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Rafael Reis

Arquiteto do futebol contemporâneo, Cruyff tem o tamanho de Pelé

Rafael Reis

24/03/2016 10h17

O futebol perdeu nesta quinta-feira uma das duas figuras mais importantes de sua história.

Sim, Johan Cruyff, 68, o ex-jogador, ex-técnico e ex-dirigente que morreu depois de batalhar contra um câncer de pulmão, tem o mesmo tamanho de Pelé.

Cada um à maneira, o brasileiro e o holandês foram os arquitetos daquilo que se é conhecido como futebol contemporâneo.

Cruyff

Pelé, o maior jogador da história, fez sua parte. Negro e nascido em um país do terceiro mundo, foi o maior responsável por transformar o jogo da bola dos pés em um mania global.

A contribuição de Cruyff é outra. Não tem a ver com a modalidade como business ou fenômeno social. Mas, sim, com a forma de se jogar futebol.

O futebol contemporâneo, pelo menos o praticado pelo primeiro escalão da bola, é uma ode ao mestre holandês.

Alternância de posições entre os jogadores, compactação, controle da posse de bola, predomínio da técnica sobre a habilidade. Tudo está ligado à revolução protagonizada por Cruyff na Holanda de 1974, no Ajax e no Barcelona.

Se hoje você vibra com o toque de bola do Barça ou fica perplexo com a marcação pressão feita pelos melhores times do mundo, saiba que tudo isso só existe graças ao eterno camisa 14 da Holanda.

É por isso que o astro holandês não morreu e nem pode morrer. Ainda que seu corpo tenha chegado ao fim, ele segue e seguirá vivo.

Assim como Pelé, Cruyff é eterno.


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Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.