Abuso sexual, álcool e agressão: conheça o bad boy da Copa Africana

Prisão por abuso sexual, direção sob efeito de álcool e agressão a um companheiro de equipe. Não é à toa que o zagueiro Manuel da Costa, 30, carrega fama de bad boy.

Titular absoluto da defesa da seleção de Marrocos, que neste domingo encara o clássico com o Egito por uma vaga nas semifinais da Copa Africana de Nações, o defensor do Olympiacos (GRE) tem um currículo extenso de confusões.

A mais grave delas aconteceu no final de 2010, quando defendia o West Ham (ING). O zagueiro foi retirado de uma boate em Londres e levado para uma delegacia, onde ficou detido até pagar a fiança pela acusação de abuso sexual.

De acordo com a vítima, o jogador a abordou enquanto ambos estavam na boate. Segundo o depoimento dela, Da Costa colocou uma de suas mãos por baixo do seu vestido, tocando em sua virilha, e usou a outra mão para apertar um dos seus seios.

A moça então deu um tapa na cara do marroquino, que respondeu na mesma moeda.

O zagueiro alegou que não foi ele que chegou na hora, mas sim ela que se aproximou dele depois um contato visual receptivo. Quanto à acusação de abuso, ele afirmou que apenas esbarrou nela e que talvez tenha tocado no seio dela involuntariamente.

A explicação de Da Costa convenceu o juiz a liberá-lo da acusação de abuso sexual. Mas o jogador foi condenado por agressão e teve de pagar 1.250 libras (quase R$ 5 mil) de multa.

Mas esse foi apenas o primeiro dos problemas judiciais nos quais ele se envolveu.

Três anos depois, quando atuava no Nacional (POR), o Manuel foi acusado de ter agredido o meia Daniel Candeias, então seu companheiro de time, no vestiário depois de uma partida em que o zagueiro havia sido expulso.

O episódio fez com ele fosse suspenso do clube e abreviou sua passagem pela Ilha da Madeira. Foi durante esse período de sanção que ele voltou a aprontar e foi flagrado dirigindo sob influência de álcool.

Mais uma vez detido, Da Costa foi multado em 350 euros (cerca de R$ 1.200) e perdeu o direito de dirigir por três meses.

Nascido na França e revelado pelo Nancy (FRA), o zagueiro de ascendência portuguesa e marroquina jogou pelas seleções de base de Portugal e chegou a ser companheiro de Cristiano Ronaldo no time adulto antes de mudar de cidadania e jogar pela equipe africana.

Em 2006 e 2007, período em que defendia o PSV Eindhoven (HOL), Da Costa foi chamado por Luiz Felipe Scolari para jogos da preparação portuguesa para a Eurocopa-2008. Na época, a convocação gerou grande polêmica porque o zagueiro mal falava português e não sabia cantar o hino nacional.

Relegado ao banco e sem ter participado de nenhuma partida pelos Tugas, o defensor pode aceitar o convite em 2014 para defender Marrocos.

Na Copa Africana, ele é um 16 jogadores de sua seleção que não nasceram no continente africano. E, possivelmente, o mais polêmico deles.

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