Como e por que a Bélgica fechou 2015 como a melhor seleção do mundo
Com história pouco expressiva do futebol, a Bélgica assumiu a liderança do ranking da Fifa em novembro e termina 2015 como número um do planeta por um motivo bastante simples: foi mesmo a melhor seleção do ano.
Nenhum país do primeiro escalão do futebol mundial teve em 2015 resultados melhores do que os Diabos Vermelhos.
Os belgas foram a campo nove vezes, conquistaram oito vitórias e sofreram apenas uma derrota –a Espanha fez campanha idêntica, mas levou uma lavada na comparação do saldo de gols (11, contra 16).
A lista de sucessos da Bélgica em 2015 inclui vitórias importantes em amistosos contra as campeãs mundiais França, dentro do Stade de France, e Itália.
A única derrota também não foi tão dolorosa assim. Mesmo tendo perdido por 1 a 0 para Gales, em junho, pelas eliminatórias da Eurocopa, a equipe se classificou para o torneio europeu com a melhor campanha da sua chave.
Os bons resultados e a profusão de jogos oficiais que disputou (sete) deram à Bélgica os pontos necessários para saltar da quarta colocação que ocupava no fim do ano passado para o topo do ranking da Fifa pela primeira vez na história.
O crescimento constante de um time que ocupava a 66ª posição na lista em 2009 e, desde então, só sobe se deve à profusão de talento que a Bélgica tem em mãos e à qualidade do trabalho do técnico Marc Wilmots.
A melhor seleção de 2015 pode até não ter jogadores que já se consagraram como melhores do mundo ou ganharam títulos para seu país, mas tem pelo menos duas ou três boas opções por posição.
É só olhar o que acontece no comando do ataque. Lukaku, vice-artilheiro do Inglês, pelo Everton, disputa vaga com Benteke e Origi, ambos de um grande clube da Inglaterra, o Liverpool.
A situação é parecida na faixa central do meio-campo. Wilmots tem à disposição Witsel, Nainggolan, Dembelé, Defour, Fellaini. Todos são opções consagradas.
Mas mesmo com boa diversidade de peças, a Bélgica tem uma equipe titular bem definida, o que ajuda no entrosamento e faz com que a seleção consiga se comportar como um time de clube, onde os jogadores se conhecem bem e, por isso, funcionam melhores juntos.
O time tem pelo menos nove titulares indiscutíveis, que jogam todas se não estiverem contundidos: Courtois, Alderweireld, Kompany, Vertonghen, Nainggolan, Witsel, Fellaini, De Bruyne e Hazard.
As duas únicas posições em que há um revezamento maior são no ataque e no miolo da zaga, onde Vermaelen, do Barcelona, seria indiscutível se não tivesse tido a carreira tão prejudicada por problemas físicos.
Múltiplas opções, entrosamento e uma quase imunidade a tropeços. Foi essa a receita que fez da Bélgica a melhor seleção de 2015.
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