Trio de ataque do Real caminha para o fim após pouca interação
Benzema, Bale e Cristiano Ronaldo. O trio de ataque que o Real Madrid deve escalar no clássico desde sábado contra o Barcelona, no Camp Nou, pela 31ª rodada do Campeonato Espanhol, tem cada dia mais cara de uma obra de ficção.
Enquanto Messi, Neymar e Suárez fazem história com a camisa do arquirrival e ganham os mais variados elogios, o ofuscado tridente ofensivo da equipe da capital pouco joga junto e parece estar com os dias contados.
Em apenas 12 dos 39 jogos já disputados nesta temporada, o Real escalou seus três principais homens de frente juntos. Ou seja, o trio Benzema, Bale e Cristiano Ronaldo só existiu em 30,7% dos jogos do time merengue.
A comparação com o ataque do Barcelona soa até cruel. Messi, Neymar e Suárez jogaram juntos 52,9% das partidas do time catalão desde as férias do meio do ano passado.
A pouca utilização do trio ofensivo do Real é culpa principalmente dos estados físicos de Bale e Benzema.
O astro galês já sofreu três contusões musculares na temporada e desfalcou o time em nada menos que 18 partidas. Benzema também teve três lesões diferentes e teve de ficar de fora de 13 jogos.
Curiosamente, mesmo com tantos problemas, o rendimento do trio ofensivo do Real não é ruim e até se aproxima do obtido pelas estrelas do Barcelona.
Os três atacantes são responsáveis por 70,8% dos gols do time da capital na temporada. No Barcelona, a marca dos astros três sul-americanos é só um pouco maior: 74,8 do total dos gols foram anotados por eles.
Apesar da alta quantidade de gols, a dificuldade de colocar seus três principais homens de frente em campo simultaneamente incomoda o Real, tanto que é pouco provável que o trio continue junto na próxima temporada.
Bale é sonho antigo do Manchester United, que promete atacar com força o galês na janela de contratações de julho. Benzema é outro nome que tem movimentado o mercado –o jornal italiano "Corriere dello Sport" publicou na semana passada que a Inter de Milão está disposta a pagar sua multa rescisória de 60 milhões de euros (R$ 243 milhões).
E até mesmo Cristiano Ronaldo não tem presença garantida no Real Madrid 2016/17. Rumores sobre o adeus do português, que estaria insatisfeito com a diretoria e os resultados inferiores aos do Barcelona, estão cada vez mais fortes e ganharam novo fôlego depois de ele colocar a mansão onde mora à venda.
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