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Rafael Reis

Neymar incorpora espírito "showman" e dribla 74% mais no PSG

Rafael Reis

25/11/2017 04h00

Contratado a peso de ouro para transformar o Paris Saint-Germain em uma equipe do primeiro escalão do futebol mundial, Neymar assumiu mais do que nunca no PSG seu lado "showman".

O atacante, que já era o maior driblador da Europa quando vestia a camisa do Barcelona, ampliou ainda mais o uso das jogadas individuais desde que chegou à França, no começo de agosto.

De acordo com dados do "Who Scored?", site especializado na cobertura de estatísticas do futebol, a quantidade de dribles dados pelo astro brasileiro cresceu 74% na terra de Platini e Zidane.

Em suas primeiras 14 partidas pelo PSG, Neymar praticou 100 dribles, o que representa uma média de 7,14 por jogo. Durante os quatro anos que defendeu o Barcelona, usou esse fundamento em média 4,11 vezes por apresentação.

Se considerada apenas a última temporada do craque pelo Barça, a diferença é menor, mas ainda bastante relevante.

Em 2016/17, seu derradeiro ano na Catalunha, o atacante teve média de 5,59 dribles por partida, 21,7% a menos do que a marca atual.

Assim como nas duas temporadas anteriores, Neymar é hoje o jogador inscrito em uma das seis maiores ligas do futebol europeu (Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha, França e Portugal) que mais se utiliza desse fundamento.

Curiosamente, o segundo colocado no ranking dos maiores dribladores da atualidade no Velho Continente é justamente Lionel Messi, seu antigo companheiro de time no Barcelona. O camisa 10 argentino tem média de 5,8 dribles por partida.

O francês Nabil Fekir, do Lyon, com 4 dribles por jogo, completa o pódio. Entre os dez primeiros colocados no ranking, há apenas mais um brasileiro, o ex-corintiano Malcom (Bordeaux), nono colocado, com 3,2 tentativas de passar pelos adversários.

Os dribles não são a única estatística na qual Neymar se destaca na temporada 2017/18. O camisa 10 é hoje o jogador que mais apanha na elite europeia (4,7 faltas sofridas por partida), o que mais dá passes que terminam em finalizações (4,2 por jogo) e também o mais desarmado pelos adversários (4 a cada apresentação).

Desde que realizou a contratação mais cara da história (222 milhões de euros, ou R$ 851 milhões), o PSG ainda não perdeu. Foram 15 vitórias e dois empates que lhe renderam as lideranças do Campeonato Francês e do Grupo B da Liga dos Campeões.

Neste domingo, o time terá um dos seus maiores desafios deste início de "era Neymar", o Monaco, atual campeão e vice-líder desta temporada da Ligue 1, fora de casa.


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Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.