Raio-X da semi: o que mudou em Real e Atlético desde a final da Champions?
Trezentos e trinta e nove dias depois de decidirem pela segunda vez em três anos o título da Liga dos Campeões da Europa, Real Madrid e Atlético de Madri voltam a se encontrar nesta terça-feira pela competição interclubes mais valiosa do planeta.
Mas o que está em jogo desta vez ainda não é o posto de campeão continental, conquistado nos pênaltis pelo Real em 2016, mas sim o direito de disputar a final no dia 3 de junho, em Cardiff, País de Gales.
Confira um raio-x do que mudou e do que permanece igual nos dois maiores clubes da capital espanhola em relação à decisão da Liga dos Campeões da temporada passada.
ESCALAÇÃO
Os 22 jogadores que foram titulares em San Siro, no ano passado, continuam nos elencos de Atlético e Real Madrid. Mas isso não significa que as equipes irão repetir as escalações da decisão nesta terça-feira. No caso do Atlético, o volante Augusto Fernández e o lateral direito Juanfran estão machucados e não têm condições de jogo. Além disso, o meia-atacante belga Yannick Ferreira-Carrasco, reserva em 2016, é hoje peça fundamental na equipe. Já o Real ainda tem o mesmo time base de 12 meses atrás. No entanto, dois dos titulares usuais do time, o zagueiro Pepe e o galês Gareth Bale, estão no departamento médico.
TÉCNICO
Continuam os mesmos de um ano atrás. Diego Simeone segue intocável à frente do Atleti, time que assumiu o comando em 2011 e transformou em um gigante europeu. Já Zidane, agora em sua segunda temporada à frente do Real, começou a deixar de ser visto como um ex-jogador de sucesso que dirige um dos maiores clubes do mundo para ser reconhecido como um treinador vitorioso, que mal estreou na carreira e já levantou uma Champions.
CAMPANHA EUROPEIA
Na edição anterior da Champions, o Real Madrid foi a equipe de melhor campanha da fase de grupos, com cinco vitórias e um empate. Já desta vez, o Atlético dividiu com o Barcelona o posto de time de mais sucesso da etapa de grupos (cada um somou 15 pontos). No geral, já contando os mata-matas, a campanha europeia atleticana em 2016/17 é ligeiramente superior a do Real: 7 vitórias, 2 empates e 1 derrota, contra 6 vitórias, 3 empates e 1 derrota (no tempo normal) do adversário.
TEMPORADA
Após conquistar o título europeu, o Real Madrid encorpou e ficou mais forte. Já o Atlético continua poderoso nos confrontos mais importantes, mas já não mantém mais uma regularidade de bons resultados. Enquanto o aproveitamento merengue subiu de 76,3% para 78,6% na atual temporada, o colchonero caiu de 70,7% para 67,9%. Isso fica claro na classificação do Espanhol. No ano passado, Atlético e Real disputaram o título ponto a ponto com o Barcelona. Desta vez, a briga está apenas entre Barça e os atuais campeões continentais –o Atleti luta pelo terceiro lugar com o Sevilla.
PODER DE FOGO
A maior diferença do Atleti da temporada passada para atual está na parte ofensiva. A equipe colchonera, que era conhecida pela dificuldade em balançar as redes, principalmente quando precisava tomar a iniciativa do jogo, aprendeu nos últimos meses a atacar mais e melhor. Com isso sua média de gols subiu de 1,56 para 1,81 por partida. O Real também melhor seu poderio de fogo, que já era alto: na atual temporada, marca em média 2,86 gols por jogo, contra 2,71 da anterior.
DEPENDÊNCIA
Griezmann e Cristiano Ronaldo ainda são os grandes jogadores de Atlético e Real, respectivamente. No entanto, os semifinalistas da Champions já não são mais tão dependentes dos seus camisas 7 quanto eram um ano atrás. Entre gols e assistências, Griezmann participou ativamente de 36,3% dos gols do Atleti na atual temporada, contra 43,8% de participação em 2015/16. No caso do Real, a queda foi muito mais impressionante. A participação de CR7 nos gols do campeão europeu despencou de 46,8% para 29,1%.
DEFESA
As duas equipes reduziram a eficiência defensiva nos últimos meses. No caso do Real, a retaguarda piorou demais. Não à toa, o time, que sofreu em média 0,73 gol por jogo na temporada passada, agora vê seus adversários balançarem a rede 1,26 vez por partida. Tradicional ponto alto do trabalho de Simeone, a defesa do Atleti também piorou, mas nem tanto quanto a do rival. Sua média de gols recebidos subiu de 0,54 para 0,75 por apresentação.
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