Artilheiro da Euro, Griezmann cogitou trocar de seleção e defender Portugal

O nome do artilheiro da Euro-2016 e favorito ao prêmio de melhor jogador da competição é Antoine Griezmann. Mas bem que poderia ser Antoine Lopes Griezmann.

A ausência do sobrenome materno no registro do jogador, uma tradição francesa que seus pais fizeram questão de manter, esconde a origem portuguesa do camisa 7.

Griezmann não apenas têm raízes lusitanas. O atacante do Atlético de Madri chegou a cogitar seriamente a possibilidade de abandonar a França, virar a casaca e defender sua adversária na decisão da Eurocopa, neste domingo.

Entre 2012 e 2013, quando ficou suspenso da seleção por um ano por fugir da concentração antes de uma partida da equipe sub-21 contra a Noruega, o jogador chegou a conversar com familiares que estava disposto a jogar por Portugal.

A opção acabou não se concretizando, assim como anos antes, durante a adolescência, quando Griezmann recebeu um convite da federação portuguesa para atuar na base dos Tugas.

Autor de seis gols na Euro, cinco deles na fase de mata-matas, o camisa 7 é neto de Amaro Lopes, conhecido como Amaro da Cavada, que jogou no Paços de Ferreira na década de 1950.

No fim da carreira, o avô de Griezmann mudou-se para Mâcon, hoje uma importante colônia portuguesa na França, para trabalhar na construção civil. Foi lá onde Antoine nasceu, cresceu e aprendeu a jogar futebol.

A história do artilheiro da Euro é semelhante à de outros três personagens da decisão deste domingo.

O goleiro Anthony Lopes (Lyon), o lateral esquerdo Raphaël Guerreiro (recém-contratado do Lorient pelo Borussia Dortmund) e o meia Adrien Silva (Sporting) também nasceram na França e descendem de pais ou avós portugueses.

Mas, ao contrário de Griezmann, eles optaram por defender a seleção dos seus antepassados e estarão ao lado de Cristiano Ronaldo na decisão.

Uma escolha que o artilheiro da Euro também esteve propenso a fazer. Para a sorte da França, foi apenas uma ideia que não se concretizou.

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