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Rafael Reis

Ex-SP, zagueiro joga em campeão europeu e sonha com música da Champions

Rafael Reis

25/05/2016 12h00

O zagueiro Édson Silva, 30, teve duas surpresas ao receber uma proposta de transferência para o Crvena Zvezda no começo do ano, depois de quatro temporadas consecutivas defendendo o São Paulo.

A primeira foi a simples possibilidade de jogar na Sérvia, um mercado pouco comum para jogadores brasileiros, principalmente para aqueles que passaram por grandes clubes.

A segunda, ainda mais surpreendente, foi descobrir que o Estrela Vermelha, nome pelo qual o time é conhecido no Brasil, possui uma história riquíssima e até campeão europeu já foi.

Edson Silva

Potência internacional antes da dissolução da Iugoslávia, o time conquistou a Copa Europeia (hoje Liga dos Campeões da Europa) em 1991, ao derrotar o Olympique de Marselha, da França, nos pênaltis.

A conquista, que completa 25 anos neste domingo, consagrou uma geração que faria sucesso no futebol mundial durante toda a década de 1990, como Prosinecki (Barcelona e Real Madrid), Mihajlovic (Lazio e Inter de Milão) e Savicevic (Milan).

"É claro que é motivo de orgulho. Ainda não sei se vai ter alguma comemoração, mas foi uma conquista importante e estamos à espera [da festa]", afirmou Édson Silva.

Um quarto de século depois do momento mais importante de sua história, o Estrela Vermelha já não é mais capaz de fazer frente aos times dos grandes centros e acumula derrotas recentes em mata-matas continentais até para equipes de Cazaquistão, Chipre e Noruega.

Mas, dentro da Sérvia, continua sendo uma potência. Tanto que acabou de conquistar o título nacional e, com isso, obteve a classificação para a próxima Liga dos Campeões (entrará na segunda rodada da fase preliminar).

Oportunidade para Édson Silva, titular em sete jogos do Campeonato Sérvio, realizar um dos grandes sonhos de sua carreira.

"Todo jogador sonha com a Champions League, é desses campeonatos que você fica esperando disputar. Já me imagino escutando aquele hino, sentindo toda a adrenalina e a emoção", disse o brasileiro.

"Quem sabe a gente não possa surpreender e até chegar na fase de grupos? Mas tem que ser aos poucos, com humildade. Primeiro, vamos pensar nesses jogos da fase preliminar", completou.


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Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.