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Rafael Reis

Histórica, casa de rival do Corinthians é "salão de festas" de adversários

Rafael Reis

26/04/2016 06h00

O Corinthians tem um bom motivo para acreditar que pode largar na frente no confronto com o Nacional (URU), pela oitavas de final da Copa Libertadores da América.

É que o Gran Parque Central, estádio em Montevidéu que receberá nesta quarta-feira a primeira parte do mata-mata, está longe de ser uma fortaleza nesta edição da competição continental.

Pelo contrário: o Nacional tem a pior campanha em casa entre os 16 times que continuam vivos na disputa pelo título da Libertadores.

A equipe uruguaia conquistou apenas quatro dos nove pontos que disputou como mandante no Grupo 2: perdeu para o Rosario Central, empatou com o River Plate local e só conseguiu derrotar o Palmeiras _o Huracán também fez quatro pontos em casa, mas teve saldo de gols melhor.

Gran Parque Central 1

Mais: o gol de Nico López contra o time brasileiro foi o único marcado pelo Nacional no Gran Parque Central nesta Libertadores.

Em una competição tradicionalmente conhecida pela força dos mandos de campo, a equipe dirigida por Gustavo Múnua chama a atenção por ter feito mais pontos como visitante (5) do que em seus domínios (4).

O desempenho ruim do Nacional dentro de casa chama a atenção pelo fato de o Gran Parque Central ser a opção normalmente usada pelo time para "fazer valer seu mando de campo".

O estádio, que pertence ao clube e tem capacidade para receber público máximo de 27 mil pessoas, é acanhado e tem todo aquele estilo de alçapão que tanto incomoda as equipes visitantes.

Quando deseja bilheteria maior e não se importa tanto com a pressão que os torcedores podem exercer sobre os adversários, o Nacional tem a opção de atuar no Monumental, estádio público para 60 mil espectadores e casa da seleção uruguaia.

O Gran Parque Central é uma relíquia do futebol sul-americano. Construído em 1900, é considerado o estádio mais velhos das Américas ainda em utilização.

Na primeira Copa do Mundo, disputada em 1930, recebeu seis partidas, inclusive a estreia do Brasil (derrota por 2 a 1 para a Iugoslávia) e um dos jogos inaugurais do torneio (Estados Unidos 3 x 0 Bélgica).

O estádio passou por uma grande reforma no início da década passada e foi reinaugurado em 2005, quando voltou a ser utilizado com frequência pelo Nacional.


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Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.