Após "limpa" no Brasil, mercado da China agora foca Europa; veja nomes
Depois de provocar o desmanche do Corinthians e contratar a rodo no futebol brasileiro em janeiro e fevereiro, a China mudou de foco em sua janela de transferências de meio de ano.
Os clubes da Superliga chinesa, a primeira divisão do gigante asiático, priorizaram o mercado europeu na hora de buscar seus reforços para a segunda metade da temporada 2016.
As três contratações mais caras da janela mostra bem essa tendência.
O brasileiro Hulk, o italiano Graziano Pellè e o nigeriano Anthony Ujah atuavam em times de segundo ou terceiro escalão do futebol europeu e já são bastante experimentados no cenário internacional. Não são apostas, na avaliaçãp chinesa, mas sim certezas.
Essa segurança fez os clubes pagarem caro para levá-los à Ásia. Hulk foi tirado do Zenit por 55,8 milhões de euros (R$ 202 milhões), valor recorde para a China.
Já Pellè, titular da Itália na Eurocopa, deixou o Southampton após pagamento de 15,2 milhões de euros (R$ 55,1 milhões). Muito dinheiro para um jogador de 30 anos.
Além deles, os chineses também tiraram jogadores do Werder Bremen (ALE), do Newcastle (ING) e do Dnipro (UCR) nesta janela.
Por outro lado, as poucas investidas dos chineses ao Brasil no último mês por enquanto não deram em nada. O santista Gabriel recusou transferência para o Hebei Fortune. O Palmeiras e o Atlético-MG também não aceitaram propostas de lá por Dudu e Lucas Pratto, respectivamente.
A mudança no foco das contratações feitas pela China está ligada a dois fatores: um econômico e outro de fracassos anteriores.
O poderio econômico dos clubes do Oriente tem crescido em uma velocidade assustadora. Se há pouco tempo, suas propostas eram atrativas apenas para quem estava nos mercados periféricos, como o Brasil, agora já são capazes de seduzir mesmo quem atua em grandes centros.
Essa alteração já pode ser sentida na reta final da temporada anterior, com as contratações de Gervinho, Lavezzi, Alex Teixeira e Ramires. Agora, intensificou-se.
Mas a maior mudança em relação ao mercado do primeiro semestre foi o fracasso dos técnicos brasileiros Mano Menezes (Shandong Luneng) e Vanderlei Luxemburgo (Tianjinh Quanjian).
Ambos costumavam pedir reforços brasileiros e, por conhecerem principalmente o mercado nacional, de preferência que atuavam por aqui. Com suas demissões e a troca por treinadores de outras nacionalidades, essa porta se fechou.
Atualmente, apenas um técnico brasileiro trabalha na elite chinesa, Luiz Felipe Scolari, que dirige o Guangzhou Evergrande, atual pentacampeão nacional e líder com folga da atual edição do campeonato.
Maiores contratações da janela chinesa (em euros):
1º – Hulk (BRA, do Zenit-RUS para o Shangai Spig) – 55,8 milhões
2º – Graziano Pellè (ITA, do Southampton-ING para o Shandong Luneng) – 15,2 milhões
3º – Anthony Ujah (NIG, do Werder Bremen-ALE para o Liaoning) – 11,5 milhões
4º – Malick Evouna (GAB, do Al Ahly-EGI para o Tianjin Teda) – 7,25 milhões
5º – Eran Zahavi (ISR, do Maccabi Tel-Aviv-ISR para o Guangzhou R&F) – 7,23 milhões
6º – Demba Cissé (SEN, do Newcastle-ING para o Shandong Luneng) – 5,5 milhões
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