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Rafael Reis

Reforço de peso do Palmeiras, Borja acumula fiascos longe da Colômbia

Rafael Reis

11/02/2017 04h00

Contratado com status e valor de estrela pelo Palmeiras, Miguel Borja foi um dos principais responsáveis pelo sucesso do Atlético Nacional no ano passado. Só que, até hoje, ele não conseguiu reproduzir esse bom futebol de 2016 longe da Colômbia.

O atual campeão brasileiro será o terceiro clube do exterior na carreira do centroavante de 24 anos. E as duas passagens por equipes de outros países foram dignas de cair no esquecimento.

Borja

Destaque do Cortuluá na segunda divisão colombiana e campeão sul-americano sub-20 com a seleção em 2013, Borja foi contratado pelo Livorno e se mandou para a Europa quanto tinha apenas 20 anos.

Mas a experiência passou longe de ser bem sucedida. Borja participou de apenas oito jogos do Campeonato Italiano, nenhum como titular, e falhou completamente na missão para qual havia sido contratado: fazer gols.

No total, foram só 142 minutos vestindo a camisa grená e um único momento de algum destaque, ainda que negativo, o cartão vermelho recebido contra a Fiorentina, na penúltima rodada da temporada 2013/14.

Fora dos planos do Livorno, o novo centroavante começou a ser emprestado. No segundo semestre de 2014, foi cedido ao Olimpo de Bahía Blanca, um pequeno time da região de Buenos Aires.

O desempenho na Argentina também não foi grande coisa. Apesar da vaga cativa como titular, marcou apenas três gols e deu duas assistências durante todo um semestre. Resultado: seu time terminou a competição em penúltimo, e Borja continuou em baixa.

A carreira do atacante só deslanchou mesmo no ano passado, depois de ser liberado pelo Livorno e retornar ao Cortuluá. Foi aí que ele começou a virar a máquina de gols que despertou a atenção do Palmeiras.

Foram 22 gols no primeiro semestre, marca que chamou a atenção do Atlético Nacional e o fez ser contratado para a reta final da Libertadores.

Apesar de ter disputado apenas quatro partidas da competição sul-americana, ele acabou sendo o herói do título –fez cinco dos seis gols anotados pela equipe alviverde nas semifinais e decisão.

No total, Borja fez 39 gols em 2016 e foi o sétimo maior artilheiro do planeta no ano passado. O colombiano só ficou atrás de Messi, Cristiano Ronaldo, Luis Suárez, Ibrahimovic, Cavani e Al Somah, atacante sírio que atua na Arábia Saudita.

É esse jogador que o Palmeiras tanto desejou e conseguiu contratar para substituir Gabriel Jesus. Agora, tudo que seu torcedor mais quer é que Borja se sinta como se estivesse na Colômbia.


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Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.