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Rafael Reis

Briguento: técnico de rival do Palmeiras já deu resposta chula a jornalista

Rafael Reis

16/02/2016 06h00

O Palmeiras estreia nesta terça-feira na Libertadores contra um time dirigido por um técnico que chama atenção por onde passa.

À frente do River Plate (URU) desde o ano passado, o uruguaio Juan Ramón Carrasco, 59, é uma daquelas figuras de personalidade forte e um tanto quanto controversa que habitam o mundo do futebol.

Comandante da seleção uruguaia entre 2003 e 2004, Carrasco dirigiu o Nacional (URU), passou por mais três clubes locais, pelo Emelec (EQU) e até dirigiu o Atlético-PR, em 2012.

Carrasco

Saiu de todos os empregos com a mesma fama: uma mistura de gênio e louco.

Apelidado de "tiqui-tiqui", já adotava um futebol baseado na troca de passes e na busca obsessiva pelo ataque antes mesmo desse estilo virar moda.

Mas, apesar do jogo vistoso que suas equipes praticam, pouco venceu até hoje. Seu título mais importante foi o Campeonato Uruguaio que venceu com o Nacional em 2011.

Conheça cinco histórias que mostram a personalidade incomum de Carrasco

PROFESSOR PARDAL
Em 2012, quando dirigia o Atlético (PR), transformou o zagueiro Manoel, atualmente no Cruzeiro, em centroavante na partida contra o Corinthians (PR), pelo Estadual. A substituição foi feita no intervalo, quando o Furacão já vencia por 1 a 0. Com o beque perdido no ataque, o Atlético cedeu o empate. Segundo Carrasco, a mudança foi realizada porque o "jogo pedia um centroavante e não tínhamos nenhum no banco."

COMIDA EM PRIMEIRO LUGAR
Quando era jogador do Nacional (URU), levou uma bronca de um dirigente das categorias de base porque estava comendo no CT enquanto já deveria estar a caminho do estádio. Carrasco ignorou a dura e só foi para o jogo depois de terminar seu prato. Barrado da partida, deu uma ótima justificativa para a afronta: "A comida daqui é horrível. Até parece que eu ia perder logo hoje que tinha ravióli."

FOI EMBORA
Em 2008, durante sua primeira passagem pelo River Plate (URU), abandonou o gramado com a partida contra o Central Español ainda em andamento. O motivo? Apenas a irritação com a derrota do seu time. A caminho do vestiário, Carrasco ainda parou atrás de um dos gols e encostou na trave para ver um último lance.

MEUS NADA AMIGOS JORNALISTAS
A relação entre treinador do adversário de estreia do Palmeiras e os jornalistas está longe de ser amistosa. Carrasco já arrancou o microfone da mão de um repórter durante uma entrevista ao vivo, disse que a mulher de outro jornalista era "gostosa" como resposta para uma pergunta que não lhe agradou e abandonou algumas coletivas.

AMIGOS, AMIGOS… RIVALIDADE À PARTE
Em 2010, Carrasco, então comandante do Nacional (URU), interrompeu uma entrevista ao vivo que Diego Aguirre, técnico do arquirrival Peñarol, concedia a um programa de TV. Ele só queria agradecer ao amigo por um desejo de sorte que havia recebido ao ser contratado.

 

 

 

 

Sobre o Autor

Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina e mestre em comunicação pela Fundação Cásper Líbero, foi repórter da Folha de S. Paulo por nove anos e mantém um blog sobre futebol internacional no UOL desde 2015.

Sobre o Blog

Este espaço conta as histórias dos jogadores que fazem do futebol uma paixão mundial. Não só dos grandes astros, mas também dos operários normalmente desconhecidos pelo público.