coutinho, o treinador alemão abriu mão do esquema com quatro jogadores mais ofensivos, que tanto sucesso fez na primeira metade da temporada.
Mohamed Salah, Roberto Firmino e Sadio Mané foram mantidos na equipe, mas ganharam a companhia de um meio-campista mais tradicional –Alex Oxlade-Chamberlain ou Georginio Wijnaldum.
A média de gols diminuiu (de 2,57 por partida para 2,4). Mas, em compensação, o Liverpool ficou mais equilibrado e ganhou em competitividade. Nas oitavas de final da Champions, contra o Porto, o time não sofreu gols. Em três das últimas seis rodadas da Premier League, também não.
O que não mudou com a saída de Coutinho foi o bom momento vivido pelos principais jogadores dos "Reds".
Salah já soma 37 gols na temporada e lidera a Chuteira de Ouro, prêmio concedido ao maior artilheiro das ligas nacionais da Europa. O brasileiro Firmino não fica muito atrás e acumula 39 participações em gols (23 bolas nas redes e 13 assistências) em 2017/18.
Dono de cinco títulos da Champions, o Liverpool não chega às semifinais do principal torneio continental do planeta há dez anos. Na última vez, em 2008, caiu na prorrogação ante o Chelsea.
Agora, aposta em um time que aprendeu a ser ainda melhor sem Coutinho para ficar novamente entre os quatro melhores da Europa.
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