Após falência, novo Parma se ergue na Itália com molecada e tiozões
É com um time formado por muitos jovens e alguns tiozões que o Parma começa a dar os primeiros passos para retornar ao primeiro escalão do futebol italiano.
O bicampeão da Copa da Uefa (atual Liga Europa), que decretou falência no ano passado devido a dívidas na casa de 96 milhões de euros (cerca de R$ 425 milhões), precisou mudar de nome e recomeçar na quarta divisão.
Hoje, é a maior atração da Série D. Está invicto depois de 21 rodadas, lidera um dos nove grupos da competição e caminha para o primeiro acesso de sua nova história.
Mas, para quem já teve Buffon, Zola, Cannavaro, Asprilla, Crespo, Taffarel e Amoroso, o elenco atual causa até estranhamento.
O Parma montou sua equipe para a disputa da Série D com garotos cedidos das categorias de base de outros clubes, reforçados por um ou outro veterano em fim de carreira.
Dos 29 jogadores que formam o elenco atual, nada que menos que 16 ainda não chegaram aos 21 anos. Os três goleiros do grupo, por exemplo, nasceram no mesmo ano: 1997.
O traço de experiência na equipe é dado por alguns trintões especialistas em jogar as últimas divisões do futebol italiano e que encontraram no Parma uma oportunidade derradeira de ter algum destaque.
E, claro, pelo já quase quarentão Alessandro Lucarelli.
"Morri junto com o Parma e com o Parma quero renascer", disse o jogador, logo depois do rebaixamento.
O zagueiro de 38 anos, que chegou ao Parma desde 2008, foi o único nome importante da era anterior à falência que decidiu ficar para jogar no novo clube.
Ele é o capitão da equipe dirigida por Luigi Apolloni, um ídolo dos tempos em que o dinheiro da Parmalat transformou o Parma em potência nacional, que voltou à velha casa para a missão de reconstruí-la.
Exemplos de sucesso para os garotos e os tiozões do Parma não faltam.
O Napoli, atual líder do Campeonato Italiano, quebrou no início dos anos 2000 e precisou recomeçar de baixo. A Fiorentina, quarta colocada no cálcio nesta temporada, também.
Se conseguir acumular um acesso após o outro e passar apenas um ano em cada divisão, o Parma pode retornar à elite italiana em 2018.
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