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Rafael Reis

7 brasileiros que brilham em pequenos da Europa para seu time repatriar

Rafael Reis

08/03/2018 04h00

Antes de voltar ao Brasil, defender o Grêmio e depois se tornar capitão e um dos principais nomes do Palmeiras, Dudu era jogador do Dínamo de Kiev. Já Fagner, titular da lateral direita do Corinthians há quatro anos, defendia o Wolfsburg quando decidiu retornar para sua terra natal e assinou com o Vasco.

É claro que todo clube brasileiro gostaria de se reforçar com jogadores que estão nos maiores times do mundo: Barcelona, Real Madrid, Manchester City, Juventus, Bayern de Munique, Paris Saint-Germain. Mas, devido a questões financeiras, esses reforços são quase impossíveis.

Assim, o que resta é garimpar no segundo ou até no terceiro escalão do futebol europeu para encontrar boas opções de reforços com experiência internacional. Os dois nomes citados logo no primeiro parágrafo são a prova de que esse trabalho, quando bem feito, dá resultado.

Por isso, listamos abaixo sete jogadores brasileiros que vivem grande fase em times menores do Velho Continente e que estão dentro da realidade financeira dos clubes daqui. Quem sabe algum deles não acabe sendo contratado pelo seu time no segundo semestre…

WILLIAN JOSÉ
Atacante
26 anos
Real Sociedad (ESP)

Esqueça aquele centroavante que era contestado por torcedores de São Paulo e Grêmio antes de deixar o Brasil. O Willian José de 2018 é um jogador muito mais experiente, desenvolto em campo e capaz de decidir partidas. Em quatro anos atuando no futebol espanhol, ele já acumula quatro gols contra Barcelona, dois contra o Atlético de Madri e um ante o Real Madrid. Só nesta temporada, ele já balançou as redes 16 vezes pela Real Sociedad. Em alta na Europa, Willian José é caro demais para a maior parte dos clubes do Brasil. Mas os times mais endinheirados, como Palmeiras e Flamengo, podem sonhar com sua contratação.

GABRIEL PIRES
Meia
24 anos
Leganés (ESP)

Revelado nas categorias de base do Vasco, foi para a Europa quando tinha 17 anos e é praticamente um anônimo no Brasil. Mas na Espanha, a situação é completamente diferente. Em sua segunda temporada no Leganés, Gabriel Pires é um dos principais nomes do clube da região metropolitana de Madri e tem no currículo atuações de destaque contra Real e Barcelona. O camisa 8 é aquele tipo de meio-campista moderno: é alto, forte e tem poder de marcação, mas também é técnico, chega com força ao ataque e faz gols com frequência.

DIEGO CARLOS
Zagueiro
24 anos
Nantes (FRA)

Mais um caso de atleta que não teve muito destaque no Brasil, mas está construindo uma carreira consolidada na Europa. Ex-São Paulo, Paulista e Madureira, Diego Carlos é hoje titular absoluto do Nantes, sétimo colocado no Campeonato Francês, e um dos homens de confiança do técnico Claudio Ranieri. Se nenhum grande clube brasileiro tentar repatriá-lo, é bem possível que em breve o vejamos vestindo uma das camisas mais pesadas da Ligue 1, como a do Monaco, do Lyon ou do Olympique de Marselha.

SAMIR
Zagueiro
23 anos
Udinese (ITA)

Uma das grandes revelações do Flamengo nos últimos anos, foi negociado há duas temporadas com a Itália sob promessa de ser um futuro jogador de seleção brasileira. Samir ainda não atingiu um nível suficiente para ser convocado por Tite, mas já é um jogador importante do elenco da Udinese, um time de meio de tabela no Calcio. Uma volta para o Brasil o deixaria mais perto dos holofotes e, quem sabe, de uma oportunidade na seleção pós-Copa.

RAPHINHA
Meia-atacante
21 anos
Vitória de Guiimarães (POR)

O Vitória de Guimarães já marcou 32 gols no Campeonato Português. Mais da metade deles passou pelos pés (ou pela cabeça) de Raphinha. O meia-atacante que começou a carreira no Avaí já marcou 13 vezes na competição e deu quatro assistências. O brasileiro, um dos destaques do futebol da terra de Cristiano Ronaldo nesta temporada, é aquele homem típico de lado de campo: veloz, driblador e agressivo. É um reforço barato e que pode dar muito resultado.

DANILO
Volante
22 anos
Braga (POR)

Jogador de sucesso nas categorias de base do Vasco e também nas seleções brasileiras inferiores, foi para a Europa ainda adolescente e teve passagens apagadas por Valencia, Benfica e Standard Liège. Mas no Braga, a quarta força do futebol português, é diferente. Danilo é titular da equipe, o cão de guarda da defesa e até marca seus golzinhos. Assim como Raphinha, não é uma contratação cara. Por isso, pode ser um achado para o clube que decidir repatriá-lo.

JOÃO PEDRO
Meia
25 anos
Cagliari (ITA)

Os torcedores de Atlético-MG e Santos, times que João Pedro defendeu no Brasil, talvez não tenham tanta saudade assim do atual camisa 10 do Cagliari. Mas as quatro temporadas atuando no futebol italiano fizeram muito bem para o meio-campista mineiro. João Pedro não é aquele jogador cerebral de meio-campo, mas vira e mexe decide uma partida para o time da Sardenha. Apesar de ainda ser jovem, tem espírito de liderança e já carrega a braçadeira de capitão do clube quando o dono da função, Daniele Dessena, não está em campo.


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Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.